Fanfics Brasil - Capítulo Unico To be Loved

Fanfic: To be Loved


Capítulo: Capítulo Unico

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Estava na sala de aula com meus amigos Beto, Bia, Dani, Ana, Lu e Mi. Estávamos conversando quando ele entrou. E, uau, ele estava lindo. Como eu o amava só que ninguém podia saber, pois ele e meu pai se odiavam e ele era quinze anos mais velho que eu (já tava errada). E ele provavelmente me via como uma criança.
Ele veio direto na minha carteira, obviamente, já que ele não conhecia mais ninguém na minha sala. E eu paralisei como sempre acontecia quando ele falava comigo.


- Oi Duda – ele falou com aquela voz que eu tanto amava.


- Oi – eu o cumprimentei, timidamente, sentindo o olhar dos meus amigos no meu rosto, já vermelho te vergonha. Fato.


- Você não vai me dar um abraço?


- Por quê? – eu perguntei, estranhando sua atitude, e querendo desafiá-lo também.


- Para me cumprimentar, claro – e ele adorava responde-los.


- Claro – eu disse – só não entendo o porquê, já que você me odeia.


- Você sabe muito bem que eu... que eu não te odeio.


- Você não gosta do meu pai então, consequentemente, não gosta de mim.


- Hm. Vai ser difícil – ele murmurou e eu vi seus olhos brilharem, mas não consegui entender o motivo daquele brilho, e nem o sentido da frase.
De repente eu me dei conta de que estávamos na frente da sala nariz com nariz e todos estavam olhando pra gente. É claro que eu não liguei.


- Difícil? Não entendi.


- É eu sei – ele disse – Pegue suas coisas.


- Eu não vou a lugar nenhum com você – eu disse, apenas para desafiá-lo, já que eu sabia que iria com ele.


- Você vai sim.


- Ela já disse que não vai – disse uma voz masculina ao mesmo tempo em que eu sentia uma mão no meu ombro direito.


- Sempre protegendo ela, não Jacoby?


- Com minha vida, se necessário – meu primo disse – Agora, vá embora.


- Eu não vou sem ela.


- Você vai sim – ele disse, e eu vi os olhos do Julio brilharem e desta vez eu soube reconhecer esse brilho: ODIO. Mais uma pessoa da minha família que ele odiava.


Ele lançou um olhar pra mim, como se me dissesse “Você não vai me impedir?” e, como eu fiquei sem reação ele saiu e meu primo me abraçou. Mais eu não queria estar nos braços dele, eu queria estar nos braços do Julio, o amor da minha vida.


- Vamos lá pra fora – ele pediu licença para o meu professor, passou um braço pelos meus ombros e me levou pra fora.


Nós fomos caminhando até o bebedouro, eu bebi água e fui ao banheiro, lavar meu rosto.


Quando eu voltei meu primo estava falando no celular e eu me aproximei, para falar que eu estava indo pra sala.


- Bruna fica calma – eu o ouvi dizer. Bruna? Não era a ex-namorada do Julio? – Ele já foi embora... Não, não, ela tá aqui... É, sim, acho que sim... Eles estão se odiando nesse momento – ele riu – ou melhor, ele a odeia.


Como assim?????


Acho que eu gritei, porque meu primo olhou nos meus olhos e depois eu corri pra minha sala, com lagrimas nos olhos. Eu estava entorpecida. Como meu primo tinha feito isso comigo? Me traído desse jeito?


- Tá tudo bem, Duda? – alguém me perguntou. Não sei quem, eu acenei que não com a cabeça e coloquei o fone no meu ouvido, colocando no ultimo volume e comecei a escutar umas das minhas músicas preferidas: To be loved, do Papa Roach. Naquele momento aquela música estava refletindo perfeitamente na minha vida. Eu só queria ser amada pelo amor da minha vida, o Julio.


No final das aulas eu ainda estava com meu fone, não tinha falado com ninguém, tinha me fechado no meu próprio mundo, me fechado na minha dor.


Quando eu sai, meu primo estava me esperando, com cara de preocupado. Quanta hipocrisia.


- Duda me desculpa.


- Sim, eu sabia. Mais eu to apaixonado por você e a Bruna por ele. E nós não queremos que vocês fiquem juntos.


- Eu odeio você Jacoby. Eu te odeio com todas as minhas forças.


- Eu sei, e espero que um dia você me perdoe.


- Mesmo que um dia eu e o Julio fiquemos juntos, vai ser difícil eu te perdoar – sim eu ainda tinha esperança de ficar com ele.


Eu vi meus amigos saindo e fui falar com eles.


- Me desculpem, por favorrrr – eu disse, quase implorando. Eles eram a melhor coisa que tinha acontecido na minha vida.


- Ta tudo bem Duda – a Dani disse e os outros concordaram.


- Eu vou contar tudo pra vocês – eu estava pensando no que dizer pros meus amigos e olhei pro lado. Ao fazer isso eu me deparei com Julio e pensei “O que será que ele esta fazendo aqui?” – mas não... Bom, vocês estão vendo aquele cara ali? - Eu perguntei, apontando pro Julio.


- O cara que foi na sala hoje – a Dani falou.


