Fanfic: Falsa Traição - Somic | Tema: Rebelde
CAPÍTULO IX
— Levante-se e mexa-se.
Sophia ouviu as palavras, erguendo a cabeça e resmungou. Em seguida deitou-se de bruços e enterrou a cabeça no travesseiro.
— Estamos no meio da noite — ela protestou.
— São nove horas — Micael informou-a, divertido. — Tome seu café na cama e depois iremos sair para um piquenique.
Sophia não sabia se estava mais surpresa com o café na cama ou...
— Piquenique? — Perguntou. Encarou-o. — Você está louco, Micael?
Podia ser primavera mais ainda fazia frio.
Ela sentiu o aroma do café, das torradas, e... havia bacon também? Suco de laranja, sem dúvida.
Sentou-se na cama e pôs um travesseiro nas costas.
— Essa história de piquenique está fora de moda, Micael. — Ela aproximou a bandeja e começou a se servir. — O que você está querendo, afinal?
Ele também sentou-se na cama e acompanhou-a.
— Será que não posso preparar um café da manhã para você e servi-lo na cama por vontade minha, sem outro interesse?
Ele já estava vestido e parecia cheio de vida àquela hora da manhã, enquanto ela se sentia um trapo. Os cabelos em desordem, nua, precisando de ao menos outra hora de sono.
— Não, não pode — ela respondeu de mau modo.
— Está sendo injusta comigo. Lembro-me de ter trazido café na cama para você uma série de vezes no passado.
— Concordo. Mas foi para me manter na cama e não para me persuadir a levantar.
— Achei que poderíamos passar o dia fora para variar nossa rotina.
Talvez até fosse bom, Sophia pensou. Poderia afastar Aline de sua mente.
— Nada de telefonemas, de interrupções, de pressões— ele continuou.
— Mas cada um de nós tem seu celular.
— Podemos deixar que os recados fiquem na caixa postal.
— Faz frio, Micael.
— Posso mudar de idéia se você prefere ficar na cama.
— Não, não, um piquenique me parece uma boa idéia.
Qual seria a alternativa? Ir ao clube jogar tênis, se houvesse vaga em alguma quadra?, Sophia refletiu. Ou trabalhar no computador?
Além disso, um dia inteiro passado sozinha com Micael talvez fizesse melhor as perspectivas do futuro.
Que perspectivas?, Sophia se perguntava enquanto tomava banho, vestia um jeans e uma blusa de malha.
Voltara a morar com Micael havia nove dias e já dormiam no mesmo quarto, na mesma cama. Apesar de seus juramentos.
O que significa aquilo? Que tinha vontade fraca, que era maleável? Ou simplesmente que usufruía das vantagens desse relacionamento?
Não, nada daquilo era verdade.
E o que desejava Aline, afinal?
Sophia não estava gostando nada do curso de seus pensamentos, e com resolução pôs um suéter nas costas amarrando as mangas na frente.
Tentaria aproveitar o dia o melhor que pudesse.
Partiram. Passaram por vários lugares que pareceram ter surgido nos últimos tempos. Compraram no caminho pães, fruta, uma garrafa de água e forem. Pararam junto a uma cachoeira onde pretendiam almoçar.
Micael estendeu um tapete e começaram a comer, em silêncio.
Fazia frio, muito mais, muito mais frio do que em casa, porém a paz e a tranqüilidade eram contraste à vida da cidade. Seria possível quase ouvir o silêncio além do murmúrio da água borrifando sobre o rochedo.
O isolamento era completo. A evolução do homem se adiantara muito no século XXI, mas a beleza da natureza continuava como sempre, simples... a lembrança de um poder primário.
Sophia acabou de comer e agradeceu a Micael.
— Obrigada — disse.
— Por trazê-la aqui?
— Sim.
Ela podia sentir a tensão das últimas semanas sumindo, e uma paz a invadia. A cidade parecia distante, como distante estava o stress da vida diária. As exigências de Cássio... Aline. Mesmo suas agressões com Micael cessaram temporariamente de existir.
