Fanfic: Showbiz | Tema: Muse, Avenged Sevenfold, 30stm
– Eu e os elevadores não nos damos…- disse, chamem-me claustrofóbica, mas simplesmente odeio elevadores. Estar num espaço tão pequeno, em que o ar escasseia, não era para mim.
– Mhm… preferes ir ao 22º andar pelas escadas? Não te preocupes, eu estou contigo-“Eu estou contigo…” Não percebi o que ele queria dizer, mas se era apenas simpatia, já era a mais…
Entrei no elevador, estremeci quando as portas se fecharam, odiava aquela porcaria. E Dominic tinha percebido. Tentou ficar afastado por momentos, mas depois, com a minha ansiedade a aumentar, senti dois braços rondarem a cintura, conseguia sentir o corpo de Dom por trás do meu. Nem acreditava que ele pensava que iria ser mais uma das suas "presas".
– Eu estou bem…- Ele largou-me, e o silêncio constrangedor distraiu-me.
Finalmente as portas abriram. Ele fez sinal para não fazermos barulho, e entrámos na suite, absolutamente luxuosa. Ele levou-me ao meu quarto e saiu. Tomei um duche rápido. Já estava decente… E só queria ir dormir. Olhei para o telemóvel, tinha bastantes chamadas perdidas. De todos eles “Ahah, agora espero bem que se arrependam, e fiquem preocupados comigo o resto da noite.” Antes de ir dormir, sai do meu quarto, o Dom estava na sala central. Parecia ir dormir em pouco tempo.
– Só te queria agradecer.- Disse seca. Não conseguia esquecer o abraço o de há bocado e a maneira como o tinha rejeitado. O meu orgulho sempre foi grande, enorme. E nem uma estrela de rock como ele me ia conseguir ter assim tão rápido. Ele olhou para mim com um sorriso.
– Não faz mal- E voltou a fitar o chão, parecia triste. O que realmente me deixava constrangida, não o conhecia, ele era uma estrela, de uma banda mundialmente famosa. Não era como eu, que acompanhava a minha banda de garagem e tentava lançar a banda da família ao mesmo tempo. Ele era internacionalmente famoso. Uma estrela de rock.
E eu, uma rockeira, daquelas que andavam pelas ruas de Califórnia nas ruas estreitas de garagens em que o fumo dos cigarros predomina, os sons de baterias desordenadas, guitarras desafinadas e vozes sem futuro. E a bebida que afectava o cérebro de muitos os que frequentavam aquele sítio. Eu era diferente, não bebia e os cigarros não me atraíam. Assim como o resto dos meus irmãos. Shannon e Jared. A banda deles tinha futuro, isso podia garantir. E com a nossa adição de Tomo a família, formavam uma banda promissora. E com isso, como tudo não pode ser mau. Conhecemos outra banda, era muito do género das que se viam naqueles locais. Mas com algo de diferente. Eles tinham talento. Ficámos amigos. Embora diferentes, enquanto eles passavam a noite connosco a beber cerveja e a fazer loucuras. Nós participávamos nas mesmas. Apenas sóbrios.
O Jared e o Shannon eram os meus irmãos, tínhamos uma relação de irmãos, mas não de irmãos de família, com brigas infantis e insultos sem significado. Irmãos de melhores amigos. O Tomo era como eles, também o considerava meu irmão. A única diferença era que o ADN não iria concordar comigo.
Depois, os A7x, tínhamos o Jimmy, esse, era o meu anjo, o meu melhor amigo. Adorava-o imenso, tal e qual como adorava o Jared e o Shannon. O Matt, Johnny e Zacky, eram meus amigos chegados e parceiros de loucuras. E depois o Synyster, o Synyster era a minha paixão, aquelas pancadas idiotas de miudinha. Mas esta não terminou, eu ainda era louca por ele. Ele nem tanto, contentava-se comigo para uns beijos ali, e uns amassos aqui. E eu, idiota e cega, ia na conversa dele. Ficava feliz apenas com o facto que ele não o fazia com mais ninguém. Nunca oficializamos nenhuma relação, no minuto em que ele ficasse famoso iria andar com todas as que lhe apareceriam á frente. O que ele queria a sério, eu não lhe dava. O Jimmy sempre me avisou por causa dele, e eu respondia sempre com o mesmo tom, que sabia que ele era assim. E que eu queria a mesma coisa, não o amava. E estava bem com a nossa relação. Mentia sempre, podia-se dizer que “amava” o Syn, pois afinal uma “pancada” de 3 anos era demasiado longa e intensa.
Mas que sabia eu? Nunca amei ninguém… Para além dele. Não gostava dele nunca me levar a sério, e da maneira como menosprezava os meus sentimentos. Mas, eu, louca por ele. Nem queria saber. O Jared e o Shannon acabaram por aceitar isso, desde que não fosse “longe de mais” mas como disse, meu orgulho era grande. E o Syn sabia que não iria fazer nada.
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E agora estava perante o Dom, e claro que tinha uma panca por ele, normal de uma fã. A maneira triste que ele olhava para o chão deixava-me sem saber o que fazer. – Estás bem?- Ele deu-me o mais falso dos risos (E eu já ouvi muitos) – Estou, cansado. Tenho mesmo de ir dormir.- Disse, mas permaneceu imóvel no cadeir&ati ...
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