Fanfics Brasil - Capítulo 2- parte 1 Falsa Traição - Somic

Fanfic: Falsa Traição - Somic | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 2- parte 1

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CAPÍTULO II


( pARTE 1)


 


A noite estava quente, uma suave brisa soprava do mar, quando Sophia trancou o carro e ligou o alarme.


 


A entrada do hotel ficava um pouco mais adiante, com sua majestosa fachada atestando a elite de hóspede.


 


Sophia estava elegantemente vestida, embora só ela soubesse o tempo que levara escolhendo.


 


Micael observou-a entrando no saguão, com disfarçado interesse.


 


Negócios, ele sussurrava a si mesmo, notando cada detalhe do conjunto preto de Sophia. O corte da jaqueta, a saia curta e justa, as meias pretas que cobriam pernas perfeitas, sapatos de salto bem alto, pretos também. As jóias limitavam-se a um diamante preso a uma corrente de ouro, e brincos também de diamantes.


 


Saberia ela como Micael podia ler o que lhe ia na mente?


 


Os pequenos sinais que indicavam seu temperamento eram evidentes no modo como sacudia os cabelos, na expressão do olhar, no formato da boca, no tique nervoso do queixo.


 


Isso era o começo. Micael se lembrava muito bem de como o corpo de Sophia se derretia ao seu simples toque. Os cabelos longos se suavizavam quando o roçava com a ponta dos dedos até a nunca, e Sophia inclinava a cabeça para receber o beijo. A paixão que o dominava naqueles momentos Micael jamais sentira com qualquer mulher, em tempo algum.


 


Sophia foi ao seu encontro.


 


— Micael. Como vai? — cumprimentou-o com cortesia, porém friamente.


 


Controle-se, uma voz interior a preveniu.


 


— Vamos terminar logo com isso? — ela pediu.


 


Fogo e gelo, Micael pensou. Uma combinação que sempre o intrigara em Sophia.


 


— Ansiosa por terminar com tudo, Sophia?


 


— Gostaria de fazer as coisas da maneira mais rápida possível — ela declarou com frieza.


 


— Que franqueza! — Micael caçoou.


 


Micael não fez tentativa de tocá-la. E Sophia concluiu que aquela noite não passava de uma formalidade para que pudessem coexistir durante o próximo ano.


 


Micael não tinha nada a perder, enquanto ela...


 


Não pense sobre isso, dizia a si mesma, enquanto entrava no restaurante ao lado de Micael.


 


Sentada, deixou que ele escolhesse o vinho enquanto percorria o menu com o olhar, escolhendo apenas uma salada e uma entrada.


 


— Não está com fome? — Micael observou-a saboreando o excelente Chardonnay.


 


— Não na verdade. — seu estômago fazia circunvoluções, e Sophia se irritava por Micael ainda produzir nela aquele efeito. E o pior de tudo era o fato de ser suficiente um olhar dele para acelerar sua pulsação.


 


Estaria Micael percebendo isso? Sophia esperava que não. Ela passara uma existência treinando mascarar seus sentimentos. Sorria, e finja ser imune aos espinhos que suas duas madrastas e os meios-irmãos infligiam nela a qualquer oportunidade.


 


Adotar uma fachada não era difícil. Fizera isso todos os dias da vida. Profissionalmente. Emocionalmente.


 


— Vamos acabar com isso logo, está bem? — sugeriu ela.


 


— Por que não terminar de comer antes? — Micael declarou com suavidade.


 


Sophia apenas provou o jantar, afastou logo o prato, dizendo:


 


— Perdi o apetite.


 


— Quer mais vinho?


 


— Não. Preciso de uma cabeça fria para raciocinar. É essencial.


 


Droga, por que ele te de ser tão másculo?, pensou. Micael saboreava a comida como saboreava uma mulher. Com cuidado, com prazer e satisfação.


 


Havia algo incrivelmente sensual no movimento de suas mãos, e ela olhava para os lábios de Micael com o fim de imaginar como se sentiria se estivessem encostado nos dela. Era o bastante um toque para deixar uma mulher louca.


 


Céus, mas isso não tem nada a ver comigo. Ou com Micael. Tinha a ver apenas com os direitos sobre a Abrahão.


 


— Precisamos decidir onde vamos morar — ela começou a falar com firmeza.


 


— Tenho a impressão de que você preferia continuar no seu apartamento.


 


— Sim. — Seria tão fácil?, ela raciocinou.


 


— A casa da Leblon é grande. Acho que seria mais conveniente se você se mudasse para lá.


 


Sophia se surpreendera por ele ainda não ter vendido a luxuosa mansão que os dois haviam ocupado nos poucos meses do malfadado casamento de duração tão curta. Uma obra-prima de arquitetura construída na encostas de uma rocha e que possuía uma sala moderna de três níveis, com terraços, jardins ornamentais, piscina e magnífica vista.


 


E guardava também muitas recordações.


 


— Não, não seria melhor se eu mudasse para lá.


 


— Com medo, Sophia?


 


Ela notou que o marido a fitava com olhar firme e reconheceu em silêncio que Micael Borges possuía uma mente alerta, e um instinto perigoso. Qualidades essas que lhe valiam imenso respeito da parte de amigos e inimigos. Na arena dos negócios e na elite social.


