Fanfic: O Último Baile

Em casa, fiquei esperando por alguma entrega em meu nome, mas esta não veio. Já passava das 22 horas, e eu ainda não tinha perdido a esperança, quando ouvi um barulho na minha janela, fui até lá e então Drew Willians estava jogando pedras na minha janela, assim que me viu ele acenou e pediu para que eu a abrisse.

–Ahn... oi! – foi tudo que eu consegui dizer assim que ele entrou no meu quarto.

–Oi! – com aquele sorriso inebriante.

–Então... o que tem pra me contar? – perguntei me sentando e esperando que ele fizesse o mesmo.

–Luh, eu bom... sabe – ele começou a corar e a sorrir, enquanto eu encarava seu rosto. – esse baile vai ser muito legal, sei que as garotas ficam totalmente ligadas e histéricas procurando a roupa perfeita. – caímos na risada.

–Histéricas?

–É... seja honesta comigo.

–Bom... eu acho que não sou assim. – sorri.

–Certo. Você é minha amiga, acredito em você.

Ele não sabia, mas essa palavra amiga doía cada vez que ele pronunciava. Não era isso que eu queria, sentia mais do que isso, era amor. Não amizade. Então forcei um sorriso.

–Bom... – ele fixou o olhar em algo atrás de mim. – nossa que legal o seu violão. Não tinha visto esse. Ele é novo? – saiu em direção ao violão para pegá-lo.

–Ahn... não é tão novinho assim. Ele já tem quase 1 ano.

–Há tanto tempo assim que eu não venho aqui no seu quarto? – perguntou ele com espanto.Apenas levantei as mãos para cima e mexi os ombros.

–Bom... Luh, eu vim aqui mesmo pra... – colocando o violão no lugar. – só pra te agradecer. – sorriu.

–Agradecer? Como assim?

–Hoje você me ajudou, com o convite. Comprei um par de brincos, dentro da caixinha escrevi um bilhete e fui buscar a minha resposta. – sorrindo. – e tudo saiu perfeito. Agora já tenho um par para o baile de formatura.

Aquilo veio como um banho de água fria em cima de mim. Como assim? E quem seria a tal garota?

–Ahn... eu posso saber quem é? – perguntei tentando segurar algumas lágrimas.

–Ahh você já sabe, a Joan Collins. – falou ele num tom de encantamento.

Tive que me virar de costas para ele, para que não visse algumas lágrimas que teimaram em cair, dei graças pelo quarto estar mal iluminado, apenas com a luz do abajur que não clareava bem o suficiente para ele enxergar meu nariz vermelho.

–E você, Lucy. Já foi convidada?

–Eu? Bom... esperava que fosse convidada por uma pessoa, mas... até agora nada. – foi o que consegui dizer.

–Entendo. Mas ainda falta pouco mais de uma semana para o baile. Ele ainda vai tomar coragem. – falou ele próximo a janela. – agora eu tenho que ir. Vim mesmo para te agradecer, você tem sido uma excelente amiga.

Eu não podia acreditar no que acabara de acontecer. Como??? Ele convidou aquela... ahhh ... a Joan, tentei segurar as lágrimas ao máximo, mas estas já não me obedeciam mais, saiam sem que eu pensassem. Encostei em minha cama, enquanto pensava... Joan e Drew, formavam um belo casal. Mas a noite do baile era pra ser a minha noite, não a dela. Tenho sido uma excelente amiga, claro Drew que eu tenho sido uma excelente amiga... mas e você? Que tipo de amigo tem sido pra mim? Nem amigo, nem nada... bem que a Rachel sempre me fala... mas eu sempre venho com essa frase ridícula de ‘a esperança é a última que morre’, acho que dessa vez ela morreu. Era a minha última chance, o baile de formatura... agora está tudo acabado. Sempre costumava pegar meu violão, era uma espécie de terapia que sempre me ajudara, mas dessa vez era diferente... não conseguia parar de chorar e lembrar das palavras dele só me faziam chorar mais e mais... 


