Fanfics Brasil - capitulo 10 Falsa Traição - Somic

Fanfic: Falsa Traição - Somic | Tema: Rebelde


Capítulo: capitulo 10

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CAPÍTULO X


 


Quando Sophia acordou, viu-se sozinha na cama, e por alguns segundos ficou imóvel, enquanto as imagens da última noite emergiam em sua mente, perseguindo-a com uma intensidade pagã.


 


O desejo de Micael fora feroz. Não pensara nas conseqüências, apenas em sua necessidade urgente.


 


Seu ódio controlado foi mais aterrador do que se tivesse elevado a voz ou esmagado um objeto qualquer. Havia peças antigas, valiosas, em lindas prateleiras.


 


Ela mudou de posição, tentando se espreguiçar... mas músculos doloridos a fizeram gemer. Sentiu uma dor interna., resultado da posse violenta da véspera.


 


Que horas seriam? Sentou-se a fim de ver e teve um choque. Oito?


 


Tinha trinta minutos para tomar banho, vestir-se e enfrentar um trânsito pesado se quisesse chegar na hora no escritório.


 


Pronta, desceu, pegou o computador, a bolsa e dirigiu-se à porta. Parou de súbito quando Micael apareceu no hall.


 


Por segundos ficou estática.


 


— Estou atrasada — ela disse.


 


— Em tal caso, alguns minutos mais não fariam diferença — ele respondeu com voz de seda.


 


Sophia queria sair, abrir espaço entre ela e Micael e entrar na rotina mundana do trabalho, para ocupar sua mente.


 


— Preciso sair — falou.


 


— Não. Não precisa. — Ele segurou-lhe o queixo e a fez erguer o rosto para examinar-lhe as feições.


 


Duvidara que Sophia tivesse dormido melhor que ele. Quantas vezes, durante a noite, afagara o corpo trêmulo dela...


 


Não importava que Sophia o tivesse provocado, sua reação fora indesculpável.     


 


— O que você quer?


 


Agora surgia uma pergunta para a qual ele não podia encontrar a resposta. Passou o polegar pela curva do lábio inferior da esposa e perguntou:


 


— Você está bem?


 


— E importa-se com isso?


 


— Sim, me importo, e muito.


 


— Mas não tenho tempo para um post-mortem.


 


— Está noite, então.


 


— Antes, durante ou depois da exposição de arte? Não pode ter esquecido desse nosso compromisso de hoje.


 


— Não, não esqueci. Já consultei minha agenda.


 


Sophia tomou o caminho da garagem, dizendo:


 


— Não posso chegar tarde.


 


O tráfego estava terrível devido a um acidente, triplicando assim o tempo do trajeto. Eram mais de nove horas quando entrou no escritório.


 


Aí constatou que o sistema eletrônico estava interrompido e que havia perdido o e-mail de um cliente importante, com probabilidade de haver perdido o negócio também.


 


Quando pensou que o dia não poderia ser pior, sua secretária entrou na sala dizendo:


 


— Aline Felix se encontra na recepção.


 


Seria fácil insistir com Aline que se retirasse e pedisse uma entrevista antes de voltar, porém Sophia achou que isso só atrasaria o confronto.


 


— Mande-a entrar.


 


Sophia passou a mão pelos cabelos e retocou o batom. Uma pancada na porta precedeu a entrada de Aline.


 


Ela estava muito elegante, com um vestido bege e uma encharpe colocada com arte, sapatos de salto muito alto e maquiagem perfeita.


 


— Por favor, sente-se. — Sophia indicou-lhe uma cadeira e olhou para o relógio. — Tenho uma reunião daqui a dez minutos.


 


— Querida, cinco minutos serão suficientes. Micael e eu entramos num acordo.


 


Não permita que ela a perturbe.


 


— Mesmo?


 


— Pensei que você estivesse interessada em saber.


 


— Por que pensou?


 


— Não a incomoda o fato de Micael continuar me vendo?