Sophia levantou-se e Micael tomou-lhe a mão.
— Não há presa. — Ele a fez sentar-se de novo, a seu lado. — Descanse um pouco.
Ela estava de fato cansada, e talvez se fechasse os olhos por uma meia hora...
— Hora de partirmos. Choverá em alguns minutos.
Ela abriu os olhos, viu o céu encoberto e levantou-se.
— Que horas são?
Muito mais tarde do que imagina. Dormira durante mais de uma hora.
Uma chuva fina podia ser vista circundando a cachoeira e logo Micael deu início à viagem de volta. A folhagem verde adquirira um tom mais escuro, mas quando chegaram a cidade, o sol estava brilhando no céu.
Por alguma razão Sophia não desejava retornar a casa.
— Que acha de comermos uma pizza? — Micael sugeriu.
— Ótimo.
E foi um prazer percorrer o local à procura de um restaurante. Pararam em um que acharam interessante e comeram a melhor pizza que já haviam experimentado na vida, regada de um bom vinho.
Um sentindo de antecipação de como acabaria o dia ocupou a mente de Sophia quando Micael estacionou o carro na garagem.
Entraram em casa juntos. Num acordo sem palavras tomaram banho juntos e juntos deitaram-se na cama. Sophia rolou por cima do marido.
Aquela noite seria dele, Sophia decidiu, iria agradá-lo e levá-lo ao auge do prazer. Ela beijou-lhe a boca e foi descendo os lábios pelo pescoço, descendo até a parte mais vulnerável da anatomia do homem.
Micael deu um gemido rouco facilitando-lhe os movimentos, e Sophia deixou-o quase louco, quase sem controle algum.
Depois foi ela quem gemeu quando Micael retribuiu-lhe as carícias, demorando-se até ela suplicar pela posse total.
Mais tarde, muito mais tarde, deitaram-se lado a lado, as pernas enroscadas, Sophia com a cabeça no ombro de Micael enquanto ele beijava-lhe os cabelos.
Era manhã alta quando Sophia verificou seus recados no telefone: de Siobhnan, que sugeria almoçarem algum dia durante a semana, de Cássio, pedindo que lhe telefonasse com urgência, seguido de outro similar pedido, de Harry, que queria almoçar com ela para conversarem sobre negócios, e de duas amigas também sugerindo almoço.
Sophia respondeu a todos e começou a trabalhar. Distribuindo tarefas, delegando poderes, retardando serviços quando necessário, com uma eficiência que faria o orgulho de Renato. Um fax fora enviado de São Paulo a cerca de seus planos e ela deu preferência a isso, verificando detalhes e a montante verba com extremo cuidado.
Saiu do escritório às cinco horas, mas imaginou que chegaria em casa somente às seis horas, devido ao tráfego intenso.
Portanto, haveria pouco tempo para um banho repousante, comer alguma coisa e se preparar para o balé planejado.
Feito isso, pôs um vestido com três camadas de “chifon” nas cores vermelha, ciclâmen e rosa, cores que iriam bem com a cor de seus cabelos.
Depois de maquiada pegou a bolsa e foi ao encontro de Micael que a aguardava embaixo, elegante como sempre em seu terno escuro, camisa branca e gravata borboleta preta.
Sô em vê-lo sentiu uma corrente elétrica de sensualidade percorrer-lhe o corpo. O sorriso dele a fez desejar ser tocada.
Jantaram rapidamente num restaurante no Leblon e seguiram para o teatro, chegando antes de começar o primeiro ato.
O lago do Cisne foi muito bem interpretado. A música linda, os dançarinos perfeitos.
Quando a cortina fechou após o último ato, Sophia enxugou disfarçadamente as lágrimas.
Entraram no carro e foram tomar café num pequeno bar. Por sinal, num lugar onde ela e Micael se encontraram muitas vezes durante o namoro e o casamento.
