Fanfic: Sing | Tema: My Chemical Romance

Era 6h da manhã e Fernanda já estava acordada, ou melhor, nem tinha dormido, apenas cochilou por momentos, passou a noite toda no sofá enrolada em cobertas, pensando o que seria dela dali pra frente.

Fernanda tinha 20 anos, não tinha trabalho ainda, e dependia do pai para pagar a faculdade, estava perdida, sem rumo algum. Ela já não chorava, já não tinha mais lagrimas, pegou seu mp3 e colocou nas musicas daquela banda que havia conhecido um dia antes, ficou ali na sala, olhando para o nada, e ouvindo aquelas musicas que a deixavam calma, que transmitiam paz, era isso o que ela precisava, paz. A cada musica que tocava daquela banda ela se identificava um pouco mais.

...(So say goodbye) to the vows you take.

(And say goodbye) to the life you make.

(And say goodbye) to the heart you break…

Hum... que ironia aquela letra –Pensou Fernanda, se levantando do sofá e indo para o banheiro tomar um banho demorado. Passou pelo espelho olhando seu estado, estava com olheiras, os cabelos até os ombros e pretos estavam desgrenhados, e aquele curativo em sua testa que ela ainda não havia mexido. Aproximou-se do espelho tirando o curativo e vendo que tinha alguns pontos e estava um pouco roxo. Ela tomou seu banho, e foi para o seu quarto olhou para o guarda roupas procurando o que vestir. Encontrou um vestido preto, até os joelhos de manguinha curta. Calçou uma sapatilha também preta, deixou os cabelos soltos, para tentar esconder o corte em sua testa, mais sem sucesso, viu que aquilo não teria jeito, e deixou como estava, pegou uma bolsa e seguiu até a estação de metrô.

Quando chegou ao cemitério, ficou parada ali em frente, simplesmente não conseguia ir até onde seus pais estavam sendo velados. Ficou ali de longe observando, não tinha expressão no rosto, ela estava sem vida. 

-Alguém que você conhecia? –Uma voz masculina falou ao seu lado.

-Meus pais. –Foi apenas isso que Fernanda respondeu, olhando o rapaz de conto de olho. 

-Sinto muito. –Ele disse também sem vida na voz. 

-E você, alguém que você conhecia também se foi? –Agora Fernanda estava de frente para o homem, que fumava um cigarro. Ele era muito bonito, tinha o cabelo curto, com as laterais descolorida e a parte de cima um pouco mais comprida, como se fosse um moicano, e preto, a pele bem clara, os olhos verdes, vestia um jeans preto desbotado, uma camiseta preta de uma banda e uma jaqueta preta também. 

-Minha avó. –Falou se virando para ela também. Viu os olhos do rapaz se encherem de lagrima.

-Sinto muito pela sua perda também. 

-O que ouve com a sua testa? –Ele esticou a mão para toca-la mais Fernanda se afastou, fazendo o rapaz recuar a mão. 

-Eu cai... E bati a cabeça. Não é nada. 

-Está roxo, não me parece ser nada.

-Pra quem perdeu os pais e não tem mais ninguém além deles, isso não é nada.

O rapaz fez uma careta com a resposta da garota, ele jogou a bituca do cigarro que fumava, logo pegando outro no maço.

-Você quer um? –Ele ofereceu o cigarro para a garota.

Fernanda aceitou, ela não costumava fumar, mais já havia experimentado. Ele acendeu o cigarro e passou para ela, logo acendendo o seu.

Os dois ficaram ali, em baixo de uma árvore, fumando, sem dizer uma palavra. Fernanda se sentia bem ali, com aquele rapaz que ela nem sabia o nome, parecia que não precisava ser dito nada. Ele, estava em um mundo particular dentro de sua cabeça, também não se incomodava com o silencio. Eles terminaram de fumar, Fernanda tinha que tomar coragem para ir até onde seus pais estavam, a hora do enterro já estava próxima. 

