Fanfic: Mancha Escura | Tema: Romance na guerra
Ana enfeitava a casa com as mais belas flores que havia encontrado em seu jardim. Limpava por entre os móveis sem descançar, até que estes ficassem tinindo. Sempre foi uma mulher cuidadosa, suas coisas estavam impecavelmente dispostas sobre os balcões em todos os cômodos da casa. Casa esta que herdou de sua família, quando decidiram que deveriam morar na Polônia. Seus pais eram nascidos na Alemanha e Ana, consequentemente, era polonesa.
As forças do ataque estavam por vir. Tudo na cidade corria normalmente, Ana havia se despedido de suas vizinhas recentemente e cada uma das moças já estavam em suas casas. A máquina de guerra vinha com força: atravessou as fronteiras dos países e ultrapassou os limites do ódio. Hitler havia preparado uma arma infalível; mal sabia ele que estava por atacar alguém “de raça”.
Sentada próximo à janela, Ana escutou alguns ruídos estranhos. Nada de mais a princípio, mas a moça tinha uma leve impressão de que eles aumentavam a cada instante que se passava. O que poderia fazer ela se não conferir? Talvez tivesse acontecido um acidente, e pelos barulhos que já se podia escutar, estrondosos e claros, devia ter sido um grande acidente.
Sempre preocupada com o bem-estar de sua rua, de si mesma, de suas vizinhas e de todos em geral, deixou sua residência para averiguar o acontecido. Quem sabe pudesse ser Julie, ou Anne, ou qualquer de suas amigas. Saiu com um pouco de pressa, olhou ao seu redor e parou no meio da rua. Nada de anormal. O ataque não era exatamente onde Ana estava, mas pequena parte das forças veio e tirou a moça de cena da forma mais cruel possível: socos, batidas, uma espécie de tortura. Por que estavam a fazer tamanha crueldade com uma moça que nada tinha a ver nem com a guerra?
— Deixe-me! Por que tanto apanho se nada fiz? Quem são vocês? — Escorria sangue e suas lágrimas gritavam de dor enquanto falava.
— Permaneça quieta judia desgraçada! Sua verme, nós viemos fazer justiça pelo nosso povo, tudo o que acontece de ruim é culpa da raça de quem estou a falar. — Disse um dos soldados, após cuspir sobre o rosto da moça.
— Perdão, não sou judia. — Ana respondeu com certa dificuldade.
O soldado riu-se e definitivamente deixou a moça em destroços; chutaram sua cabeça e seu rosto, fazendo-a calar-se de uma vez por todas.
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Prévia do próximo capítulo
Ana acordou perdida. Estava em um lugar escuro e que ventava muito. Tentou fungar o ar na tentativa de reconhecer o local, mas o cheiro não lhe era familiar. Esfregou os olhos limpando um pouco a vista, mas só o que conseguiu ver foram alguns beliches com roupas de cama rasgadas e que pareciam estar sujas. Tentou levantar-se, porém seu corpo do&iacut ...
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