Fanfics Brasil - capitulo 6 Falsa Traição - Somic

Fanfic: Falsa Traição - Somic | Tema: Rebelde


Capítulo: capitulo 6

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CAPÍTULO VI


 


São Paulo era uma grande cidade, de espaçosas ruas com três faixas de trânsito, bondes elétricos e clima frio.


 


Sophia visitara a cidade havia dois anos e nada mudara, ela notou, enquanto seguiam de táxi pela familiar estrada do aeroporto.


 


Entraram no hotel, construção moderna, situado numa colina com vista panorâmica da cidade. Após alguns minutos passados na recepção, Sophia e Micael entraram no elevador com paredes de vidro.


 


O apartamento, como não podia deixar de ser, tinha uma vista magnífica, mas, enquanto constava dele uma saleta com duas poltronas confortáveis, uma mesinha, uma escrivaninha com telefone, fax, não havia duas suítes, apenas uma, e esta com uma cama de casal.


 


— Se acha que vou dividir essa cama com você, está redondamente enganado — Sophia declarou enquanto Micael colocava a bagagem de mão numa cadeira.


 


— Dividimos uma casa — Micael protestou, lançando um olhar de esguelha.


 


— Mas não um quarto. Em especial, não uma cama.


 


— Medo de mim ou de si mesma?


 


— Essa pergunta nem merece resposta.


 


Ele pendurou duas camisas no guarda-roupa e levou a maleta com os artigos de toalete ao banheiro. Sophia observava-o. Pendurou no guarda-roupa o vestido que pretendia usar no jantar.


 


Jurou a sim mesma que não dormiria naquela cama. Uma das poltronas da sala seria suficiente para ela. Melhor ainda, poderia pôr as duas juntas e fazer uma cama com um cobertor e um travesseiro.


 


A par da irritação por causa da cama ela se perturbava emocionalmente por ter de dormir no mesmo quarto de Micael.


 


Lembrou-se de que estavam ali para negócios, acima de tudo. Almoçariam, assistiriam a uma reunião, voltariam ao hotel para se trocar e jantariam com o primo de Micael, Chay Suede e sua esposa Mel.


 


O almoço foi agradável, a comida excelente, e Sophia começou a relaxar um pouco.


 


Ela e Micael não demoraram muito no café. Tomaram um táxi e foram ver o local que os interessava.


 


— Eles vão demolir tudo — Sophia informou, observando dois velhos chalés que deviam ter sido construídos havia um século. Pareciam desocupados.


 


Renato iniciara negociações com os últimos dez chalés, planejando remodelá-los transformando-os em butiques, assim preservando a área ao redor. Mas uma grande multinacional oferecera a Renato uma quantia exorbitante pela área já pertencente à Abrahão.


 


— Respeito a visão de Renato — ela comentou. — Porém essas monstruosidade de vidro aprovada pela prefeitura não se mesclaria bem com a área.


 


— Decidiu então desistir do negócio? — Micael perguntou.


 


— Eles já adquiriram a maior parte da área construída, e se eu conservar nossa pequena parte mais sofisticada que as demais, ela perderá o valor. Venderemos, mas por um bom preço. Eles pagarão, porque lhes convém. Imagino que conseguiremos duzentos e cinquenta mil.


 


— Renato ficaria orgulhoso de você, ouvindo isso — Micael comentou, colocando a mão no ombro dela.


 


Sophia esperava que sim. Desesperadamente estabelecer o próprio crédito no setor de vendas de seu pai. Por ser mulher, sabia que não seria fácil. Por esse motivo, não podia errar.


 


— Certo, vamos agora inspecionar a outra área.


 


Ela voltou para o táxi consciente de que Micael segurava-lhe a mão com força. Achou que deveria se livrar daquele aperto de mão, mas cedeu a seu desejo por alguns segundo e usufruiu o prazer do toque, do claro. Contudo, logo pôs em dúvida sua sanidade mental.


 


Que era um subúrbio exclusivo, um misto de velho e novo dinheiro, com elegantes residências, avenidas com três pistas, e uma rua só de butiques e de pequenos restaurantes.


 


— Acho interessante ficarmos com isto e restaurar tudo. — Virando-se para Micael, perguntou: — O que você acha?


 


— Talvez Branca goste de estabelecer uma filial aqui.


 


Micael era bom, muito bom, em ler seu pensamento, Sophia pensou.


 


— Temos hora marcada com a agência às quatro horas. E fica perto.


 


Sophia levou uma hora nas negociações, mas saiu do escritório do advogado triunfante.


 


— Fechamos negócio — ela disse a Micael que a precedera no andar térreo.


