Fanfic: Especiais | Tema: Original
Eu acordei antes do sinal tocar para o café da manhã, o céu ainda estava ainda tendo só os primeiros raios de sol. Mesmo sabendo que eu poderia muito bem dormir até o sinal tocar, decidi sair e tomar um banho, já que hoje eu não estava com muita vontade de pegar a fila do banheiro.
Abri meus olhos e me levantei bem devagarzinho, tentando não acordar nenhumas das meninas que estavam dormindo perto de mim, da minha cama improvisada do chão. Com sorte consegui não acordar nenhumas das meninas que estavam dormindo a minha volta.
Quando consegui passar por todas elas, peguei umas das toalhas que estavam jogadas dentro do armário de toalhas, e fui até o banheiro. Tirei a minha roupa e comecei a tomar um banho quente, que deixava meu corpo mais relaxado, já que a água fria diminuía as dores e os machucados que estava no meu corpo todo graças as minhas aulas e os "testes" científicos que fazem com a gente.
Quando estava tirando um pouco de sangue que ainda estava grudado na minha pele, comecei a pensar no que fiz ontem. Nós somos o grupo mais novo dos Especiais que tem na base dos cientistas, e infelizmente o primeiro teste era cura, então ele pegou vários tipos de doenças e tipos de torturas que se podiam usar num ser humano e começou a testar na gente, já que somos mais forte do que qualquer ser humano normal.
Duas pessoas morreram ontem, as únicas que foram escolhidas para a parte da doença. E a minha por sorte se você for pensar-nos outros, não era algo que matava, só fazia a gente sentir uma imensa dor, se bem que já sentimos bem maiores quando nos transformamos. Como estava dizendo a minha parte era ser cortado algo bem simples e bem pratico de se fazer. No começo, só me cortaram nos braços e finas camadas de sangue saíram de lá depois disso começaram a ir mais fundo, até eu não aguentar mais e começar a chorar.
Sai do chuveiro quando toda a camada de sangue que ainda estava grudada no meu corpo saiu, e depois de me enxugar fui até o espelho que tinha encima da pia e comecei a pentear os meus cabelos, enquanto eu olhava para os meus incríveis olhos de violeta que ficaram no lugar dos meus antigos olhos castanhos, depois que eu me transformei.
E graças a essa simples cor, comecei a sentir uma imensa culpa pelo que aconteceu há muito tempo atrás, e fiquei pensando que se ao menos eu tivesse me lembrado antes de ir viajar de pegar a pulseira ou não ter implorado ao meu pai para voltar a pegar, a minha família estaria agora na ceia de natal que a vovó fez para toda a nossa família.
Tirei isso da minha mente sem vontade de pensar no assunto, terminei de pentear meu cabelo e coloquei uma camiseta branca e uma calça jeans, já que essa era única roupa que davam para todas as meninas. E abria porta para sair do banheiro.
Quando abri a porta um grande susto eu levei, quando a Luiza, uma das especiais bateu forte com a cabeça na porta e disse:
-Ai! Sua vadia desgraçada!
Ao ouvir essas palavras, comecei a rir, uma grande mania de Luiza é chamar todas as pessoas que ela conhece, para fazer elogios ou avisar alguma coisa é de "vadia desgraçada". E depois disso eu falei:
-Você ta bem?
-É claro que eu estou bem, uma menina bate a porta na minha cara contra a parede e eu estou me sentindo ótima. - ela diz com ar de ironia, fazendo com que eu comesse a rir.
A Luiza era uma menina alta, morena, com cabelos ondulados, olhos da cor de laranja e com uma pinta perto eu não sei se da boca ou da buchecha. Ela era também uma das poucas pessoas que eu conversava lá, já que era muito difícil de conversar com alguém porque é proibido e quem falar pode ser castigado, mas algumas eram suficientemente inteligentes para saber como conversar escondido. Mesmo alguns ainda sendo castigados.