Havia sido muito feliz, e pareciam querer encompridar o dia por ter sido tão prazeroso. O amor que haviam feito antes fora muito agradável, pois houvera intimidade, companheirismo, além de simplesmente sexo.
— Bons pensamentos? — Micael lhe perguntou, ainda no restaurante.
— Variados — ela respondeu.
— Vamos?
Micael pagou a conta e de mãos dadas foram para o carro.
Era quase meia-noite quando chegaram em casa, e Sophia pouco protestou no instante em que Micael a despiu e a levou para a cama, nos braços.
O amor que fizeram foi vagaroso, gentil, que terminou com um nos braços do outro, dormindo até de manhã.
Micael já havia saído quando Sophia acordou. Ela se vestiu, tomou café rapidamente e foi para a Abrahão.
Apanhou o computador e começou a trabalhar, franzindo a testa cada vez que o telefone a fazia interromper seus cálculos.
Quando o telefone tocou de novo, atendeu secamente:
— Alô!
— Precisamos almoçar juntos.
Sophia reconheceu a voz de seu meio irmão, e retrucou:
— Não vejo razão para isso. Além do mais, tenho compromisso para almoço com um colega de trabalho. — Uma pequena mentira que Harry adoraria ouvir.
— Possuo uma informação interessante sobre Micael — Cássio declarou.
— Que me contara dependendo do preço que eu pagar?
— Me conhece bem, não?
Bem demais.
— Se quiser saber sobre os movimentos de Micael, contrataria um detetive particular.
— Por que contratar um profissional se tem a mim, querida? — ele retrucou com suavidade.
— Adeus, Cássio — ela encerrou a conversa.
— Micael está em Vitoria com Aline.
Um coração podia parar de bater para depois sair na disparada? Ela poderia jurar que o seu fizera isso. Micael não lhe dissera nada sobre esse vôo a Vitoria. Também pouco avisara que chegaria tarde no jantar.
— Ligue para o escritório dele se duvidar de mim.
— Não tenho tempo para isso.
— Mas está curiosa, não, querida?
Curiosidade não era o que sentia. Ódio seria um sentimento mais próximo.
— Tem o número de meu celular, Sophia, caso precise.
Ela deu o telefonema por terminado, mas não conseguiu mais se concentrar no trabalho. Ligou para Micael na linha normal e ouviu a resposta gravada pedindo que se comunicasse através do celular.
O que significava que ele estava fora do escritório.
Com esforço voltou a atenção para o trabalho, mas ligou uma hora mais tarde recebendo a mesma resposta.
Ligou uma terceira vez e Micael atendeu ao segundo toque.
— Sophia, algo errado? — disse.
— Cássio está negociando comigo uma informação — ela declarou sem preâmbulos.
— E você resolveu vir direto à fonte.
— Sim.
— Tomei o primeiro vôo da manhã para ir a Vitoria com meu advogado a fim de cuidar pessoalmente de assuntos legais.
— Com Aline.
— Sim.
— Obrigada por ter esclarecido — ela disse com voz gelada e cortou a ligação.
Segundos mais tarde o telefone tocou, e Sophia recusou atender.
Terminou seu trabalho, limpou a mesa, pegou o computador portátil e saiu do escritório bem antes da hora habitual, surpreendida por sua calma.
Foi direto ao Hotel Ritz.
Uma noite sozinha não transgredia o testamento de Renato, ela concluiu ao ver a luxuosa suíte. Poderia trabalhar lá com seu computador, pedir uma refeição, e apanhar os telefonemas de seu celular na caixa de mensagens.
Sentia prazer em imaginar Micael chegando em casa e não a encontrando. Quando ele faria o primeiro telefonema? Às sete?
Passaram quinze minutos. Sophia despiu-se, telefonou para a mãe, pediu ao hotel que lhe fornecesse um robe, e pediu uma refeição para levarem ao quarto.