 


Seus olhos brilhavam e o sorriso refletia orgulho.


 


Você fechou negócio. Conseguiu tudo — Micael corrigiu-a. — Eu apenas fiquei sentado observando-a negociar.


 


E foi verdade, mas a presença dele tornara tudo bem mais fácil, uma retaguarda que ela muito apreciara. Sophia sabia agir em negócios, com Renato ao lado, pois nem todos os homens consideravam as mulheres em pé de igualdade na arena de negociações, e ela não tinha a menor dúvida de que as coisas seriam bem mais difíceis se tivesse ido sozinha.


 


— Obrigada — disse.


 


— Pelo quê?


 


— Por estar aqui comigo.


 


— Foi meu prazer.


 


Voltaram para o hotel. Eram cinco horas quando entraram na suíte. Sophia tirou os sapatos e desabotoou a jaqueta.


 


— Quer tomar banho primeiro ou eu tomo antes? — perguntou ao marido.


 


— Podemos tomar juntos — ele respondeu, com toda a calma do mundo, mas se divertindo.


 


— Não, não podemos — ela protestou.


 


Sophia não tinha dificuldades em lembrar do aspecto dele sem roupa. Da maravilhosa musculatura, da largura dos ombros, das coxas fortes. Quanto ao instrumento da masculinidade...


 


Não se demore pensando nisso, ela recomendava a si mesma. Recordava-se do toque das mãos de Micael e de sua reação. Santo Deus, ele nunca falhara em ascender chamas em seu corpo.


 


Sem uma palavra, pegou uma calcinha e um sutiã, um roupão, e entrou no banheiro.


 


Vinte minutos mais tarde saiu com a maleta de toalete nas mãos e o roupão bem fechado.


 


Micael estava sentado na beirada da cama, assistindo a um documentário na tevê.


 


— Pronta?


 


— Sim — ela respondeu. Sem se dar conta, segurou a respiração por alguns segundos até ele fechar a porta do banheiro.


 


E quando Micael voltou ao quarto, estava vestida e maquiada.


 


Micael não sentiu embaraço nenhum em tirar o roupão ficando completamente nu. Vestiu-se.


 


Pensar que estivera nos braços dele noite após noite foi terrível para Sophia. Oh, como tinha saudade do conforto que aqueles braços lhe ofereciam. A proximidade, o carinho...


 


O que fazia ela, por Deus? Não devia desejar nada do homem que a traíra!


 


No entanto, havia uma química que a atraía. Mas pegou a bolsa e disse:


 


— Vamos?


 


— Vamos nos encontrar com Chay e Mel no bar do hotel — Micael informou-a.


 


Sophia não os vira desde sua separação. Teria Micael lhes contado acerca do rompimento e da reconciliação?


 


— Não — Micael disse, enquanto entravam no saguão. — Embora tenha certeza de que eles ouviram falar.


 


Serei eu transparente?, pensou.


 


Não houve tempo de Sophia perguntar como Micael adivinhara sua pergunta, porque duas pessoas levantaram-se do sofá e foram ao encontro deles.


 


— É um prazer ver vocês — Mel cumprimento-os.


 


Micael pediu ao garçom que trouxesse champanhe.


 


— Estamos comemorando alguma coisa? — indagou Mel.


 


— Mais ou menos — Micael respondeu, lançando um olhar malicioso a Sophia.


 


— Senti muito a morte de seu pai — disse Chay. — Perda lamentável.


 


— Obrigada.


 


Chay dirigiu-se a Micael e começaram a falar de negócios, enquanto Mel e Sophia conversavam.


 


— Não posso deixar de lhe dizer logo como me alegra ver vocês dois juntos de novo — Mel comentou.


 


O que devo responder?, Sophia se perguntou. Enfim, disse:


 


— Já faz algum tempo.


 


— Aline não passa de uma causadora de problemas — Mel sussurrou. — Criou sérios problemas a Micael.


 


Mesmo? Nas poucas ocasiões em que Sophia o vira durante os meses de separação achou-o muito bem.


 


— Mas naturalmente acho que você deve saber disso — Mel acrescentou.


 


Sophia não fez comentários.


 


— Aquela mulher é uma bruxa. — Depois dessas palavras, Mel resolveu mudar de assunto. — Então,quer dizer que você está ocupada em negócios o dia todo. Agora, vamos comemorar nosso encontro. É uma comemoração para mim também, pois estou grávida.


 


— Que ótima notícia — O entusiasmo de Sophia foi sincero. Uma criança era um lindo presente, e Mel desejara ter um filho desde o dia de seu casamento.