Os dias foram passando, tentei disfarçar minha dor quanto a Drew e Joan. Mas todas as noites isso me incomodava e me fazia passar horas e horas relembrando aquela cena no meu quarto. Kevin finalmente chegou e bom... o Jake, um dos atacantes do time de futebol e também o artilheiro da temporada, resolveu me convidar para o baile. Confesso que estava desiludida com aquela situação, já não pretendia ir mais, quando Rachel e Kevin me convenceram a ir... então acabei aceitando o convite do Jake. Acho que todos se espantariam ao nos verem juntos... eu também fiquei surpresa pelo convite dele. Um popular e uma fracassada juntos... Rachel riu de mim quando lhe disse isso e insistiu que eu não era um perdedora. Tivemos apenas 2 dias para encontrar nossos vestidos perfeitos, ainda não havia me convencido de que meu baile não ia ser ruim... Jake era uma cara legal... mas não era assim que funcionava, não pra mim.

–LUH... LUH... LUCY – gritou Rachel da porta do provador.

–O que foi? Porque você ta gritando?

–Não acredito que você ainda está assim, porque não provou o vestido? É lindo.

–Ray, você sabe... isso tudo vai ser um desperdício de tempo no final.

–Não não vai. Luh... esquece o Drew, um dos caras mais gatos do time de futebol te chamou como acompanhante. E foi todo fofo ao fazer o convite.

–Mas isso não quer dizer nada.

–Como não? Eu só queria que você fosse e se divertisse um pouco.

–Me divertir? – é uma palavra que há muito eu não escuto.

–Sim, se divertir.

–Rachel, quer saber. Você mais que tem a razão, você sempre teve. – tentei abrir um sorriso. – vou tentar me divertir na festa.

–Assim que se fala. – me levantando do banco do provador. – agora você vai experimentar esse verde. 

Enfim, a noite do baile. Rachel fez questão de vir se arrumar aqui em casa, ela me ajudou na maquiagem, e eu a ajudei com o cabelo. Jake havia combinado as 20 horas, ele nos levaria no seu carro. Por volta das 19:30 ele já estava nos aguardando junto com Kevin na sala. Meu vestido verde, com um decote que segundo a Rachel era bem ‘generoso’, mas isso não passava de exagero da parte dela, optei por meus cabelos soltos, enquanto a minha amiga, também com um longo, estampado e frente única.

Ao descer as escadas os garotos já nos aguardavam ansiosos, ambos de terno preto. Jake estava particularmente muito elegante e deu um tímido sorriso quando me viu, fui até ele que me cumprimentou com um beijo no rosto.

–Você está muito bonita. – falou ele timidamente e logo me entregou uma rosa. – pra você.

–Obrigada. – senti meu rosto quente.

–Irmãzinha como você está linda. – disse Kevin, depois de entregar a rosa para Rachel.

–Ah, obrigada Kevin. Você também. – sorri.

–Então, crianças. Vamos tirar uma foto para o álbum.

–Ah pai. Crianças? Não tem nenhuma criança aqui. – reclamou meu irmão.

–É só uma forma de falar. – caindo na risada.

Nós quatro nos ajeitamos para que meu pai tirasse a nossa foto. Com uma pressa tremenda, assim que meu pai bateu umas 5 fotos, o Kevin saiu nos puxando, afirmando que o papai não iria parar se nós não saíssemos o mais rápido dali. Jake com seu carro esporte, no levou até o ginásio da Country High School. O baile já estava a todo vapor quando chegamos. Muitas pessoas dançavam na pista de dança.

–Vamos procurar uma mesa para nós. – sugeriu Kevin, que seguia a frente com a Rachel.

–Eu estou com sede. – falei.

–Quer que eu pegue algo para você? – perguntou Jake. -Se não for muito incomodo. – falei.

–Vou lá pegar e daqui a pouco encontro vocês.

Kevin conseguiu uma boa mesa, que não ficava distante da pista de dança e também não ficava longe do bar. Grande parte dos membros do clube de música estavam presentes, volta e meia passavam perto da nossa mesa.

–Aqui está a sua bebida. – Jake me entregando a bebida e se sentando ao meu lado. – desculpe a demora, é que encontrei alguns amigos.

