DUDA NARRANDO.
Acordei mais ou menos nove da manhã. Vesti uma roupa qualquer, peguei o livro e parti para o parque. Eu to ficando viciada aqui!
Comecei a leitura desde o meio do livro, de onde parei ontem.
Um tempo se passou quando alguém se sentou do meu lado.
Não me importei em ver quem era, apenas olhei no relógio. Meio dia e meio. Continuei a ler. Pelo canto do olho vi que o cara tinha um livro no colo, ‘’um dia’’ e outro ele estava lendo. Ele estava vestido com uma calça skinny preta e um supra da mesma cor, com uma camisa quadriculada toda certinha. Admito, estilo o cara tem.
Voltei a atenção no livro.
-Esse livro realmente é bom –ouvi a voz rouca dizer
-é, é bem forte e... –olhei pro cara, e se você achou que era o Justin, você estava certa. –ah meu Deus, Justin! O que faz aqui? –revirei os olhos.
-lendo um pouco –ele sorriu de lado ajeitando os óculos
-tira isso, desde quando você precisa de óculos?
-não preciso, mas fico com cara de intelectual –ele riu
-Eu não acredito nisso! –disse me levantando.
-Ei, onde você vai? –ele perguntou
-embora! –disse e saí.
O tempo passou rápido e logo eu já estava na casa do Will.
Era uma graça, com tons pasteis e toda antiga.
-amei sua casa –sorri de lado
-na verdade, não é minha. Eu moro em uma casa aqui perto, sozinho. –soltei um ‘’ah’’
-cadê seus pais? –perguntei
-meu pai foi comprar alguns remédios, minha mãe esta no quarto. Por incrível que pareça, ela está um pouco melhor –sorri vendo a alegria do will. Entrei no quarto.
-HEY SENHORA WILKER! –disse entrando no quarto. A senhora riu.
-suponho que essa seja a garota de quem você tem falado todos esses dias –ela disse com a voz baixa. Olhei pro Will que ficou que nem um pimentão. Ri.
-prazer, Duda. –disse sorrindo
-Um enorme prazer. Sou Carmin. –sorri pra ela
-então mãe, Duda veio fazer uma visita –ele sorriu colocando os braços em meus ombros
-oh, percebi –ela riu –como se conheceram? –ela perguntou
-um dos alunos dele me deu uma bolada
-ah, aquele menino de novo, Will? –a senhora revirou os olhos, will riu
-ele mesmo.
-ACONTECEU ISSO COM A SENHORA TAMBÉM?
-AHAM! ELE TEM UM CHUTE PRA LÁ DE FORTE!
-NÉ, FALA SÉRIO! –rimos
Ficamos conversando coisas bobas enquanto Will foi fazer sei lá o que
-ei, Duda. Vai ter jogo, quer assistir? –Will entrou no quarto.
-quero sim –saltitei da cama da senhora Wilker.
-Tchau carmin! Nos vemos outro dia –sorri
-espero que sim –ela riu. Acenei. Dei um tchauzinho pro senhor Wilker que também era uma comédia e entramos no carro do Will. Ele dirigiu até uma casa que era por perto verde, entramos na casa e antes que eu fizesse qualquer coisa, ele ligou a televisão.
**
Tive que voltar pra casa mais cedo, lembrei que ainda tinha um livro pra ler.
Claro, will não iria me trazer até aqui já que estava no ultimo tempo do jogo.
Boys ¬¬
Me sentei no sofá, pronta para assistir smallvile
Velho, desde criança o Justin é viciado nisso.
POR QUE EU TIVE QUE ME APAIXONAR POR ELE?
Me perguntei deitada no sofá
E se... e se ele estiver mesmo falando a verdade?
Porque realmente, eu fico tão bem perto dele e... não! Isso só acontece em filme!
É só... esquecer!
Isso!
**
JUSTIN NARRANDO
Me ajoelhei no ‘’nosso canto’’.
A falta que ela me fazia, o poder que ela tinha sobre mim... chegava a ser impressionante!
Ser romântico não funcionou, ser fascinado por esporte não rolou, intelectual...nem perto, me humilhar também não...
Talvez, eu tenha que desistir
NÃO!
Eu nunca desisti de nada, o mais bobo que fosse, e não vou desistir da coisa que me deu motivos pra sorrir todos os dias.
**
Vesti uma roupa qualquer e fui até lá, de novo.
Fala sério, eu pareço um otário.
Na verdade, eu sou um otário.
Afastei esses pensamentos saindo do carro. Assim que saí, vi Duda na recepção com algumas sacolas na mão.
-Ei, Duda! –Disse alto, ela se virou, revirou os olhos ao me ver sussurrando um ‘’ai não’’
Como aquilo doeu
Corri até ela com passos largos, ela não parou de andar um segundo.
-o que quer? –perguntou rude, apertando o botão do elevador.
-Eu... hm... –assim que o elevador abriu, ela entrou, fiz o mesmo, e ouvi ela bufar.
-vai, diz logo!
-wow, aqui ta quente –disse. Eu realmente ODEIO lugares apertados. Vi que ela quis rir. Sim, ela havia lembrado daquele jantar
-se você lembra, por que não subimos a escada? –perguntei divertido. Ela riu fraco e saiu assim que o elevador parou no seu andar.
-Não vai dizer o que quer? –ela disse mexendo na bolsa, provavelmente pegando a chave já que estávamos parados na sua porta
-Você quer sair comigo? –perguntei após respirar fundo. Ela me olhou com uma cara de ‘’cara, ta usando droga?”
-e por que eu faria isso? –ela me encarou
-porque... porque... –ela abriu a porta
-tchau –ela sorriu sínica, mas antes que ela fechasse a porta , a segurei.
-se você aceitar sair comigo e não sentir mais nada, eu prometo que paro de te encher o saco.
-sem flores, surpresas, me acompanhar...?
-eu te deixo em paz –disse. Ela pensou um pouco, mas logo veio a resposta.
-me pega ás sete –disse. Sorri e então ela fechou a porta na minha cara.
É.
Já é um bom começo.
Voltei saltitante pra casa.
Velho, que frase de mocinha.
Enfim, liguei e fiz a reserva no restaurante daqui mesmo.
Duda não faz questão de TER que ser o melhor restaurante, porque se fosse assim, a levaria pra paris e já era.
Combinei várias coisas com o restaurante, já que eu teria só uma chance, que seja a chance que eu vou reconquistar minha esposa.
Fiz tudo que era preciso, que admito, demorou um pouco, quando cheguei em casa, já era hora de me arrumar. Pensei em mandar algo pra Duda sobre o traje, mas acho que não seria necessário, aliás, ela sempre estaria perfeita pra mim. E por incrível que pareça, ela sempre sabe o que usar.