 


Minutos mais tarde os quatro estavam no restaurante. A comida foi excelente, o serviço perfeito, e as horas passaram tão depressa que seria difícil acreditar que eram dez horas quando Mel anunciou que precisavam ir.


 


— Minha mulher se cansa com facilidade agora — Chay se desculpou quando Micael cuidou da conta.


 


— Num minuto estou bem, no minuto seguinte mal consigo ter meus olhos abertos — Mel explicou.


 


Sophia e Micael acompanharam os primos até a porta do hotel.


 


— Nós nos veremos outra vez logo, não é verdade? — Mel abraçou Micael e depois, virando-se para Sophia, disse: — Cuide-se bem.


 


Assim que os amigos se afastaram, Micael perguntou à esposa:


 


— Quer tomar um café no salão?


 


— Sim. — Qualquer coisa que atrasasse a ida ao quarto seria bem-vinda.


 


Micael pediu o café e Sophia bebeu o dela lentamente, enquanto todos a observavam. Casais, solteiros, jovens e velhos.


 


— Em que está pensando? — Micael quis saber.


 


— Que hoje foi um dia muito proveitoso.


 


— Sim. Foi.


 


— Posso interpretar esse comentário como aprovação sua a minhas decisões?


 


— Não tenho dúvidas sobre a sua habilidade em negócios, Sophia.


 


— Obrigada.


 


— Acredito que você esteja sendo cuidadosa.


 


— Estou usando somente minhas propriedades pessoais, o que não lhe dá razões para me questionar.


 


— Eu estava apenas fazendo uma observação, Sophia.


 


— Quer os endereços de todas elas? Assim pode verificar? Ou sua fonte de informação já lhe forneceu um relatório?


 


— Não se esqueça que você usa o advogado de Renato para seus negócios pessoais. — ele observou.


 


— Ele se deu o direito de contar a você sobre meus negócios? — ela indagou, escandalizada.


 


— De forma alguma, mas apenas comentou sobre sua perspicácia em negócios — Micael respondeu.


 


— Adoro restaurar propriedades.


 


— A casas cheias de terraços são um bom investimento.


 


— Você sabe delas também? Como?


 


Estive pensando em comprar três do mesmo bloco. O agente me telefonou esta manhã e mencionou o interesse de minha esposa acerca das casas.


 


Outra quebra de confiança sobre o advogado? Ou teria o agente imobiliário simplesmente concluído que marido e mulher estavam a par dos negócios assumidos por um ou por outro?


 


— Você pretendia me sobrepujar num lance?


 


— Não. Tinha na mente de que poderíamos colaborar.


 


— Harry ficaria encantado — ela apressou-se em explicar. — É o decorador que eu uso. É muito bom.


 


— Diga a ele que me telefone.


 


O garçom apareceu com o bule de café e se ofereceu para tornar a encher as xícaras. Ambos recusaram.


 


Sophia disfarçou um bocejo e levantou-se.


 


— Vou para cama. — Ela estava cansada e os dois tomariam o primeiro avião de volta para o Rio na manhã seguinte.


 


Micael acompanhou-a ao elevador e em poucos minutos entravam no quarto.


 




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Autor(a): laryjapa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  CAPÍTULO VII   — O que pensa que vai fazer?   — Preparar uma cama improvisada — Sophia informou-o, enquanto tirava um cobertor e um travesseiro do armário.   — Nossa cama é bastante larga — declarou Micael com uma suavidade perigosa.   — Não vou dormir com você — ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • supergabizinha Postado em 26/11/2012 - 22:32:20

    Acabo mão acredito como não pode, vou chorar

  • piradano_rbr Postado em 26/11/2012 - 13:19:01

    LindAa pena que acabou :(((

  • laryjapa Postado em 24/11/2012 - 23:05:33

    Desculpa o sumiço mas to em época de prova na faculdade ai não dava pra postar,mas ai vai o ultimo capitulo e vou começar outra ,bjussss.

  • supergabizinha Postado em 18/11/2012 - 13:38:09

    posta mais pfpfpf!!!

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:20:58

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 17/11/2012 - 23:15:05

    Posta pela mor de Deus

  • mimilinda Postado em 16/11/2012 - 19:07:24

    Amei sua fic ainda ñ deu tempo de ler to mais até onde eu li tá ótima mais tarde quando eu voltar eu leio o resto

  • supergabizinha Postado em 10/11/2012 - 15:48:01

    posta mais pfpfpf!!!

  • piradano_rbr Postado em 03/11/2012 - 19:48:38

    To amndo sua web contnue assim :)

  • piradano_rbr Postado em 20/10/2012 - 18:07:03

    Posta maiss... Leitora novaa <---


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