Duda narrando
Acordei em meio a cama de casal bagunçada. Olhei para o lado e vi a camiseta de Justin.
Vish.
Antes de fazer outra pergunta á mim mesma, vi Justin entrar com uma bandeja de café da manhã nas mãos, sorrindo como nunca e... sem camisa.
-bom dia –ele me deu um beijo estalado na bochecha deixando mesinha sobre minhas pernas.
-bom dia –perguntei estranhando toda situação.
-que cara é essa? –ele riu se sentando ao meu lado e pegando um pedaço de maçã que estava em um dos potinhos.
-Justin... a gente transou de novo? –perguntei com as sobrancelhas arqueadas. Ele gargalhou
-não, por que? –ele perguntou ainda rindo
-considerando as situações... –deixei a frase solta. Aí que ele riu mais
-ontem, eu vim te trazer pro quarto porque a senhorita fez o favor de dormir lá em baixo, e estava chovendo pra cacete, então, você me pediu pra dormir com você. Aí, você que se aproveitou de mim enquanto dormia e puxou meu braço pra dormir de conchinha com você –ele riu –e agora, eu quis te dar um café da manhã digno de uma mãe. –ele sorriu radiante me fazendo sorrir junto.
Tomamos o café juntos e por ser em uma segunda feira, Justin foi trabalhar.
Enfim, eu não teria nada pra fazer o resto da tarde. Legal.
Fiquei vendo aqueles programas sobre novela, até ouvir meu celular vibrar, então li a mensagem
‘’e aí?
o que acha de vir ao meu trabalho? Almoçar comigo e sei-la... jogar wii HAHA Bjs’’
Enviei o provável
‘’NO.’’
Me levantei e fui tomar um banho.
E pensar que daqui a algum tempo, essa minha barriga vai estar grande.
E o pior de estar gorda : não vai ter proveito nenhum!
Eu não vou poder sair rolando, droga.
Enfim, me (
arrumei ) e saí com o carro até o trabalho dele.
Em dois P já tinha chegado lá, então, só cumprimentei e avisei a D. Helena e parti pra sala dele. Abri a porta com tudo, dando maior susto na criatura.
-HEY BABY BOY! –disse abrindo os braços, ele riu negando com a cabeça
-e aí, gata? Achei que não viria! –ele pegou sua carteira, e fez comigo, um toque antigo. Tipo, de uma semana depois do casamente.
-por que achou isso? –perguntei
-porque eu perguntei se você viria e você disse ‘’no.’’ –ele riu. Ri também
-sou do contra –disse. Ele concordou e enfim, me avaliou
-wow, por que está vestida assim? –ele perguntou realmente surpreso
-tava pensando, você é o cara. Tem o poder e tals, e eu pago de perua, então, não faria sentido eu vir vestida de ‘’duda’’. –disse
-cara, to surpreso
-só porque estou de salto? –ri
-não, PORQUE VOCÊ PENSA! QUE DEMAIS! –ele gargalhou, enquanto eu lhe dava um soquinho.
Partimos para o restaurante, e almoçamos falando de tudo.
-eu senti saudade desse nosso tempo juntos –ele disse olhando fundo em meus olhos. Por um instante eu não sabia o que falar, mas uma coisa me pareceu certa.
O famoso ‘’eu te amo. Podemos recomeçar?”
-Justin... –suspirei
-não, Duda, tudo bem. Não vou pedir pra reatarmos, acho que estamos bem assim. Mas senti falta da nossa amizade. E... quer voltar a ser minha amiga? –ele sorriu.
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ISSO (^) foi meu mundo desabando
Não sabia se sorria ou se chorava.
PORRA!
-então... –ele deixou a pergunta solta
-eu topo –disse ‘’sorrindo’’
-amém! Demorou tanto pra responder que achei que ia rolar um ‘’não, eu te amo e não quero ser só amiga’’ –eu só dei uma daquelas risadinhas falsas e irônicas enquanto Justin arqueava uma das sobrancelhas ao perceber a situação.
-vamos voltar? Tô afim de jogar kinect –disse fazendo careta
-claro
**
Sentei na cama suspirando pesado.
