Fanfic: O Poder da Paixão - Adaptada ( Vondy)

Ele se levantou abruptamente, tomado de cólera e nojo de si mesmo.

Ya Ullah, ele quase havia caído em tentação novamente. Ainda queria se perder na magnificência do seu abandono.

Mas isso seria tudo o que ele faria, se perder. Já tinha perdido o suficiente para ela. Eb`Ellahi, estava colocando um ponto final naquele prejuízo aqui e agora.

- Você quer que eu fale? - Rosnou ele. - Que lhe diga o que houve de errado? Tentei poupá-la disso, mas já que invadiu minha casa e implorou por isso dessa maneira patética, eu lhe direi.

Chocada com sua agressividade ela se levantou, ofegante.

- Por Deus, Christopher, não...

- Você chegou a um ponto que eu jamais imaginei que mulher alguma, com um mínimo de inteligência e digni­dade, pudesse alcançar para ouvir isso. Então ouça. Eu terminei com tudo porque você me dá nojo.

Ela saiu da cama, tateando em busca de suas roupas.

- Por favor, pare...

Ele prosseguiu, com a voz rouca arranhando sua gar­ganta.

- Você vai ouvir toda a verdade, até o fim, a verdade que achou que eu não conseguiria enxergar se conseguis­se me deixar suficientemente viciado em você. A prosti­tuta mais ocupada de Los Angeles é mais honesta do que mulheres como você, vagabundas nascidas em culturas conservadoras que se afogam em vícios depois de expe­rimentar o gostinho das sociedades "livres". Quer saber por que você é o lixo? Porque para você o vício é uma indulgência, não uma necessidade.

Ela estava aos prantos.

- Por favor... eu vou embora... pare...

Ele agarrou seu braço quando ela passou cambaleante por ele:

- Achei que você era suficientemente inteligente para compreender o que significava para mim. Uma diversão bastante conveniente quando eu tinha algumas horas li­vres durante minha estadia aqui, isso é tudo.

Ela balançou como se ele tivesse lhe desferido um tiro, tentando se esquivar. Ele lutou contra o desejo de arras­tá-la para junto de si, implorar que ela o perdoasse pelas suas crueldades, enquanto apertava o seu braço frágil com mais força, sentindo os tremores que a atravessavam en­viar uma corrente elétrica pelo seu corpo.

Então tudo começou a jorrar dentro dele, como o san­gue por uma ferida reaberta. Cada palavra, cada suspi­ro, cada mentira, cada passo quando ele a via correr para a cama de outro homem. Um dos muitos que ela tivera, como ele veio a saber...

Deixe-a ir... agora.

Ele soltou o braço dela como se fosse algo fétido e la­macento.

- Agora você pode ir.

Ela se afastou cambaleante e algo respingou em sua mão, corroendo sua carne e alcançando os seus ossos. As lágrimas dela.

A explosão de agonia e fúria quase acabou com sua sanidade.

Ela já estava na porta quando ele berrou:

- Dulce.

Ela se virou como uma marionete quebrada que tivesse sido puxada por um dos fios. Lá estava ela ainda, a es­perança de que ele sucumbisse no último momento, ou que ao menos deixasse a porta entreaberta para uma nova incursão. Ele ficou louco.

Ele caminhou arrogantemente em direção a ela, fora de controle, pela primeira vez em sua vida, sem saber o que faria quando a alcançasse. Ela havia feito isso a ele. Ele que a amava tanto e que agora a odiava ainda mais.

Ele se se deteve com um autocontrole que julgara ter sido destruído por ela, e então esbravejou:

- Se sabe realmente o que lhe convém, não permitirá que eu a veja nem ouça falar de você outra vez.

Ela pareceu esfacelar, como se esfacelasse em torno da esperança que ele havia pulverizado. Comum soluço de rasgar o coração, ela saiu do quarto tropeçando para fora da vida dele. Lugar onde ele precisava se certificar de que ela permaneceria para sempre.

Dedicado as minhas primeiras leitoras Bruxinha e Gilae <3 

espero que estejam realmente gostando!