Fanfic: Sing | Tema: My Chemical Romance

Era mais um dia de trabalho normal para Fernanda na loja em que já trabalhava fazia algum tempo. Ela não era apenas uma vendedora, mas sim a que vendia mais, e consequentemente tinha a comissão mais alta entre as garotas. Ela não tinha problemas com nenhuma delas, mesmo no começa foi bem recebida entre as outras, apenas uma que insistia em pegar no pé dela, Pamela. Fernanda não se importava muito com as provocações de Pamela, ela sempre se metia nas conversas dela com as outras meninas, e as vezes a insultava, falando que Fernanda dava uma de coitadinha, pois o noivo tinha dinheiro, já que tocava em uma banda agora famosa.
Fernanda e as garotas que trabalhavam com ela sabiam da verdade, por isso não davam muita moral para Pamela, mas a única coisa que a deixava com os nervos a flor da pele, era quando Pamela falava que o noivo dela era lindo, e que devia pegar todas as fãs por ai, e se tivesse oportunidade, ela mesma já teria ficado com ele. Ela sabia que Frank não faria isso com ela, sabia do amor dele por ela, mas não admitia ouvir o nome dele na boca dela. Por varias vezes se segurou para não voar no pescoço dela e arrancar a língua dela com as unhas.
Eliza, uma pessoa que se mostrou muito amiga de Fernanda, sempre a segurava nessas horas, sabia que Fernanda precisava do emprego, e sabia também que se fosse pra cima de Pamela, perderia o emprego na hora. Por mais que Emma fosse uma patroa muito legal, não toleraria isso em sua loja.
-Hey, não fica assim por essa vadia não querida! Você sabe que ela só faz isso porque consegue te atingir. –Eliza a acalmava nos fundos da loja enquanto Fernanda fumava um cigarro. Ela tinha pegado esse vicio de Frank, e sempre que estava muito nervosa acabava fumando quase um maço inteiro.
-Ai Liz, juro que me seguro pra não matar essa maldita, mais um dia eu ainda vou encontrar ela sozinha por ai e vou esfregar a cara dela no chão, para ela parar de se achar a mais linda do mundo e parar de falar do meu noivo. –Fernanda falava com o cigarro entre os dedos e a mão trêmula.
-Fee, para, você é linda, alias, muito mais linda que ela, e tem o cara que ela, e mais algumas por ai deseja, então levanta essa cabeça e esfregue na cara dela isso. Ela nunca o terá!
-Aiii, obrigada Liz, você tem sido uma amiga e tanto pra mim. Mais eu ando tão estressada, é as cobranças da faculdade, os preparativos para o casamento, e o Frank que infelizmente quase não vejo mais por causa da banda. –Fernanda falava meio cabisbaixa. –Eu sei que a banda era o que ele mais queria, e agora que eles têm o cd gravado, contrato com a gravadora, e os show por ai, está ficando difícil para nós dois. Eu o amo, mais tenho tanto medo dele encontrar alguém em um desses shows por ai.
-Heyyy, para com essa conversinha. O Frank é apaixonado por você, não precisa ser muito inteligente pra ver isso estampado naquela cara dele. E não é a toa que vou ser a madrinha do casamento de vocês. Porque se eu não acreditasse nessa ligação que vocês têm, eu não teria aceitado, afinal, madrinha tem que dar o presente mais caro né! –Eliza falou rindo.
E ele te liga de hora em hora Fee, só pra saber se você ainda está respirando, e quando ele volta dos shows, é pra você que ele volta. Não fique com medo de nada, porque ele você NUNCA irá perder. Eu sinto isso.
-Ai Eliza, você é um anjo que caiu na minha vida, só pode. Fernanda falou abraçando a amiga. –Quando vc diz a frase: Não fique com medo de nada... Eu acabo acreditando, porque sempre dá certo.
-Vamos entrar, porque já deu nossa hora. –Eliza falava apagando seu cigarro.
-Vamos sim, aguentar mais algumas horas daquela cara de cavalo da Pamela. –Falou entre risos, apagando seu cigarro também. –Liz, vamos comigo depois comprar umas coisas para o casamento?
As duas combinavam enquanto entravam para a loja.

Do outro lado do país, pra ser mais exata em Seattle. Frank e os meninos da banda trabalhavam sem parar, show, entrevistas em rádios, e canais de tv. Frank sempre arrumava um tempinho entre a correria do dia para ligar para Fernanda ou mandar uma mensagem. Ele achava que assim fazia com que os dois sempre estivessem um pensando no outro. Ele sabia des do começo que a vida não seria mais a mesma, mas Fernanda sempre o apoiou, não o deixando desistir do que ele queria. Mas o que ele queria mesmo era poder levar Fernanda por onde ele fosse, nunca desgrudar dela. Ele sempre foi superprotetor com ela, sentia que a garota era frágil, que a qualquer momento ela fosse se quebrar em mil pedacinhos. É, era uma comparação estranha, mas era dessa forma que Frank via a noiva.
-E ai dude, vai ficar parado ai com esse celular na mão por mais quantas horas? –Gerard falava se sentando do lado do amigo.
-Ah Gee, é a Fernanda, nunca passei tanto tempo longe dela, é até estranho dormir e acordar com um de vocês do meu lado e não ela. –Frank ria com a piadinha.
-Uma hora você se acostuma, eu também me sentia assim quando tinha que viajar e deixar a Aline, mas eu sei que quando eu voltar, ela vai estar lá, linda me esperando. –O amigo tentava confortar ele.
-É, eu sei disso, mas você nunca sentiu vontade de levar ela pra onde você fosse? Meu, você mais do que ninguém sabe o quanto essa garota é a minha vida, ela me ajudou tanto, quando eu estava perdido, em depressão, ela estava lá, do meu lado. Gerard, eu jamais posso perder ela.
-Claro que eu queria carregar a Aline pra onde eu fosse, se eu pudesse guardava ela dentro de um potinho pra nada acontecer com ela. Mas ela tem a vida dela também, nós temos banda, elas não! E que papo é esse man? A Fernanda te ama, e você é a única família dela, você é o apoio dela, ela nunca vai te deixar, e logo vocês dois vão confirmar isso com o casamento e quem sabe logo com criancinhas descabeladas correndo pela casa. –Gerard falava rindo.
-É, tenho que parar com essa paranoia, logo tudo se ajeita e vou estar com a minha pequena. –Disse dando um sorrido de canto.
-Então vamos pra lá que temos uma entrevista daqui a pouco! – Falou dando um tapinha nas costas do amigo e se levantando.
-Pode ir, eu já vou. Vou ligar pra Fee. –Alargou um pouco mais o sorriso.
-É, faça isso. Pelo menos você fica mais calmo na entrevista depois de ouvir a voz dela. –Gerard falou dando uma piscadela e saindo por um corredor.
Frank discou o numero que já sabia de cor.
-Amor?...