–Não tem problema.

–Olha só... quem veio ao baile. O clube dos fracassados todo está presente no baile, ficam contaminando e poluindo o nosso bom gosto e o nosso espaço. Além de estarem abduzindo nossos companheiros populares. – disse Lilly dando uma boa olhada para Jake.

–Não somos o clube dos fracassados Lilly. Somos pessoas como você, e se você se sente tão incomodada assim, porque não se retira do baile? – falei.

–Além do mais, ninguém está me abduzindo. Eu saio com quem quiser, e não com quem vocês querem.

–Pobre Jake, já fizeram a sua cabecinha. Pobrezinho. Vamos galera, que isso aqui é uma poluição visual.

Ai como ela consegue ser tão irritante e odiosa. E ainda falar aquelas coisas?

–Nem no último baile ela pode ser gentil. – falou Jake. – me desculpe, ela as vezes é tão irritante se achando melhor que os outros. – uau... falou um dos grandes amigos dela.

–Pois é. – disse Rachel.

–Aprendi a ignorar ela. – falei e então ele sorriu.

–Vamos dançar? – ouvi o Kevin chamar a Ray.

–Vamos sim.

–Agora somos só nós. – falou Jake. – você não quer ir dançar também?

–Ahn... Jake, tenho que confessar uma coisa. – ele olhou pra mim curioso – eu não sou muito boa com danças... então se você não se importar, vou ficar por aqui e aproveitar a festa daqui mesmo.

–O que? – ele perguntou incrédulo. – não, não mesmo. É uma festa, vem – ele se levantou – eu te ensino a dançar.

–Jake, melhor não. Não quero pagar nenhum mico, e nem fazer você pagar um mico.

–Hoje não é pra pensar em micos, é só para se divertir. – estendeu a mão para mim, que acabei cedendo.

–Mas você promete que não vai rir?

–Prometo.

Ficamos um bom tempo na pista de dança, com Jake me ensinando a dançar. Era divertido, embora eu não fosse muito fã. Voltamos para a mesa e assim que nos sentamos, avistei Drew e Joan, dançavam no meio da pista de dança, Joan parecia se divertir ao contrário de Drew, que me parecia forçar um sorriso. Desviei meu olhar por um instante para olhar Jake, que tentava me contar algo que não havia prestado atenção, então percebi que Drew seguia em direção a saída para leste do ginásio.

–Ahn... Jake, me desculpa mas você pode me dar licença por um instante.

Creio que Kevin e Rachel já devem estar voltando.

–Claro. Tudo bem.

Andei o mais rápido que pude para tentar alcançá-lo, mas quando cheguei à porta ele estava subindo uma escada. Então continuei a segui-lo. Drew subiu para o jardim do colégio, a vista de lá era muito bonita, dava pra ver até a grande cadeia de montanhas de Country City. Subi cuidadosamente para que ele não me notasse. Até que ele parou, próximo a mureta.

–Porque você está me seguindo? –perguntou de costas para mim.

–É que... você saiu de lá e estava com um olhar tão triste... ahn... se quiser eu posso ir embora.

–Não! Não! Lucy, por favor. Não vá! – pude sentir um peso em sua voz.

–Ahn... Drew, o que houve? Porque você está assim, tão estranho? – perguntei.

–Luh, - se virando em minha direção. – o cara que ia te convidar era Jacob Fletcher? O Jake?

–Bom... – engoli seco, como eu iria responder a isso. – tecnicamente... eu só estava a espera de alguém que se dispusesse a me trazer ao baile... – sorri amarelo.

–Você confia em mim?

–Claro Drew.

–Então...

–Você quer mesmo saber a verdade?

–Quero!

–Na verdade, não era ele. – falei tomando coragem.

–E quem era então? Respirei fundo e até pensei em mentir mas... não havia escapatória, ele sempre soube o quão ruim eu sou em mentir.

–Você! – falei e rapidamente mudei a direção do meu olhar, passando a fitar o chão.

–Eu? – respirando fundo. – era a resposta que eu mais temia e o motivo da minha grande preocupação essa noite.

–Ahn... mas...

