Fanfic: Sing | Tema: My Chemical Romance

Fernanda acordou com o sol da manhã batendo em seu rosto, percebeu que não estava em seu quarto e que estava coberta somente com um lençol. Esfregou os olhos pra tentar acordar, sua cabeça doía tanto. Ela sentou-se lentamente no sofá, e olhou em volta, vendo a bagunça em que a sala se encontrava, ela se lembrava da noite anterior, sabia o que tinha feito, mas onde estava Anthony??

-Anthony? –Ela o chamou se enrolando no lençol, desviando das garrafas jogas, indo em direção a cozinha.

Olhou a cozinha vazia, e se sentiu triste por não encontrar o rapaz lá. Pegou um copo de água gelada, e resolveu tomar um banho, a bebedeira já havia passado, agora tinha que colocar a cabeça no lugar, e pensar no que faria da sua vida.

Quando chegou no andar de cima ouviu barulho de chuveiro e se assustou. –Será que alguém entrou em casa? – Pensou a garota.

Fernanda pegou um vaso de flor que era um enfeite da casa e abriu a porta do banheiro com tudo, encontrando ali um Anthiny assustado com o ato da garota.

-O que aconteceu Fernanda?? Calma, não me acerta com isso não! –Ele já falava desesperado, achando que a menina havia surtado, por ter acordado nua, e achando que ele tinha se aproveitado dela.

Fernanda começou a rir sem parar ao ver o susto que Anthony tinha tomado.

-Anthony, é você! –A garota falava entre risadas. –Eu achei que você tinha ido embora, eu te chamei, mais ninguém respondeu, e me assustei quando ouvi o chuveiro!

-Ah Fernanda, você acha que se fosse um ladrão ele ia estar tomando banho? –Anthony falou meio confuso com a teoria da garota. –E eu jamais iria sair sem me despedir de você. –Falou dando um sorriso angelical, fazendo a garota corar.

-Vem, toma banho comigo. –Ele falava com a mão estendida para a ela.

Ela simplesmente soltou a ponta do lençol que estava enrolada e entrou no chuveiro com ele. Fernanda não sabia ao certo o que era, mas quando estava perto de Anthony, sentia como se uma eletricidade passasse pelo seu corpo, nunca havia sentido isso antes. Ela estava muito triste pela morte de seus pais, mas com Anthony ali, se sentia um pouco mais leve, sem toda aquela tristeza e vontade de se afundar numa escuridão sem volta. Quem era ele? Ela só o conhecia a quase dois dias, mais sabia que o queria por perto sempre.

Saíram do banho e Fernanda foi arrumar a bagunça que estava na sala deixada por eles na noite passada, enquanto Fernanda fazia alguma coisa pra eles comer, afinal, só tinham bebido desde que se conheceram.

-Fee, a omelete está pronto!

Fernanda caminhou até a porta da cozinha, e parou o olhando.

-Do que você me chamou?

-Fee?! Porquê? Se você não gosta eu não te chamo mais assim! –Ele falou indo na direção dela.

-Hey, calma Anthony, eu só perguntei. –Ela disse sorrindo e dando um selinho no rapaz, passando por ele e indo se sentar na bancada da cozinha. –É que é estranho alguém desconhecido me chamar assim, ainda mais aqui.

-Eu não sou desconhecido. –Ele falava a servindo e parecia meio ofendido. 

-Desculpa Anthony, mais não foi isso o que eu quis dizer, é que aqui eu não tenho amizade com ninguém, nem mesmo com o pessoal da faculdade, então é estranho ouvir isso inesperadamente. –Ela disse sorrindo e comendo um pedaço da omelete.

-Anthony, você faz a melhor omelete que eu já provei na vida!

O rapaz sorriu de volta, também comendo um pedaço. –Que bom que gostou, caprichei pra você. –Falou dando uma piscadela para a garota a fazendo corar.

Terminaram de comer em silencio, Fernanda estava perdida em pensamentos, sobre a noite anterior, sobre a fatalidade com seus pais. Anthony por sua vez, não parava de pensar na garota a sua frente, sentia algo que nunca havia sentido antes, mais o que diabos era isso? Ele se perguntava mentalmente. Os dois foram tirados dos devaneios pela campainha tocando, Fernanda que havia se assustado com o barulho foi até a porta da frente atender, voltando com vários papeis nas mãos, e com a expressão desanimada.

-O que aconteceu? –Anthony perguntou preocupado.

-Nada, são só alguns papeis. –Fernanda falou deixando os papeis em cima da mesa. –Bom, me ajuda a terminar de arrumar a sala, está uma zona aquilo lá. 

-Claro Fee, vai indo, que eu só vou colocar essa louça na pia. 

Enquanto a garota deixou a cozinha, Frank aproveitou para ver o que seria aqueles papeis que a deixou triste. Ele viu um que já estava aberto e leu, era uma conta que logo iria vencer, os outros envelopes aparentemente também eram contas para pagar.

Frank pensou em falar que poderia ajudar Fernanda, mas pelo pouco que a conhecia, e por ela não querer nem falar do que se tratava os papeis, sabia que ela não aceitaria, mais daria um jeito de ajuda-la.

Ele foi até a sala, e começou a ajudar a garota a arrumar a bagunça que haviam deixado pra trás. Tocava uma musica que ele não conhecia, mais era agradável, mas logo em seguida começou a tocar uma musica que ele conhecia muito bem. Frank começou a cantarolar baixinho, e Fernanda logo percebeu.

-Você conhece essa banda?

-É... Digamos que eu faço parte dessa banda.

-Faz parte dessa banda? Do que você está falando Anthony? –A garota perguntava sem entender.

-Eu sou um dos guitarristas dessa banda que você está ouvindo. –Frank falava com a maior naturalidade. 

-Isso é serio??

-Porque eu mentiria pra você Fee? –Frank continuava pegando as garrafas jogadas pelo chão.

-Me dê um minuto. –Fernanda saiu correndo escada a cima, enquanto Frank a olhava sem entender nada.

Alguns minutos depois Fernanda desce a escada correndo e falando alto.

-É você mesmo, meu Deus! Você é Frank Iero! Porque não me falou des do começo?

-Não sei, não senti necessidade de falar, e como eu disse, nem sei se essa banda vai ir pra frente.

-Frank, você tem noção do que está falando? A sua banda é perfeita, suas musicas são ótimas. Foram elas que eu ouvi enquanto chorava a perda dos meus pais, e são elas que involuntariamente estão me ajudando, acredite. Não desista dessa banda, vocês vão ser muito conhecidos ainda.

Fernanda falava aquilo com os olhos brilhando, ela falava a verdade pra ele, nem acreditava que o dono daquela guitarra que a hipnotzou estava em sua casa, que ela havia dormido com ele.

-Obrigado Fee, mesmo, é bom saber que alguma coisa boa, eu estou fazendo. 

-Prometa que não vai desistir dessa banda, Frank. Eu sei que não nos conhecemos direito, mais você tem que me prometer isso.

Frank sorriu se aproximando da garota, a abraçando pela cintura. –Eu prometo Fee, só não sei se isso vai dar certo. 

-Vai dar certo sim Frank, eu acredito em você. –Falou e em seguida deu um selinho demorado no rapaz que logo virou um beijo intenso.