Fanfics Brasil - Capítulo 5 Map of the Problematique

Fanfic: Map of the Problematique | Tema: Muse


Capítulo: Capítulo 5

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– Estou bem?- Matt olhou de esguelha para ela, inspeccionou-a com desprezo, estava de facto, bastante apresentável, com os cabelos encaracolados que iam até depois dos seus ombros, os seus fios loiros cintilavam como nunca, vestia um fato bastante profissional e com um toque feminino. O seu sorriso tentava atrair Matt, mas em vão, Matt reconheceu a maneira como estava atraente, mas isso não despertou o mínimo desejo nele. Ele acenou positivamente com a cabeça. Kate sorriu satisfeita e saiu de casa.


Matt não tinha o mínimo interesse no novo trabalho de Kate, nem nas missões que lhe pudesse oferecer, ele nem sequer tirou um segundo do seu tempo para analisar o seu local de trabalho e companheiros, simplesmente, como tudo na sua vida, não se importava. Ele sabia que este novo emprego de Kate significava uma missão que ele tinha de cumprir, pois nada do que acontecia naquela empresa era por acaso.


Ele dirigiu-se ao escritório de Chris, como fazia todas as manhãs, naquele dia, não fazia intenção de negar qualquer missão, ele queria trabalhar, queria poder sentir o medo da vitima apenas ao olhar para ela, queria agarrar no corpo com as suas mãos e sentir a vida sair dele aos poucos, ele sentia uma pequena quantidade de prazer ao sentir o seu ultimo bater de coração, ou ao ouvir o seu ultimo respiro. Chris entendeu o humor de Matt e sorriu para dentro, olhou mais uma vez para os papeis e estendeu-os a Matt. Ele mirou-os com rapidez e assentiu com a cabeça.


– Bem, o plano está completamente pronto, a Kate vai ter a sua entrevista com a vitima, assim que eles terminarem, a Kate será a primeira a sair, e tu entras na sala e fazes o que tens a fazer.- Matt assentiu e saiu do local, já tinham passado anos que ele não deixava aquele lado da cidade, aos poucos, o lixo espalhado no chao, as casas escuras e pequenas foram substituídas por prédios altos e luxuosos, ruas inundadas com pessoas e com um ar muito mais luminoso. Matt fascinou a obra de arte que era o edifício daquela empresa. Era altíssimo, branco e com janelas pequenas e simétricas. Um verdadeiro tesouro da arquitectura local.


Entrou discreto na empresa, esperou alguns minutos na sala, já tinha experiência em fazer com que as pessoas não reparassem nele, assim que os saltos agulha de Kate bateram no chão, anunciando a sua saída da sala, Matt levantou-se, sentiu uma pequena dose de adrenalina percorrer-lhe as veias, apertou a arma de fogo com a sua mão, ele esboçou um sorriso doentio assim que entrou naquela sala. O homem olhou-o, ainda sentado na poltrona, admirado. Assim que abrira a boca para dizer algo, Matt estendeu a arma.


O homem levou imediatamente as mãos ao ar e gritou, para surpresa dele, o grito não fora suficiente para que Matt apertasse o gatilho. Esta era a parte favorita dele, o sofrimento, o pânico, ele queria vê-lo sofrer, e só lhe daria paz, quando assim o decidisse. O homem lançou alguns gritos ensurdecedores que só transmitiam mais prazer a Matt. Ele aproximou-se em passos pausados para o homem sentado no chão pressionando as suas costas contra a parede. Matt preparava-se para colocar a arma contra a sua testa quando algo o impediu.


– Oh meu deus! Acudam!- era uma voz feminina vinda da porta atrás de Matt, e quem lhe agarrava era um dos seguranças. Matt irritou-se, ele nunca tinha falhado uma missão, e perdido naquela sensação de poder, esqueceu-se que estava num ambiente protegido.- Eu vou chamar o Dominic!- Matt arregalou os olhos, haviam milhares de Dominics naquela cidade muito provavelmente, mas isso não impediu Matt, a parte racional da sua mente perdeu-se e até mesmo um corpo magro e fraco como o dele conseguiu libertar-se do segurança. Ele seguiu a rapariga que corria desalmadamente pelos corredores.


Ela foi contra um homem e sentiu-se aliviada, Matt estava na esquina desse corredor, escutando a conversa.


– Dom! Oh Dommeh! Eu tive tanto medo…- ela parecia choramingar… Matt tentava resistir a tentação de olhar pela parede e confirmar a identidade dele.


– Xiu Dianne! Achas que já está tudo resolvido?- Matt estremeceu, tudo nele tremeu, desde os seus ossos á sua pele, era impossível ele reconhecer a versão adulta de uma voz que ele tinha ouvido há 18 anos, mas ele reconhecera, era ele, era Dom… E ele estava na pior situação de sempre para encontrá-lo.


– Sim Dommeh… o segurança agarrou-o… os policias devem estar a chegar…- a voz dela estava trémula, e Matt sentiu raiva, mas não como costumava sentir, a raiva vinha do seu coração, ele sabia que ele e Dianne tinham algo, e Matt não conseguia controlar os seus… sentimentos… sentimentos despertados naquele momento, sentimentos que ele não sentia há longos anos. Matt tinha de o apanhar sozinho…


Ele apertou o capuz e correu no corredor, ele era ágil e as fugas eram a sua especialidade, facilmente saiu daquele lugar, e atravessou a estrada, sentou-se num banco de um pequeno parque a uma estrada de distância do edifício… iria esperar o tempo que fosse preciso para Dom sair dali. E ele estava determinado, as horas foram passando, foi ficando frio e escuro, mas Matt, nada sentia, ele não tirava os olhos da porta, dos polícias a abandonarem o local e tudo mais que se passava naquele edifício.


Algo o fez saltar do banco, Dom tinha descido, ele via-o através da longa porta de vidro, e a mulher de horas atrás, vinha de braço dado ao mesmo. Matt cerrou o punho, e deixou a raiva libertar-se aos poucos. Depois atravessou a rua, estava no mesmo passeio que Dom, ele sentia que ele iria reconhecê-lo, ele tinha esperança que Dom se lembrasse dele tanto quanto Matt se lembrava. Ele caminhou em direcção a Dom, e deu-lhe uma leve pancada no ombro, Dom parecia querer praguejar algo, mas Matt olhou para trás, fora a primeira vez que aqueles olhares se cruzavam em 18 anos. Dom calou-se chocado. E abandonou Dianne após lhe sussurrar algo.


Matt continuou a caminhar para longe dali, Dom seguiu-o, assim que chegaram á esquina do edifício, Matt parou, e observou Dom com fascínio.


– M… Matt?!- Dom estava boquiaberto, ele analisou toda a pessoa que estava a sua frente como se fosse irreal, como se tudo fosse um sonho.


– Sou eu sim…- Matt disse, embora frio, ele nunca se sentiu mais vivo, ele estava feliz por ve-lo, ele já não sentia tanto rancor e o seu coração não estava tão congelado, ele estava em paz, como nos velhos tempos, só ele e Dom. Dom olhou-o perplexo.


– Onde andas-te? Eu nunca mais soube de ti! O que se passou? O que aconteceu desde que me fui embora?...- e pergunta atrás de pergunta escapava da boca de Dom, Matt riu, um riso real, divertido com a reacção do amigo.


Ele era outra pessoa ao lado de Dom, ele era humano, ele possuía sentimentos como todos, ele era apenas um homem perdido que finalmente encontrara o que faltava na sua vida, ele era apenas uma pessoa a reencontrar um velho amigo…


– Vem comigo… Tenho muito para te contar…


 



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