–Luh, - ele me interrompeu – é um pouco complicado... depois de chegar em casa, eu pensei num possível erro que eu havia cometido. Sempre imaginei a Joan de um forma – ele parou e olhou profundamente em meus olhos – mas hoje eu vi que tudo não passava de uma Joan que eu havia criado.

–Ahn... – tentei falar novamente, mas ele me interrompeu.

–Sabe como eu a imaginava? – agitei a cabeça em negação. – uma garota doce, meiga, de olhar fraterno, que estaria disposta a me ouvir quando eu precisasse, alguém que me fizesse rir quando nós saíssemos para comer um lanche por brigar com o vidro de ketchup – eu suspirei e dei um tímido sorriso... pra disfarçar as batidas aceleradas do meu coração – e sempre senti pelo fato que ela não cantava... nem tocava pra mim algumas de suas composições – ele sorriu – acho que no final das contas eu sempre esperei ver a Lucy e não a Joan. Eu sempre a imaginei como ela jamais será... com esse jeito que me encanta. Ela pode ter muitas coisas.. mas com certeza essas características só se nascesse novamente. – falou rindo. Eu não sabia o que falar, o que achar... como assim ele havia imaginado a Joan com minhas características? Como? Eu não sabia o que fazer, ele me olhava de forma desconcertante. Por duas vezes eu tentei falar algo, mas desisti justamente por não saber que palavras usar... ouvir aquelas palavras vindas dele...

–Luh... me desculpa por não tê-la convidado. Sei que você ficou esperando. – falou sem graça.

–Ahn... esquece isso Drew, o importante é que estamos aqui no baile hoje e temos que aproveitar... afinal é nosso último baile do colegial.

–É... nosso... meu último baile. – ele respirou profundamente ao dizer isso. – temos que aproveitar ao máximo. – forçou um sorriso.

–Sim... no próximo semestre cada um irá para um lado. Hoje é a nossa despedida.

–Você tem razão. – se aproximando de mim. – olha só a música que ta tocando.

Never Gonna Be Alone –Nickelback havia começado.

–Você me concede essa dança? – perguntou ele já estendendo a mão direita em minha direção.

Never Gonna Be Alone –Nickelback

Nunca Vai Estar Sozinha

O tempo está passando

Muito mais rápido do que eu

E eu estou começando a me arrepender de não passá-lo com você

Agora eu estou imaginando porque deixei isso preso dentro de mim

Então, estou começando a me arrepender de não ter dito tudo para você

Então, se eu ainda não o fiz, tenho que deixar você saber

Você nunca vai estar sozinha

De agora em diante

Mesmo que você pense em desistir

Não vou deixá-la cair

Você nunca vai estar sozinha

Vou te abraçar até a dor passar

E agora, enquanto eu puder

Estarei te segurando com ambas as mãos

Pois sempre acreditei

Que não há nada que eu precise a não ser você

Então, se eu ainda não o fiz,

Tenho que deixar você saber

Você nunca vai estar sozinha

De agora em diante

Mesmo que você pense em desistir

Não vou deixá-la cair

Quando toda a esperança tiver desaparecida

Eu sei que você pode continuar

Vamos ver o mundo sozinhos

Vou te abraçar até a dor passar

Ooooh!

Você tem que viver cada dia

Como se fosse o único

E se o amanhã nunca chegar?

Não o deixe escapar, poderia ser a nosso único dia

Você sabe que apenas começou

Cada dia, pode ser nosso único

E se o amanhã nunca chegar?

Amanhã nunca vai chegar?

O tempo, está passando

Muito mais rápido do que eu

Estou começando a me arrepender de não ter dito tudo para você

Você nunca vai estar sozinha

De agora em diante

Mesmo que você pense em desistir

Não vou deixá-la cair

Quando toda a esperança se for

Eu sei que você pode continuar

Vamos ver o mundo sozinhos

Vou te abraçar até a dor passar

Eu estarei lá de qualquer forma

Não vou desperdiçar mais nenhum dia

Eu estarei lá de qualquer forma

Não vou desperdiçar mais nenhum dia

Drew me puxou para perto de si e então começamos a dançar lentamente ao som da música. Confesso que estava nervosa como nunca na minha vida. Uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo quando ele começou a cantar ao pé do meu ouvido o refrão da música, como que reflexo dessa atitude me afastei ao ponto de olhar nos olhos dele.