Veio o primeiro toque que ela recusou atender lendo apenas o recado posteriormente. A voz de Micael soou seca e controlada.
Meia hora mais tarde ele ligou de novo, e dessa vez a fúria era evidente na entonação da voz.
Por certo já havia ligado para Branca que de acordo com as instruções da filha, informara não saber do paradeiro de Sophia.
Quando irá ele desistir?, Sophia se perguntou.
Não facilmente, admitiu, ao verificar a tela do celular antes de receber o telefonema de sua mãe.
— Querida — Branca disse com voz suave —, isso é falta de juízo de sua parte.
— Uma falta de juízo temporária não é nada grave — Sophia respondeu, e ouviu a mãe suspirar.
— Micael não sabe onde se encontra, pois você não está atendendo ao telefone. Ao menos diga-lhe que não houve nada de grave.
Branca tinha razão.
— Se ele telefonar outra vez, direi onde estou.
— Ele não é homem com quem qualquer mulher sensata possa brincar — a mãe preveniu-a.
— Não estou me sentindo particularmente sensata agora.
— Cuidado Sophia.
O celular tocou de novo, quinze minutos mais tarde.
Micael.
Ela atendeu, forçando uma voz calma, enquanto relaxava.
— Estou bem. Voltarei para casa amanhã à noite. Estou no Hotel Ritz — disse e desligou o telefone.
Quando tocou outra vez, ela não atendeu.
Tentou trabalhar no computador, mas desistiu meia hora mais tarde e tentou a televisão.
Escolheu um filme e deitou-se para assisti-lo
Uma súbita pancada na porta a assustou, na verdade, apavorou-se.
Olhou pelo visor e pediu identificação.
— Serviço do hotel, madame.
Ela abriu uma fresta na porta, dizendo:
— Não pedi nada.
— Mas como não apareceu na sala de refeições esta noite, o hotel resolveu oferecer-lhe um chá.
Ela agradeceu ao empregado.
— Um momento. — Levou dois segundos para abrir totalmente a porta.
Grande erro. Micael apareceu atrás do garçom, parecendo um anjo negro pronto a castigá-la.
Era tarde demais para impedi-lo de entrar. Pela expressão do rosto podia ver que algo simples como uma porta trancada não o mataria do lado de fora. Ele com certeza subornara a criadagem do hotel para conseguir que um garçom levasse a bandeja.
O garçom não hesitou em entrar, colocar a bandeja sobre a mesa e retirar depressa.
Sophia esperou até que a porta se fechasse e virou-se para Micael.
— O que pensa que está fazendo?
Ela estava de rosto lavado, tinha os cabelos despenteados e soltos, e seus olhos expeliam faíscas azuis de fúria.
O robe emprestado era grande demais para ela, comprido demais e ridículo para uma pessoa tão pequena.
Em qualquer outra ocasião, seria uma cena divertida. Agora, Micael fitava-a furioso.
— Eu deveria lhe fazer a mesma pergunta: “O que pensa que está fazendo?”.
Ele falava com voz controlada, perigosa para manter a paz de espírito de Sophia.
— Eu queria passar uma noite sozinha — respondeu.
— Vamos para casa, está bem?
— Não vou a parte alguma.
Micael não respondeu, porém Sophia sentiu que sua presença de repente se transformara numa ameaça agourenta.
— Podemos fazer isso tudo de maneira civilizada. Ou posso carregá-la esperneando e gritando, até o carro.
— Você não ousaria.
— Tente para ver.
— Posso chamar o segurança do hotel.
Micael apontou para o telefone.
— À vontade.
— Micael...
— Dou-lhe cinco minutos, Sophia. Vista-se ou fique onde está. A escolha é sua.
— Não saio daqui.
— Não estou disposto a negociações. Quatro minutos e meio... e continue contando.
Ele podia contar quanto quisesse, pois não tinha intenção de se mover, Sophia disse a si mesma, decidida.