 


Isso fora o que chamara a atenção de Renato Abrahão, que vira em Micael o que ele próprio era, uma pessoa que sabia o que queria e que ia atrás disso qualquer que fossem as coisas ou pessoas que estivessem em seu caminho.


 


— Tenho motivos para ter medo?


 


— Você deve saber que guardo sua felicidade em meu coração.


 


— Sendo assim, deveria ter ficado fora da posição de testamenteiro das últimas vontades de Renato.


 


— Dei-lhe minha palavra de não interferir em meu proveito.


 


— E isso é tudo?


 


— Cinismo não combina com você, Sophia.


 


Sophia tomou um gole de vinho.


 


— Por que não pede uma sobremesa?


 


Sophia suspirou fundo e tentou manter-se calma.


 


— Precisamos chegar logo a uma conclusão.


 


Micael colocou uma das mãos no bolso e tirou de dentro um envelope, jogou-o sobre a mesa, em frente dela.


 


Sophia olhou-o, com suspeita.


 


— O que é isso?— perguntou.


 


— Um controle remoto do portão da frente e as chaves de minha casa.


 


Ele era seguro demais de si mesmo, Sophia pensou e disse:


 


— Presunçoso, não?


 


— Prático — ele corrigiu-a.


 


— Arrogante — ela acrescentou. — E se eu insistir que você se mude para meu apartamento?


 


— Você quer mesmo que eu durma no quarto pegado ao seu? — Micael lhe perguntou. — Usando as mesmas salas, a mesma cozinha? E um apartamento construído para uma pessoa em vez de duas?


 


— Você não sabe nada sobre meu apartamento.


 


— Fui responsável pela reforma... Não sabia?


 


— Agora vai querer dizer que é seu?


 


Se ela tivesse sabido disso, nunca teria comprado aquele apartamento. Pensando no fato, lembrou-se de que fora seu pai quem a fizera escolhe-lo, uma cobertura graciosa. Menos de um mês após ter se separado de Micael.


 


— Mythos Investments é uma de minhas companhias.


 


Naturalmente. O nome apenas a devia ter alertado, mas na ocasião ela não pensara em nada além de encontrar abrigo solitário para si.


 


— Você contratou um detetive particular para seguir meus passos? — Sophia indagou.


 


Sim, ele contratara um ex-militar com instruções para observar tudo, protegê-la se necessário, mas discretamente. E o homem recebia uma boa remuneração.


 


O silêncio de Micael foi mais eloqüente que palavras, e Sophia disse:


 


— Entendo.


 


— O que você entende, meu amor? — A voz dele soou perigosamente suave.


 


Suave demais. Como a calmaria antes da tempestade. Algo que ela preferiu ignorar.


 


— Dois homens manipularam minha vida — ela declarou. — Meu pai durante a vida dele e agora você. — Sophia pegou o copo de água e por um segundo teve vontade de jogar o conteúdo no rosto de Micael.


 


— Não! — ele preveniu-a com gentileza.


 


— Você lê mentes?


 


— A sua, sim.


 


— A reportagem desse detetive deve ter sido incrivelmente repetitiva — ela começou a falar com certa irritação.


 


— Trabalho, atividades sociais, alguns parceiros masculinos, mas que não passaram a noite.


 


— Como ousou? Isso é invasão de privacidade. Importunação. Eu devia processar você!


 


— Tratou-se apenas de proteção.


 


— Renato sabia?


 


— Discutimos sobre isso.


 


Traidores, ambos.


 


— Por Deus, tenho vinte sete anos, não dezessete.


 


— É filha de um homem muito rico, e...


 


 






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Autor(a): laryjapa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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CAPÍTULO II (PARTE 2)   — E a esposa de um homem quase tão rico como meu pai — Sophia terminou, com amargor.   — Sim.   — Eu odeio você.   — Pois bem, me odeie. Ao menos é uma emoção viva. — Ela tremia de ódio. — Mas, se for embora agora, vai apenas adiar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • supergabizinha Postado em 26/11/2012 - 22:32:20

    Acabo mão acredito como não pode, vou chorar

  • piradano_rbr Postado em 26/11/2012 - 13:19:01

    LindAa pena que acabou :(((

  • laryjapa Postado em 24/11/2012 - 23:05:33

    Desculpa o sumiço mas to em época de prova na faculdade ai não dava pra postar,mas ai vai o ultimo capitulo e vou começar outra ,bjussss.

  • supergabizinha Postado em 18/11/2012 - 13:38:09

    posta mais pfpfpf!!!

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:20:58

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:15:05

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 16/11/2012 - 19:07:24

    Amei sua fic ainda ñ deu tempo de ler to mais até onde eu li tá ótima mais tarde quando eu voltar eu leio o resto

  • supergabizinha Postado em 10/11/2012 - 15:48:01

    posta mais pfpfpf!!!

  • piradano_rbr Postado em 03/11/2012 - 19:48:38

    To amndo sua web contnue assim :)

  • piradano_rbr Postado em 20/10/2012 - 18:07:03

    Posta maiss... Leitora novaa <---


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