Fanfic: Showbiz | Tema: Muse, Avenged Sevenfold, 30stm
“Foda-se” que raiva percorria o meu corpo! estava a chover torrencialmente, embora adorasse chuva, sempre adorei, esta não era como as outras simples tempestades. Não eram daquelas em que simplesmente queria sair de casa sem guarda-chuva e sentir as gotas no meu rosto, fechar os olhos às luzes cintilantes da cidade. Fechar os olhos á noite, e apenas ouvir as finas gotas, caírem fragilmente no chão, separando-se, multiplicando em muitas mais.
Não, naquela noite estava irritada, muito. Estava com um guarda-chuva partido na mão e a tentar ao máximo não me molhar, todo aquele dia o sol acompanhou, mas a noite decidiu não me sorrir, e largar o seu choro em cima de mim. Perdida nos meus pensamentos, senti água, água… No meu pé, e aí fiquei bastante enervada. Especialmente nas minhas botas novas. Fui, praticamente ao “pé-coxinho” até para debaixo de uma varanda. Era um edifício enorme e luxuoso, em que as luzes das janelas eram tão fortes como as dos candeeiros. Apressadamente, tirei um lenço da minha mala. A minha mala sempre desorganizada, mas com tudo o que precisava sempre. Tentei secá-las. E com sucesso. Mas depois olhei para a frente, a chuva parecia querer continuar a noite toda, e simplesmente não sabia como chegar sozinha ao meu destino.
“Vês o que dá? Idiota, essa mania de quereres fazer tudo sozinha, afastar quem se importa contigo. é nisto que dá, agora estás sozinha, encharcada, e provavelmente vais dormir debaixo da ponte. Lindo serviço, sim senhora”
Esta, podia ser considerada a voz racional da minha mente, mas no momento em que peguei no telemóvel com as mãos molhadas, outra voz, rouca e feminina disse.
“Nem te atrevas a ligar-lhes, nem te atrevas a ceder, hás-de chegar lá sozinha. Não precisas de ajuda”
E enquanto o meu orgulho me hesitava, e ganhava. Eu ficava ali parada, com frio, o guarda-chuva partido, os cabelos molhados e as roupas a condizer, e rezava para que nenhum deles me encontrasse. E ali, olhei para a tablete iluminada colada a uma das paredes do edifício. “Hotel Starlight ” A sorte decidiu dar-me uma chance, entrei, e esperei que não estivesse lá dentro muita gente, pois estava um desastre. Felizmente, tive sorte. Cheguei à recepção com a confiança de sempre, não queria parecer insegura, nem um bocadinho.
– Como vê, precisava mesmo de um quarto para esta noite… - Disse obviamente, a senhora olhou para mim surpreendida, e avaliar-me de alto a baixo, como se fosse um tipo de aberração, eu sei que naquele momento parecia uma. Mas ela era uma profissional, esperava bem que não tratasse todos os seus clientes daquela maneira.
– Sim senhor, menina, como sabe, este é um hotel de luxo, e não tem reserva, poderia esperar um bocadinho na sala de espera por favor?- Disse docemente, odiava recepcionistas e pessoas com profissões do género, sabia que me achava uma aberração, mas mesmo assim me dava aquele sorriso falso, e depois deveria falar com as suas colegas as piores besteiras sobre mim. Sem sequer me conhecer. As portas abriram-se automaticamente, olhei para as horas, meia-noite e meia, e mesmo assim alguém tinha chegado ao hotel. Não quis saber a razão nem nada, desprezo total. Mas isso até ver quem era. “Pagarás por esta, destino…”
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Ele entrou, perfeito, como se a chuva tivesse o cuidado de não cair sobre ele. Os cabelos loiros rebeldes e os olhos acinzentados de cortar a respiração. Eu sabia quem ele era, ele nem sabia que eu existia. Era o Dom, dos Muse. Apetecia-me dizer mais asneiras, gritá-las, até. Fiquei parada na cadeira, calma. Queria tanto aproveitar ...
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