Os dois se encararam, como dois guerreiros de prontidão, disposto à luta. Saber quem venceria, era fácil. Micael tinha altura e força para subjugá-la com o mínimo esforço.
E foi o que ele fez, terminado o prazo. Pôs nas mãos de Sophia o computador e a bolsa, e recolheu a roupa e os sapatos dela com uma das mãos. Com a outra ergueu-a e colocou-a no ombro como se trata-se de uma criança.
O que não impediu que Sophia lhe desse socos nas costas ou tentasse dar pontapés em qualquer parte do corpo de Micael.
— Seu canalha! Ponha no chão! Se ousar sair daqui desse jeito, eu o mato — Sophia gritou, furiosa.
— Você teve sua chance de sair com dignidade.
Santos Deus.
— Micael...
Mas era tarde demais.
Por favor, meu Deus, não permita que haja alguém no corredor ou no elevador.
O corredor estava vazio, mas o elevador não.
— Oh, céus — uma voz feminina se fez ouvir, enquanto o homem ao lado da mulher, sorria.
— Ele é um lobo em pele de carneiro — Sophia acusou-o, dando-lhe um soco nas costelas.
O elevador parou e Sophia continuou sendo carregada até o local onde se encontrava a Mercedes de Micael.
— Meu carro está aqui — ela informou-o.
— Imagina que vou deixá-la dirigir? Arranjarei alguém para apanhar seu carro amanhã.
— Mas preciso dele para ir trabalhar.
— Eu a levarei.
Ele a pôs no carro, fechou a porta e sentou-se diante da direção.
— Você é o homem mais arrogante, mais impossível, que conheci... e...
Sophia ficou em silêncio e assim continuou até a casa.
Com razoável dignidade tentou sair do carro e entrar na frente dele.
Andar com dignidade foi difícil, considerando-se que a bainha do robe arrastava no chão, as mangas dobradas se desdobraram e cobriam-lhe os dedos. Quanto ao cinto... era melhor se esquecer dele.
Sophia pôs o computador numa das mesas do hall de entrada.
— Que tal levar isso ao escritório?
Sophia, que já estava subindo a escada, virou-se e disse:
— O que há de errado em deixar tudo aí?— Ela fechou o robe e amarrou o cinto.
Parecia uma criança beligerante. Ele sorriu. Sophia estava tentando fazê-lo passar pelas piores horas de sua vida.
— O que acha de explicar por que desligou o telefone na minha cara, recusou atender a meus telefonemas, não se preocupou em deixar um recado?
— Tudo se explicaria por si próprio! Você não me contou que iria a Vitoria, com certeza com o propósito de ver Aline e seu filho. Tive de ser informada por Cássio... Como acha que me senti?
— Por isso decidiu fugir?
— Não fugi!
— Como chama o fato de se registrar num hotel não deixando uma palavra sobre o lugar onde estava?
— Ora, eu estava tão furiosa!
— Se tivesse atendido um de meus telefonemas...
— Você poderia ter explicado?
— Sim.
— Teria me contado o que eu queria ouvir?
— A verdade.
— Qual é?
— Meses de conversação legais estão quase chegando a uma conclusão. Aline tentou uma suspensão do exame de DNA durante sua gravidez. Só depois do nascimento da criança meu advogado conseguiu anular a suspensão. Houve, portanto, um atraso nos resultados. O encontro entre ambos os advogados, o meu e o dela, representou um esforço enorme para se obter a informação. Fui até lá na esperança de dar força ao argumento legal.
— E obteve sucesso?
— Pode levar mais alguns dias.
— Um dia você me fez acreditar que Aline era uma psicótica, cujo ciúme chegou a tal ponto que ela resolveu ficar grávida de qualquer homem indicando você como pai, na tentativa de destruir nosso casamento. Não acreditei nessa história, como não acredito agora...
— Sua falta de confiança em mim me magoa muito, Sophia.
— Maldito seja você, Micael. Ela foi sua amante por mais de um ano!