-Você não vai lá? –O rapaz apontava com a cabeça o local onde estavam os caixões.

-Não consigo, acho que não tenho forças pra ver meus pais sendo enterrados. –Fernanda falava com lagrima nos olhos.

-Eu vou com você. –Ele segurou a mão dela, a fazendo olhar para as mãos e logo para os olhos dele. –Se você quiser, é claro.

Fernanda apenas balançou a cabeça afirmando. Os dois caminharam de mãos dadas pelo cemitério, a cada passo mais próximo dos túmulos Fernanda tremia e apertava a mão do rapaz. Quando chegaram, o padre começou a dar a benção, em seguida os caixões foram descendo para debaixo da terra, Fernanda não conseguiu mais se segurar, e começou a chorar, o rapaz a abraçou, também deixando escorrer algumas lagrimas. O enterro chegou ao fim, Sr. Jenks, cumprimentou Fernanda.

-Eu sinto muito mesmo Fernanda, seus pais eram pessoas muito boas. Se quiser posso deixar você em sua casa.

-Obrigado, mais não precisa, acho que preciso andar um pouco, ainda não vou pra casa.

-Eu cuido dela, não se preocupe. –O rapaz se pronunciava pela primeira vez na conversa ainda abraçado com Fernanda.

-Tudo bem então, qualquer coisa, pode me ligar.

-Obrigado. –Ela sorriu fraco para ele.

Os dois foram caminhando pelo cemitério afora, nenhum deles tinha rumo, ela não queria voltar para casa, e ver que cada canto da casa lembrava seus pais, que agora estava vazia. Ele, não queria voltar para casa também, sabia que iria encontrar a mãe chorando, e isso era muito difícil pra ele.

Eles caminharam por horas, chegando a praia, que estava deserta. Sentaram-se na areia, olhando o mar. Fernanda estava perdida em pensamentos, não sabia o que fazer dali pra frente, seus olhos já estavam cheios de lagrima novamente, quando sentiu o toque do dedo do rapaz limpando uma lagrima que caia. Ela o olhou dando um sorriso fraco.

-Obrigado.

Ele sorriu de volta. –De nada.

-Quem é você? Até agora não me disse seu nome!

-Você também não me disse o seu!

-Mais você sabe meu nome, você ouviu o Ralph me chamando.

-É, eu sei Fernanda. –Ele deu um sorrido torto para a garota.

-Então, não vai me dizer?

Ele soltou um suspiro, alto. –Pode me chamar de Anthony.

-Ok Anthony.

Ela voltou a fitar o mar.

-Porque você está fazendo isso por mim? –A garota perguntou meio curiosa.

-Acho que não foi só por você, foi por mim também. Provavelmente não vou voltar pra casa hoje, nem amanhã, não tenho cabeça pra aguentar o clima que vai estar em casa.

-Se quiser, pode ir pra minha casa. Não vou conseguir ficar por lá por muito tempo sozinha, tudo ali me faz lembrar meus pais.

-É, entendo você.

Já estava escurecendo, o sol já não esquentava mais, e batia um vento gelado, Fernanda se abraçou, tentando se esquentar, Anthony percebendo, tirou a jaqueta e colocou nos ombros da garota, e em seguida a abraçou. Ela encostou a cabeça no ombro dele, sentindo o cheiro bom do seu perfume. Ficaram ali por mais um tempo, até escurecer totalmente.

-Vamos? –Fernanda já estava se levantando, e chamando o rapaz.

-Tem certeza? –Anthony, também já estava em pé.

-Sim, não estou preparada pra ficar sozinha, e se ficar, vou acabar fazendo alguma loucura. –Ela deu um sorriso fraco, estendendo a mão para o rapaz. Ele apenas acenou com a cabeça segurando a mão dela. Os dois pegaram o metrô indo em direção a casa de Fernanda, não falavam muito, somente o necessário, tinha sido um dia muito difícil para os dois. Quase chegando a casa, Anthony viu um supermercado.