E eu disse:
- Desculpa, foi mal.
E ela disse:
- Ta tudo bem, já recebi pancadas bem piores na cabeça!!!
E eu achando estranho que ela estava acordada há essa hora, já que ela tá sempre dormindo, falei:
-O que você tá fazendo acordada?
E ela dando um ar de caçado e apontando para uma menina, que se chama Maria e que estava andando pelo quarto e disse:
- Pelo que parece, aquela menina é sonâmbula e enquanto ela estava tendo essa crise louca ai ela me deu um chute me acordando.
Eu comecei a rir em tom de ironia, e disse:
- Você é sortuda, em Luiza?
E ela disse, em tom serio como se não tivesse percebido a ironia ou simplesmente estava me repreendendo:
-Se eu não tivesse sorte, eu não estaria aqui...
-E eu também não... -eu respondi com tristeza.
Exatamente na hora que eu falo isso o sinal toca, mostrando que está na hora de acorda. Fazendo com que eu e Luiza nos separamos já que lá é proibido ter contato com os outros especiais que tem cor de olho diferente. Uma coisa muito triste, já que ela era uma das únicas pessoas que eu conversava lá, e mesmo sendo uma das únicas a gente quase nunca conversava.
A gente não conversava, porque, primeiro: a gente não pode conversar com pessoas que tem cor dos olhos diferentes. O porquê de não podermos conversar com pessoas do cor de olhos diferentes, acho que ninguém sabe o porque. Dizem que é porque não podemos saber o poder dos outros... Acho que eles estão certos. E segundo: pessoas com cor de olhos diferentes têm aulas diferentes em dias diferentes, fazendo assim com que a gente nunca se vê durante as aulas.
Fui tomar café da manhã um pouco mais feliz que os outros dias, já que hoje eu tinha aula com a E.p. Manuela Violeta. Vocês provavelmente estão perguntando o significado de E.p.? Isso significa Especiais Professores. E outra coisa muito interessante é que a cor dos olhos muda seu segundo nome, por exemplo: meu nome é Eliza Violeta e o da professora é Manuela Violeta.
Depois que eu terminei de tomar café da manhã, comecei a andar pelos grandes corredores da prisão para os especiais até chegar a uma biblioteca simples que parecia muito com a biblioteca da minha escola antes de vir parar aqui.
Era lá que a E.P. Manuela ensinava, quando cheguei a professora já tinha pegados os livros que nós temos que ter a "visão". È que na aula dessa E.P., eu tenho que aprender um talento que eles acreditam ser dos Especiais Violetas.
Eu tinha muitas poucas visões do que acontecia a minha volta, da ultima vez que eu tive uma visão foi lendo o livro o Drácula e não foi nem um poço agradável, era como se eu estivesse assistindo tudo enquanto estava me afogando.E ainda no final eu não entendi nada da minha visão...
Flashback on:
Eu estava num porão, ou parecia ser um porão, lá varias pessoas estavam sentadas fazendo o formato de um circulo, no meio de todas as pessoas, estava eu deitada no chão, desmaiada. Mas, eu não estava lá de verdade, a pessoa que eu vi que era eu estava lá. Eu só estava assistindo algo acontecer comigo.
E a minha vó, o que me assustou muito descobrir que ela estava no circulo, disse:
-Nós temos que dar uma chance a ela, por favor...
E uma mulher alta de cabelos compridos disse:
-Nós não podemos fazer isso Vanessa! É muito perigoso.
E exatamente na hora que ela disse isso, todas as mulheres, menos a minha avó, pegou um canivete e começaram a se levantar, mas antes de elas poderem fazer uma coisa a minha avó disse:
-Espere!
Flashback off
E foi isso que aconteceu, e isso foi totalmente confuso para mim, e uma coisa que ficou na minha cabeça foi, porque eu tive essa visão?
Autor(a): coraline
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