Fanfic: Showbiz | Tema: Muse, Avenged Sevenfold, 30stm

Ele entrou, perfeito, como se a chuva tivesse o cuidado de não cair sobre ele. Os cabelos loiros rebeldes e os olhos acinzentados de cortar a respiração. Eu sabia quem ele era, ele nem sabia que eu existia. Era o Dom, dos Muse. Apetecia-me dizer mais asneiras, gritá-las, até. Fiquei parada na cadeira, calma. Queria tanto aproveitar aquela oportunidade para conhece-lo. Sempre o admirei… Mas estava uma catástrofe, o que ele iria pensar de mim? Era idiota da minha parte, ele iria ser educado, assinar-me o caderno, tirar uma foto comigo, talvez, se eu quisesse devido ao meu estado. Dizer adeus e esquecer-me. “Deixa-te de coisas Lil… nunca mais o voltarás a ver…” Por isso levantei-me. Ele estava a falar com a recepcionista, esta parecia completamente enterrada no seu charme.

Toquei no seu ombro, e ele virou a cabeça, como se já estivesse habituado, arregalou os olhos por segundos. Talvez por ter visto a minha cara. Não quis dizer-lhe nada, estendi-lhe o caderno e uma caneta, ele assinou-as com um sorriso curioso. Depois olhou para mim, aqueles olhos… Não tinham nada, nada, na natureza a que se pudesse comparar…

– Não falas?- disse divertido, parecia não me julgar, não me avaliar, como fazia tanta gente quando me via.

– Falei- disse indiferente, ele parecia intrigado com a minha pessoa “Está só a ser simpático Lilith, esquece…”

– A chuva afecta o teu espirito? Percebeu-se- E riu secamente

– Não é a chuva, e o que ela me fez- disse sarcástica

– Sei… Há quanto tempo estás á espera de um quarto?

– Minutos… meros e curtos minutos- Na verdade só queria que acabasse… Eu estava um desastre e provavelmente ia falar de mim aos outros membros da banda, ou talvez não, não sou assim tao importante.

– Se quiseres, podes subir comigo, a suite é enorme, um exagero dos managers como sempre. Temos quartos a mais. E não tens de pagar- Disse, a minha respiração parou, nem acredito no que ele me tinha acabado de pedir… Mas depois pensei, esperava sinceramente que ele não me quisesse fazer de mais uma das “caças” dele. Pois comigo, não iria acontecer. Mas depois pensei no meu estado. “Ele pode ter as mulheres mais bonitas do mundo, e ia querer um desastre como tu, provavelmente teve pena.” Acenei com a cabeça. Ele conduziu-me ao elevador dourado, “que hotel piroso”.