-Tive uma ideia. Você bebe?

-De vez em quando, e não muito, porquê?

-Vamos beber pra tentar esquecer desse dia terrível que tivemos, pelo menos comigo funciona, amanhã quando tudo passar, você vê o que faz da sua vida.

Fernanda sem pensar duas vezes aceitou a proposta do rapaz, afinal, ela só queria esquecer desse maldito dia, e ele estava certo, amanhã ela pensava, mais hoje, não, nem conseguiria.

Entraram no mercado, compraram varias bebidas e cigarros, o suficiente para umas dez pessoas, mais um exagero para somente duas. Seguiram até a casa de Fernanda, sem nada dizer.

-Pode colocar as coisas na geladeira, eu vou trocar essa roupa, se quiser ligar a tv, ou o som, também pode, meu mp3 está conectado nele. –A garota falou subindo a escada.

Colocou um shorts jeans e uma camiseta velha de banda.

Enquanto isso Anthony, mexia no som, aumentando um pouco o volume, e percebendo a musica que tocava, deu um sorriso de canto, mais mudou de musica.

-Ah, porque você não deixou naquela musica? Eu adoro ela! –Fernanda apareceu descendo a escada.

-Não sei, acho que hoje não quero ouvir musicas que eu conheço.

-Humm, ok...

-Bom, você toma vodka? Peguei um copo pra você. – Fernanda estendia um copo pra garota, e a mesma o pegando.

-Não gosto, mais hoje vou abrir uma exceção. –Logo bebendo um gole, e fazendo uma careta. Anthony fez o mesmo. Os dois beberam por horas, ouvindo musicas brasileiras que a garota tinha em seu mp3, já haviam acabado com duas garrafas de vodka, e agora tomavam cervejas e fumavam um cigarro atrás do outro. Já nem se lembravam mais o porque estavam bebendo daquela forma. Fernanda como não era acostumada a beber, já estava bêbada, e Anthony também não estava mais no seu estado normal. Riam sem nem mesmo saber o porque.

-Anthony, o que você faz da vida? –Fernanda falava meio mole, balançando a garrafa de cerveja que segurava.

-Eu, humm digamos que tenho uma banda, mais não é muito famosa, só tocamos aqui em New Jersey.

-Ahhh que legal! –Ela falava empolgada.

-É, é sim. Mais não acredito que vamos muito em frente com isso.

-Que pessimismo! 

-É só que não estou mais no clima de banda, tudo parece desmoronar. Mais não quero mais falar sobre isso Fernanda, desculpe.

-Ah, tudo bem. –Fernanda deu mais um gole em sua cerveja, e passando a garrafa para Anthony, que deixou a mesma escapar da mão e molhar a camiseta da garota.

-Ops! Nossa que desastrado que eu sou! –Anthony falava tentando limpar a camiseta da menina, e Fernanda apenas ria da situação.

-Calma Anthony, é só trocar de camiseta! –A garota ficou em pé no mesmo instante e tirou a camiseta a jogando na poltrona vazia. –Ai, cade a blusinha que eu deixei aqui mais cedo? –Ela procurava no meio da bagunça que a sala tinha se tornado, Anthony a observava sem dizer nada, ele sentiu algo acontecer dentro dele, não resistindo e indo em direção a garota. Ele a pegou pelo braço fazendo com que ela se virasse de frente pra ele, e ficasse a centímetros do rosto dele. Não demorou muito e os lábios dos dois já estavam colados, começando com um beijo lento, mais logo passando a ser mais urgente. Fernanda sentiu a língua do rapaz pedindo passagem e logo o deixando, sentindo a língua dele massagear a dela, e dando mordidinhas leves no lábio inferior. Anthony deu alguns passos pra trás, e caindo sentado no sofá, a levando junto, Anthony passava uma das mãos no rosto da garota, enquanto a outra deslizava pelas costas da mesma. Fernanda estava bêbada, mais sabia o que estava acontecendo e se não parasse, sabia que algo mais iria acontecer, enquanto beijava Anthony, estava em uma discursão interna se parava ou ia a diante. Ela ia subindo a camiseta do rapaz, pois a jaqueta já havia sido tirada antes, pelo mesmo. Fernanda percebeu que já não respondia mais pelos seus atos, então simplesmente se entregou aquela pequena loucura de momento.