 


— Deveria?


 


— Sim, considerando-se que você é o obstáculo de ele poder ser abertamente o pai de nosso filho.


 


— Um obstáculo que você pretende remover?


 


— Alegra-me ver que entendeu bem.


 


— Esse é seu último esforço para tal? Quanto tempo ainda vai demorar, Aline, para obter o resultado de DNA? Um dia, horas, para seu esquema ser destruído?


 


— Diogo é filho de Micael!


 


— Tenho certeza de que você deseja que isso seja verdade. Mas ele não é, certo?— Santo Deus, e se eu estiver errada?


 


— Há dois dias Micael esteve em Vitoria comigo.


 


— Um encontro que teve lugar no escritório do advogado.


 


— Foi isso que ele lhe contou?


 


— Que tal se eu lhe disser que tenho um detetive particular para seguir os passos de meu marido? — Sophia não tinha, mas Aline não precisava saber disso.


 


—Nesse caso, quer dizer que possui detalhes preciosos de cada contato dele comigo?


 


Fique calma, Sophia disse a si mesma. Ela está blefando. Ou não estava? Não caia nessa.


 


Com um controle violento Sophia foi até a porta e disse:


 


— Desculpe-me, mas tenho um compromisso agora.


 


— Ele pode continuar casado com você, mas será sempre meu. — Aline comunicou. E saiu com um sorriso nos lábios, o que deixou Sophia furiosa.


 


Era a mesma cena que se repetia, Sophia refletiu enquanto voltava para sua mesa.


 


Nove meses atrás ela estava naquele mesmo escritório, não querendo acreditar na notícia de que Aline estava grávida do filho de Micael.


 


Seria verdade ou mentira que o filho era de Micael?


 


Ele insistia em sua inocência desde o começo. E se Micael estivesse certo?


 


Não havia nada que ela pudesse fazer, apenas esperar que o resultado do DNA fosse liberado.


 


À tarde recebeu outro telefonema de Cássio. Sophia pensou em falar com a mãe dele, mas Carla insistia que aquilo era uma fase do filho, e que passaria. Porém havia muito que essa fase continuava, parecendo ser hábito permanente.


 


Eram cinco e meia quando Sophia saiu do escritório. Ao chegar em casa notou que o carro de Micael já estava na garagem. E ele se encontrava no hall no momento em que ela entrou.


 


Sophia lançou-lhe um olhar furioso e subiu as escadas depressa.


 


— Não me pergunte nada — disse.


 


No topo da escada tirou os sapatos e ao chegar no quarto já havia desabotoado o paletó, despido a blusa e lidava com o zíper da saia.


 


Um minuto mais tarde entrou nua no banheiro desejando ardentemente mergulhar na banheira com numerosos jatos de água que iriam diminuir sua tensão muscular... só que não contava como luxo de um tempo ilimitado.


 


Conformou-se com o chuveiro, abriu a torneira e ajustou a temperatura. Entrou no boxe, pegou o sabonete e começou a se ensaboar.


 


Estava cansada e emocionalmente gasta. Sentia dores em lugares nas quais não queria pensar.


 


Um ligeiro som chamou sua atenção, e virou-se, engasgando quando Micael entrou nu no chuveiro com ela.


 


— O que acha que vai fazer? — Sophia lhe perguntou.


 


Ele tirou-lhe o sabonete das mãos e respondeu:


 


— Esta mais do que claro, não?


 


— Oh, não, não está — Sophia protestou e tentou tirar o sabonete das mãos dele, mas não conseguiu: — Dê-me isso!


 


— Por que não se limita a relaxar?


 


Relaxar? Não quero!


 


As mãos de Micael massageavam-lhe o pescoço, e Sophia deu um gemido, parte de prazer e parte de desespero. Micael descia a massagem pelas costas com as pontas dos dedos, centímetro por centímetro, e subia de novo.