Depois que fomos para o trabalho dele, jogamos um pouco e depois eu voltei, fiz a janta e então ele chegou. Jantamos, assistimos televisão e por fim, estou aqui, sentada na minha cama buscando um jeito de dormir.
Ainda naquela melancolia.
Justin já me esqueceu. E por que eu não consigo esquece-lo?
Morar na mesma casa, não é uma coisa que me ajude também.
Tem horas que eu penso que eu deveria dizer pra ele, e esquecer tudo, mas tem horas que eu penso que simplesmente, deveria ignorar. Ignorar os meus sentimentos.
Senti minha barriga roncar, olhei no relógio, percebendo que aquele meu momento reflexivo durou mais de três horas. Me levantei indo á cozinha, assim que cheguei lá, preparei um lanche junto á um suco de laranja e me sentei nos banquinhos de frente pro balcão.
-lanche noturno? –Justin disse se aproximando.
-não importa a hora, sempre é hora do lanche –ri comendo mais um pedaço
-to junto –ele sorriu preparando o lanche dele. Terminei de comer meu lanche e tomar meu suco o observando.
Queira Deus que essa criança nasça que nem o Justin! Os traços dele são simplesmente perfeitos. O rosto angelical, e o corpo escultural, o deixava irresistível, e quando ele levantou o olhar, com aqueles lindos olhos caramelados, perdi toda a respiração.
Ele continuou me olhando, tentando entender o porquê de eu o encarar, então, ele soltou um risinho, me fazendo perceber o quão idiota eu estava sendo.
-anh... boa noite –disse e me levantei o mais rápido colocando o prato e o copo na pia, em seguida, subindo correndo e entrei no quarto.
Escovei os dentes e voltei a sentar abraçada com as minhas pernas.
Isso, gente popular abraça amores, eu, abraço minhas pernas. Legal a vida.
-cara, você recusa meus abraços pra abraçar a própria perna? –a voz rouca soou pelo quarto seguida de uma gargalhada. Apenas olhei em sua direção e soltei um sorrisinho, falso, mas um sorrisinho e desviei a atenção para o lençol a minha frente. Ouvi Justin suspirar pesado e vir andando até a cama em passos largos, sentando-se ao meu lado e colocando o braço por cima de meus ombros
-vai começar a contar agora ou daqui á um minuto mesmo? –ele disse calmo
-contar o que? –perguntei confusa
-como se não soubesse... –ele bufou
-e não sei!
-ok, Duda. Por que está mal? –ele perguntou.
-não estou mal –ele riu
Me conhece tão bem
-não perguntei se está mal, perguntei o porquê.
-é sério... –comecei dizendo, mas ele me cortou
-Duda, você está agindo como se eu não te conhecesse ! Me diga, quem sabe eu possa te ajudar –ele sorriu
-eu to uma droga, ok? –disparei –na moral, nunca achei que fosse chegar á esse estágio, mas é ridículo, é escroto, é estúpido... –se ele deixasse, eu iria continuar falando os adjetivos
-a qual estágio? –ele perguntou
-eu estou... melosa e dramática. Sem esquecer do trouxa –ele gargalhou –EI PESTE, NÃO TEM GRAÇA
-tem sim! Mas .. hm... devem ser os hormônios... –agora foi a minha vez de gargalhar
-caraca, ta voando mesmo hein, Justin –ri mais
-PARA, to tentando te ajudar! Eu não sabia o que falar!
-por que não tentou um ‘’tpm”? –perguntei sarcástica
-porque eu tenho amor a vida –ele riu. Rimos juntos até ficarmos olhando o nada
-nós precisamos falar pro nossos pais –ele disse
-anh... ta –fiz careta
-só quero ver, você vai mandar todo mundo pra merda se começarem a ficarem alisando sua barriga –ele gargalhou, ri também
-seja lá o truque que a ruiva bitch usou, mas te deixou bem animadinho –disse como se aquilo não me afetasse
-ah –ele riu fraco –não foi ela. Mas agora, ta muito tarde, e você tem que descansar então –ele se ajoelhou ao meu lado dando um beijo na minha testa –boa noite –ele deu uma piscadela e saiu do quarto
Ta legal... ESPERA, COMO ASSIM NÃO FOI ELA?