Fanfic: Sempre Hogwarts | Tema: Harry Potter

Na estação de King’s Cross, os três melhores amigos caminhavam lado a lado, felizes ao saberem que iam finalmente voltar à Hogwarts.

A Escola de Magia e Bruxaria havia sido totalmente reconstruída depois da batalha, e os estudantes agora podiam voltar aos seus estudos.

Lord Voldemort fora derrotado; o mundo dos bruxos e dos trouxas estavam a salvo, e Harry Potter levaria uma vida tranqüila daqui em diante.

— Estou tão ansiosa para voltar à Hogwarts! — exclamou Hermione Granger, com um brilho em seus olhos.

Ela segurou firme seu malão e saiu correndo em direção à barreira mágica da plataforma nove e meia, atravessando-a.

— Cursos Avançados, hein! — disse Rony Weasley, dando uma leve cotovelada em Harry. — Nem dá para acreditar. Vamos ser aurores!

— É, não dá mesmo — concordou Harry.

Então, eles atravessaram a barreira juntos. O Expresso de Hogwarts estava lá, sempre esperando para levá-los à escola, sua fumaça se dispersando sobre as cabeças das pessoas que conversavam alegremente.

Os dois avistaram Hermione conversando com Lilá Brow, Luna Lovegood, Padma e Parvati Patil e Cho Chang.

— Olá, meninas! — cumprimentou Harry.

— Harry! — exclamou Luna. — Como vai?

— Estou bem! — respondeu o garoto, abrindo um enorme sorriso. Ele gostava muito de Luna.

— Oi, pessoal! — disse uma voz atrás deles.

— Neville! — disseram todos, em tom de surpresa.

— Olá! — cumprimentaram Simas Finnigan e Dino Thomas.

— Como vão, meus queridos? — perguntou a Sra. Weasley, tocando nos ombros de Harry e Rony. — Hermione, minha querida!

— Harry! Ah, Harry! — exclamou Gina Weasley, abraçando-o muito forte. “Harry, meu lindão! Eu te amo tanto!”, pensou ela, desejando ardentemente beijá-lo.

— Oi, Gina! — disse, ficando extremamente feliz ao vê-la e retribuindo o abraço de tal modo que levantou-a do chão. “Gina, meu amor! Minha linda!”, pensou ele também. Harry sentiu o cheiro doce de seus cabelos ruivos que tanto gostava, e desejou, mais do que qualquer outra coisa, beijá-la, assim como Gina também queria.

O apito do trem soou e todos os pais deram beijos e abraços de despedida em seus filhos.

— Tenham um bom ano letivo, meus amores! — disse a Sra. Weasley, dando um beijo na testa de Harry, Rony, Hermione e Gina.

— Mande um beijo para o papai — disse Gina, abraçando a mãe.

Finalmente, o Expresso de Hogwarts começou a ganhar velocidade. Houve vários acenos de despedidas até o trem dar a curva e partir em direção à escola.

— Vamos procurar um vagão — disse Hermione aos três.

Encontraram um compartimento vazio, e então, colocaram seus malões no bagageiro e se acomodaram nos bancos.

— Vocês... hum... já sabem o que vão querer fazer no Ministério? — perguntou Gina.

— Eu vou fazer um teste para chefe da Execução das Leis da Magia — respondeu Hermione rapidamente, cheia de esperanças.

— Ah! E vocês, meninos? — perguntou à Harry e Rony.

— Vamos tentar passar nos testes para Aurores — disse Harry.

Rony concordou, com um sorriso forçado. Em seguida, deitou no banco e dobrou-se, abraçando suas pernas, com uma expressão de quem estava com dor de barriga.

— Ai! Eu estou com uma fome desgraçada — disse, e seu estômago roncou alto.

— E quando é que você não está, seu idiota! — disse Hermione. “Meu idiota!” pensou ela.

— Cuide de sua vida, Hermione! E daí se toda hora estou com fome? — retrucou Rony, rispidamente, e seu estômago deu mais um ronco. “Ah, Hermi, eu te amo, mesmo você sendo arrogante comigo”.

— É, e daí que você é um morto de fome mesmo, preguiçoso, relaxado...

— Caramba! Acabamos de embarcar no trem! Será que vocês já vão começar a brigar? —protestou Gina.