— Um relacionamento que terminou muito antes de eu conhecer você. Se, conforme Aline afirma, ela é o amor de minha vida... por que me casei com você?
— Por causa de minha herança?
Os olhos dele ficaram negros de ódio, e por um breve segundo Sophia acreditou que Micael iria agredi-la. Um músculo tenso no queixo demonstrava tentativa de controle.
— Saia de minha frente antes que eu faça alguma coisa de que possa me arrepender mais tarde. Vá. Ou então, por Deus, poderá desejar nunca ter nascido.
Num movimento rápido, Micael carregou-a nos ombros e subiu as escadas. Colocou-a na cama de casal, a mesma que haviam compartilhado antes.
Tirou o paletó, a calça, a camisa e a cueca.
Nu, parecia uma força poderosa quando se deitou na cama ao lado dela.
Desamarrou o robe de Sophia, inclinou a cabeça e beijou-lhe os seios, fazendo-a gemer quando atravessou a linha entre o prazer e a dor.
Não houve preliminares para a penetração. Ela gritou nas várias vezes em que Micael repetiu o ato.
Mas aquilo não foi sedução nem prazer para Micael, mas apenas a necessidade de satisfazer um desejo bárbaro.
Sophia ergueu o corpo, mordeu-o no peito... e ouviu um gemido rouco: a vingança dele fora sem piedade, e ela quisera retribuir na mesma medida.
Foi sua única vitória, pois Micael prendeu-lhe os braços acima da cabeça. Indefesa, imponente, balançava a cabeça de um lado para o outro enquanto ele a mantinha cativa, beijando-a, e fazendo-a sua.
Os espasmos cresciam em intensidade até os dois se fundirem numa única pessoa.
Era mais do que Sophia podia suportar, e começou a pedir, a suplicar, que ele parasse. Micael permaneceu dentro dela num clímax violento, e depois rolou de costas, carregando-a consigo.
Sophia quis se desvencilhar e ir para o outro lado da cama. Mas Micael a segurou firme junto de si.
Sua respiração era tão rápida quanto a dela, e Sophia ficou imóvel, de olhos fechados, a mente quase selvagem, cheia de sexo.
Micael manteve-a presa a noite toda, e quando Sophia pensou que ele dormia, bem devagar mexeu o corpo, apenas para fazê-lo agarrá-la de novo junto a si.
Autor(a): laryjapa
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
CAPÍTULO X Quando Sophia acordou, viu-se sozinha na cama, e por alguns segundos ficou imóvel, enquanto as imagens da última noite emergiam em sua mente, perseguindo-a com uma intensidade pagã. O desejo de Micael fora feroz. Não pensara nas conseqüências, apenas em sua necessidade urgente. Seu ódi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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supergabizinha Postado em 26/11/2012 - 22:32:20
Acabo mão acredito como não pode, vou chorar
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piradano_rbr Postado em 26/11/2012 - 13:19:01
LindAa pena que acabou :(((
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laryjapa Postado em 24/11/2012 - 23:05:33
Desculpa o sumiço mas to em época de prova na faculdade ai não dava pra postar,mas ai vai o ultimo capitulo e vou começar outra ,bjussss.
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supergabizinha Postado em 18/11/2012 - 13:38:09
posta mais pfpfpf!!!
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mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:20:58
Posta pela mor de Deus
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mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:15:05
Posta pela mor de Deus
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mimilinda Postado em 16/11/2012 - 19:07:24
Amei sua fic ainda ñ deu tempo de ler to mais até onde eu li tá ótima mais tarde quando eu voltar eu leio o resto
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supergabizinha Postado em 10/11/2012 - 15:48:01
posta mais pfpfpf!!!
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piradano_rbr Postado em 03/11/2012 - 19:48:38
To amndo sua web contnue assim :)
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piradano_rbr Postado em 20/10/2012 - 18:07:03
Posta maiss... Leitora novaa <---