–Confesso que muitas vezes eu quis fazer isso. – beijando minha bochecha – mas nunca tive coragem – dando um beijo próximo aos meus lábios – mas hoje vai ser diferente. – finalmente chegando a minha boca. Não teve como me conter, aquele era o meu sonho desde a sétima série... tantas noites sonhando com aquele beijo... Drew encostou seus lábios aos meus e assim começou um beijo suave e gentil, cada célula do meu corpo vibrava por aquela sensação. Tudo que pude fazer foi aproveitar o momento tão real. Senti um calafrio na espinha quando ele passou a mão direita na minha nuca. Nada parecia real, as estrelas brilhavam mais do que de costume, as luzes iluminavam o suficiente para que eu pudesse enxergar perfeitamente cada gesto de Drew. Meu coração batia mais do que poderia suportar...

Mas algo não saia dos meus pensamentos, porque? Porque esse tempo todo ele não havia me falado nada... se queria tanto...

Aos poucos ele acelerou o beijo, como se houvesse desejado estar ali comigo por toda a vida. Antes me olhar ele ainda me deu um selinho e depois sorriu.

–Drew... –tentei falar.

–Luh... desculpa se te magoei. Não foi essa minha intenção em nenhum momento. Se não te convidei para o baile. – falou cabisbaixo.

–Drew... não se desculpe.

–Mas...

–O importante é o agora, não ouviu a música??

– Você tem que viver cada dia, como se fosse o único, e se o amanhã nunca chegar? Não o deixe escapar, poderia ser a nosso único dia. – recitou ele e sorriu me abraçando novamente. – mas ainda assim... demorei para te ver. Demorei para descobrir meus sentimentos por você. No começo eu não entendia as suas músicas, mas depois começaram a fazer algum sentido.

–Mas elas nem são assim tão explícitas...

–É o que está nas entrelinhas Luh. Comecei a entender o que você queria se expressar por trás daquelas rimas. Quando pensava que gostava da Joan... mas era apenas um pensar e não um sentir.

–E o que você sente hoje?

–Sinto que perdi muito tempo da minha vida, achando que havia encontrado o que queria. Achando que era o melhor, achando... achando... e só achando. – respirou fundo antes de falar com uma voz pesada – só que as vezes a vida insiste em nos pregar algumas peças.

–E o que a vida insiste em fazer com você?

–Não vamos pensar nisso agora. Vamos apenas aproveitar esse tempo juntos, afinal ele é único. – sorrindo me abraçou por trás e encostou a cabeça no meu ombro. – você está mais linda do que de costume.

Meu rosto ficou vermelho no mesmo instante e apenas consegui sorrir em agradecimento pelo elogio. Ficamos ali por um bom tempo, conversamos, nos beijamos... tudo parecia surreal. Mas já era tarde, havia me esquecido do Jake... caramba como havia me esquecido dele?? Ele havia me tratado tão bem, estava sendo legal comigo. Aff... tudo bem que eu estava com o Drew...

–Drew... acho que deveríamos ir, porque nossos pares devem estar nos procurando.

–Queria poder ficar aqui a noite toda, apenas nós e essa lua. – sorriu. – depois do baile.

–O que tem?

–O que você vai fazer??

–Bom... acho que nada de mais. Vou voltar pra casa e só.

–Perfeito... me espera na varanda do seu quarto, após o baile. Quero te ver mais uma vez.

–Como assim mais uma vez? – perguntei.

–Agora temos que ir. – puxando a minha mão. – vamos!!!

–Mas...

–Depois do baile. – falou novamente, e antes de começar a descer a escada me beijou novamente, um beijo carregado de carinho e doçura. – Melhor você ir na frente, te encontro mais tarde.

–Tudo bem. – foi tudo o que disse e desci a escada. Fui a procura de Jake, procurando uma boa desculpa pela demora. Não sabia o que dizer.