— Eu não falo mais nada, já estou acostumado — disse Harry, sorrindo.

A porta do vagão se abriu e Rony pulou do banco, ao ver um carrinho cheio de coisas gostosas e uma mulher perguntar gentilmente, com um sorriso:

— Vão querer alguma coisa, meus queridos?

— Sim, vamos — disse Rony depressa, desesperado, procurando algum dinheiro.

— Deixa que eu pago. O que vocês vão querer? — perguntou Harry às duas garotas, se levantando.

— Mas... — Rony tentou argumentar, corando, mas Harry o interrompeu.

— Sem discutir! Guarde seu dinheiro para irmos à Hogsmeade.

Enquanto comiam, Harry lembrou-se de seu primeiro ano em Hogwarts. Ele sentara com Rony, e os dois comeram coisas que Harry nunca havia comido antes, como os feijõezinhos de todos os sabores, sapos de chocolate, tortinhas de abóbora e muitas outras coisas deliciosas.

O estômago de Rony finalmente parou de roncar, e ele sentiu-se satisfeito.

Depois de um tempo, Gina foi para o compartimento onde seus amigos do 7º ano estavam e os três ficaram conversando durante o resto da viagem sobre o que aprenderiam nos Cursos Avançados.

Eles não falavam muito sobre Voldemort. Queriam esquecer os tempos de Trevas e fingir que Tom Riddle e Comensais da Morte nunca existiram, mas isso era uma tarefa difícil, principalmente para Harry.

— Sabe! Às vezes eu me pergunto se nosso mundo está mesmo sem ameaças, como o Kingsley* diz — disse Rony, depois de uma pausa na conversa sobre os Cursos Avançados.

— É claro que não, Rony. Muitos bruxos das Trevas ainda existem — disse Harry. — Só não têm poderes suficientes... ainda.

Rony e Hermione se arrepiaram com a idéia de Harry.

— Hum... Talvez sim — falou a garota, pensativa, e querendo acabar com aquela conversa, levantou-se. — Já estamos chegando. Precisamos nos trocar.

Logo eles estavam com as vestes da Grifinória, novas recentemente compradas no Beco Diagonal, muito diferente de antes, quando ainda havia Comensais da Morte aterrorizando o Beco e seqüestradores.

Os três sentiram o trem diminuir a velocidade, parando aos poucos. Alunos do 1º ano já estavam nos corredores, ansiosos para conhecerem Hogwarts, mas diferente dos outros, eles iam chegar à escola de barcos.

O trem parou, e vários alunos se apertaram na porta para desembarcar na pequena estação de Hogsmeade.

— Alunos novos, venham comigo! Alunos do primeiro ano, por aqui! — gritou uma voz muito conhecida, e surgiu Rúbeo Hagrid, o meio-gigante de Hogwarts, guarda-caça e professor de Trato das Criaturas Mágicas, balançando uma lâmpada acima de seu rosto grande e peludo.

— Hagrid! — exclamaram Harry, Rony e Hermione juntos.

— Ah! Harry! Rony! Mione! — disse Hagrid, apertando-os num abraço esmagador. — Como vão? E aí, preparados para os Cursos Avançados?

— Ah, sim. Nós estaríamos se você não nos esmagasse antes — disse Harry, rindo.

Hagrid também riu e disse:

— Bem! Tenho que levar os alunos novos, ãh, vocês sabem. Adeus! Até o banquete.

— Tchau, Hagrid! — disseram eles.

Os três andaram em direção às carruagens que levavam ao castelo. Rony e Hermione entraram na que Neville e Luna estavam sentados, conversando.

Harry se posicionou na frente da carruagem e acariciou o Testrálio que a puxava. Agora Rony, Hermione e Neville conseguiam ver os Testrálios, pois testemunharam várias mortes na luta em Hogwarts.

Enquanto a carruagem era puxada, o castelo ia se tornando mais visível. Sua estrutura parecia não ter mudado, apenas reconstruído.

Hogwarts estava como sempre fora, uma segunda casa para Harry, e ele estava louco para adentrar os terrenos do castelo, participar do banquete de início do ano letivo e se sentar em alguma das poltronas da aconchegante e familiar Sala Comunal da Grifinória.

 

* Kingsley Shacklebolt - eleito Ministro da Magia em Harry Potter e as Relíquias da Morte