 


Era tudo tão bom que Sophia esqueceu-se da raiva, da tensão do dia. Fechou os olhos e relaxou.


 


Micael ensaboou cada centímetro da pele bem devagar, fazendo-a suspirara ao atingir os seios. Depois desceu até os quadris.


 


— Não temos tempo a perder com isso — Queixou-se Sophia.


 


— Sim, temos.


 


— Não devíamos chegar atrasados na exposição.


 


— Não — Micael concordou, abraçando-a bem junto a si.


 


Beijou-a na boca, e com a língua iniciou uma dança sensual que esquentou o sangue de Sophia fazendo seu coração pulsar mais rápido.


 


Havia apenas os dois no local, e a magia era apenas deles.


 


Quanto tempo ficaram assim abraçados? Cinco minutos? Dez?Mais?


 


Sophia sentia um calor preguiçoso subindo por seu corpo, e desejou que aquilo nunca acabasse. Assim mesmo, disse:


 


— Devíamos sair daqui.


 


Micael beijou-lhe a testa.


 


Ela fechou a torneira enquanto Micael dava-lhe uma toalha. Pegou outra para seu uso.


 


Foram à exposição de arte. Tinha lugar numa galeria da cidade e estava cheia de artistas, e entre eles alguns ganharam prêmios.


 


Sophia examinou todos os quadros e gostou especialmente de um cujas cores a fizeram lembrar de Micael.


 


— Gosta desse? — Micael lhe perguntou.


 


— Sim, muito. — Ficaria lindo numa das paredes de seu escritório.


 


Micael demorou conversando com um dos artistas e Sophia continuou a apreciar os demais quadros.


 


— Querida Sophia, pelo visto somos sempre convidados para os mesmos eventos.


 


— Cássio. — Ela reconheceu a voz imediatamente. — Por que não estou surpresa em vê-lo aqui?


 


— Tenho contatos, muitas conexões.


 


— Veio sozinho?


 


— Jovens artistas não são do gosto de Carla. Já pensou na minha oferta?


 


— Não preciso pensar. A resposta, como sempre, é a mesma.


 


— Sophia — Cássio continuou—, quero dar informações interessantes a você. Não quer saber?


 


— Não!


 


Não? — Não está interessada em conhecer fatos acerca do lindo bebê de Aline? Fatos que Micael já conhece?


 


— Há alguma coisa que você não faça por dinheiro, Cássio?


 


— Tenho hábitos dispendiosos, minha cara, que precisam ser alimentados. Não me importo se os jornais me pagam, ou você.


 


— Vá para o inferno!


 


— Isso quer dizer não?


 


— Uma definitiva e permanente recusa a seus pedidos, agora e para o futuro — disse Micael. — Tome cuidado, Cássio, se entrar em contato com Sophia mais uma vez, tomarei providências enérgicas.


 


— Você não pode me ameaçar!


 


— Não posso? Expus os fatos, a escolha é sua.


 


Cássio lançou um olhar ameaçador a Sophia.


 


— Você me deve isso — falou. — Renato me deve.


 


— Atormentar o próximo é passível de punição — insistiu Micael, com suavidade gelada.


 


— Espero que vocês dois apodreçam no inferno.


 


— Mesmo?— Micael riu. — Acho que vou ver mais alguns quadros.


 


Sophia e Micael ainda não tinham saído do local quando um amigo cumprimentou-os. Ela deixou os dois homens conversando e foi andar, não sem antes apanhar a taça de champanhe que um garçom lhe ofereceu. Decidiu apreciar mais uma vez o quadro que admirara antes. Havia agora uma etiqueta pregada na tela o que a fez desapontar, censurando-se por não ter procurado o dono da galeria a fim de negociar o preço.


 


— Acho — observou Micael quando se juntou a ela de novo — que já contribuímos com nossa atenção à mostra de arte. Vamos?


 


Havia vários amigos entre os visitantes. E eles tiveram de cumprimentar uns e outros antes de sair.