A camiseta de Anthony foi parar em algum canto da sala iluminada apenas com as luzes de dois abajures. Ela entrelaçava os dedos nos cabelos do rapas, e dava mordidinhas no lábio dele, o fazendo ofegar. Anthony a virou no sofá a fazendo ficar em baixo dele. Enquanto isso ele descia dando beijos e mordidas no corpo da garota, indo pelo colo, passando pelos seios, no mesmo momento em que acariciava o outro por cima do sutiã. Desceu pela barriga, deixando mordidas de leve, e abrindo o botão do shorts da menina, ele a olhava com olhos e um sorriso malicioso nos lábios, ela mordia o próprio lábio, esperando o próximo ato de Anthony. Ele foi abaixando o shorts da garota lentamente, e voltou beijando as pernas dela, e subindo para beija-la. Fernanda passeava as mãos pelas costas nua do garoto, e passando as unhas lentamente, o fazendo arrepiar por inteiro, Fernanda com alguma dificuldade abriu o botão da calça dele, e tentou abaixa-la, com certa dificuldade conseguiu o deixando somente de cueca, e sentindo o volume pressionar sua intimidade, a deixando ainda mais excitada. 

Anthony sentou-se e a puxou junto, a fazendo sentar com uma perna de cada lado dele. Ele a beijava e massageava os seios, com uma mão ele foi abaixando um lado da alça do sutiã, e deixando rastro de beijos e leves mordidas, deixando a garota toda arrepiada, em um movimento rápido ele tirou o sutiã e jogou no chão. Ele olhou para ela e sorriu, falando baixinho. –Linda. –Fernanda corou com o elogio e voltou a beija-lo, já não se sentia tão bêbada quanto antes, mais sentia algo estranho surgir dentro do seu peito. Anthony, viu a garota ficar vermelha e a achou ainda mais linda, sabia que estava alterado pelo álcool, mais nunca havia se sentido assim com uma garota. Sentiu os lábios da menina se aproximar e voltou a beija-la carinhosamente, começou a passar a mão em um dos seios e foi diminuindo os beijos e passou os lábios pelo pescoço dela, descendo pelo colo e chegando ao seio, passou a língua no seu mamilo, a fazendo soltar um gemido baixo. Anthony deu um sorriso com a reação da garota, no mesmo instante a deitou novamente no sofá a beijando lentamente e com a mão desceu sua calcinha, Fernanda fez o mesmo com a cueca do garoto. Anthony ainda passeava com uma mão pelo corpo de Fernanda a fazendo se arrepiar com cada toque, Fernanda por sua vez passava uma das mão nas costas dele, e logo entrelaçou as pernas na cintura do mesmo. Anthony a penetrou lentamente, fazendo a garota soltar um gemido e cravar as unhas nas costas dele. Ele a olhava nos olhos e fazia movimentos lentos, sentindo cada parte do seu corpo com a ponta dos dedos, nunca havia sentido algo parecido, era algo bom, uma felicidade estranha.

Anthony a segurou e ficou em baixo da garota, a fazendo se sentar sobre seu quadril, Fernanda continuou a fazer movimentos e logo chegando juntos ao orgasmo.

Fernanda deitou no peito de Anthony, e ficou ali por um tempo, somente ouvindo as batidas do coração do rapaz, sentiu-se leve e sonolenta, Anthony ajeitou-se no sofá a puxando pra perto de si, os dois acabaram adormecendo ali mesmo.