 


— Com fome, Sophia?


 


— Está me convidando para comer?


 


— Almoçou?


 


Ela não almoçara e nem tomara o café da manhã. Passara a frutas, um sanduíche providenciado por sua secretária, café e chá o resto do dia.


 


Ela e Micael foram a um restaurante com mesinhas na calçada, no Leblon mesmo.


 


O menu consistia numa variedades de pratos exóticos, e ela escolheu risoto. Micael pediu o mesmo e tomaram água mineral enquanto esperavam pela comida.


 


Micael tinha o aspecto de sempre. Exalava sensualidade. Raramente Sophia vira-o irritado, exceto na noite anterior, quando se assemelhava a um tigre fora da jaula, e ela tremeu ligeiramente ao se lembrar da cena.


 


— Com frio? — Micael lhe perguntou.


 


Sophia usava calça comprida de veludo, uma blusa e um paletó.


 


— Não.


 


Eles comeram com prazer e se demoraram no café.


 


Passava das onze horas quando Micael pôs o carro na garagem e entraram em casa. Os eventos dos últimos dias começaram a ter seu efeito, e tudo o que Sophia queria era se despir e entrar na cama.


 


— Deixe-me fazer isso — Micael pediu. Sophia lançou-lhe um olhar de espanto quando ele colocou a mão nos botões do paletó. Veio depois a blusa e em seguida a calça.


 


Ela murmurou algumas palavras de protesto quando as mãos de Micael desabotoaram o sutiã, e se afastou no instante em que começou a baixar sua calcinha.


 


— Micael...


 


Ele tapou-lhe a boca e despiu-se.


 


Num movimento rápido colocou um braço sob os joelhos dela e carregou-a à cama consigo.


 


Colocou-se entre as coxas de Sophia.


 


Um som, em parte de suspiro, em parte gemido, saiu dos lábios de Sophia, e sua boca se abriu-se sob a dele. Seguiu-se um verdadeiro êxtase sensual.


 


A noite anterior fora só de raiva, e Micael sentia necessidade de corrigir a intensidade de suas emoções, de sua falta de controle.


 


Aquela noite seria de Sophia, e ele possui-a lentamente, usando de uma gentileza tão incrível que Sophia estava a ponto de chorar quando a penetrou.


 


Mais tarde, segurou-a bem junto a si, os lábios enterrados nos cabelos dela. Sophia logo adormeceu.


 



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Autor(a): laryjapa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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CAPÍTULO XI   Micael já tinha saído quando Sophia entrou na cozinha. Ela tirou o pão da torradeira, serviu-se de café, pegou a bandeja e o jornal e foi comer no terraço.   O calor do sol era convidativo, o ar estava pesado... uma perfeita manhã de primavera. Flores começavam a desabrochar no jardim. Logo, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • supergabizinha Postado em 26/11/2012 - 22:32:20

    Acabo mão acredito como não pode, vou chorar

  • piradano_rbr Postado em 26/11/2012 - 13:19:01

    LindAa pena que acabou :(((

  • laryjapa Postado em 24/11/2012 - 23:05:33

    Desculpa o sumiço mas to em época de prova na faculdade ai não dava pra postar,mas ai vai o ultimo capitulo e vou começar outra ,bjussss.

  • supergabizinha Postado em 18/11/2012 - 13:38:09

    posta mais pfpfpf!!!

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:20:58

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:15:05

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 16/11/2012 - 19:07:24

    Amei sua fic ainda ñ deu tempo de ler to mais até onde eu li tá ótima mais tarde quando eu voltar eu leio o resto

  • supergabizinha Postado em 10/11/2012 - 15:48:01

    posta mais pfpfpf!!!

  • piradano_rbr Postado em 03/11/2012 - 19:48:38

    To amndo sua web contnue assim :)

  • piradano_rbr Postado em 20/10/2012 - 18:07:03

    Posta maiss... Leitora novaa <---


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