- Sim, sim. Ele é o cara que eu mais amo no mundo – eu disse e vi a cara dos meus dois melhores amigos. Comédia total – sem ser vocês dois, claro.


- Claro – os dois disseram ao mesmo tempo.


- Bom, ele acha que eu to apaixonada pelo meu primo...


- O outro cara – a Lu afirmou.


- Sim, o outro cara, que por sinal é meu primo e armou tudo isso.


- Por quê?


- Porque ele ta apaixonado por mim, e a ex do Julio ainda gosta dele, então eles armaram tudo para separar a gente.


- Hmmm, tenso – o Mi disse.


- Muito – eu disse – Bom agora eu vou lá conversar com o amor da minha vida. Desejem-me boa sorte.


- Sorte – todos eles disseram.


- Valeu – eu disse – amo vocês.


- Nós também te amamos Duda – a Dani disse, me abraçando, o que gerou um abraço coletivo.


Quando eu consegui sair do abraço eu fui falar com o Julio. Antes de eu conseguir falar alguma coisa ele disse:


- Olha eu não vou mais te procurar, nem nada, ok? – eu senti lagrimas subirem nos meus olhos, mas eu não iria chorar, não agora – Demorou, mas agora eu entendi você gosta do Jacoby. Tudo bem, tudo bem. Eu vou me afastar e deixar você livre para amar aquele idiota, porque eu gosto de você e...


- Você gosta de mim? – eu não podia acreditar.


- Eu amo você – ele respondeu, com a voz cheia de emoção. Agora que eu olhava nos olhos dele, eu os via cheios de lagrimas também.


Eu ri, era uma risada histérica. Eu me joguei nos braços dele.


- Eu não quero que você me deixe livre ou se afaste de mim. Eu te amo muito, Julio. Você é o amor da minha vida.


Nós nos beijamos, e foi o beijo mais incrível de todos. Nós só nos separamos quando não conseguíamos mais respirar. Nós ficamos um tempo abraçados, simplesmente curtindo estarmos nos braços um do outro.


Depois disso, nós fomos almoçar e acabamos passando a tarde toda juntos. É esse foi o dia mais feliz da minha vida


Nós estabelecemos uma rotina, o Júlio ia me pegar todos os dias na escola, nós íamos almoçar e depois ele me deixava em casa. A essa altura meus pais já sabiam que estávamos namorando. E eu achava que ia ser mais difícil de contar pra eles.


 


Flashback on.


 


- Você tem certeza de que quer ir comigo, Júlio? – eu perguntei, mais uma vez incerta.


- Claro amor – ele mais uma vez respondeu – eu não vou deixar você fazer isso sozinha.


Nós estávamos parados em frente a minha casa, eu tinha falado para os meus pais que eu iria levar o meu namorado em casa. Não tinha falado quem era. Só espero que meus pais – lê-se, meu pai – não expulsem o Júlio de casa.


- Então, vamos.


- Vamos, lá.


Nós saímos do carro e fomos caminhando de mãos dadas até a porta de casa. Eu peguei minha chave e abri a porta.


- Mãe, pai cheguei.


- Nós estamos na cozinha filha, entra aqui e apresente seu namorado – minha mãe gritou da cozinha.


Eu olhei para o Júlio e ele me deu um selinho, para me encorajar nós fomos até a cozinha e meu pai paralisou, olhando para o meu namorado.


- Tinha que ser você, não é? – meu pai disse como se estivesse cansado.


- Pai, eu me apaixonei por ele e...


- Eu sei filha, eu nunca te vi mais feliz do que eu te vi nessa semana. E eu posso ver que ele também esta apaixonado por você


- Como? – eu perguntei, estranhando o comentário do meu pai.


- Ele olha pra você como seu pai olha pra mim – minha mãe respondeu.


Depois disso, o jantar transcorreu perfeitamente. Eu estava tão feliz que meus pais tinham aceitado o Júlio.


E claro, o Júlio me convenceu a conversar com Jacoby e até mesmo perdoá-lo. Tudo isso em menos de uma semana.


 


Flashback off.


Nós estávamos namorando há dois meses. Eu estava em época de vestibular. Ia prestar para jornalismo.


O Júlio foi me buscar na escola e estávamos no carro dele, conversando quando o acidente aconteceu. Um carro estava vindo na contramão, o Júlio tentou desviar e o carro acabou capotando. Eu apaguei e só acordei quando estava no hospital, eu tinha quebrado o braço esquerdo e tinha algumas escoriações.


Minha mãe e meu pai estavam no quarto. Eu tentei falar mais minha garganta estava muito seca.


- Oi filha – minha mãe reparou que eu tinha acordado – Você esta se sentindo bem?


Eu balancei minha cabeça afirmativamente e finalmente consegui balbuciar pedindo água. Minha mãe encheu um copo e me deu um pouco.


- Brigado – eu murmurei – e o Júlio?


Meus pais trocaram olhares, e eu pude ver pesar neles. Não, não ele não...


- Mãe me diz que o Júlio tá bem. Por favor, mãe me diz que ele tá bem.


- Filha fique calma, por favor.


- Ele morreu né mãe? – eu estava chorando muito agora, eu soluçava. Meu pai veio para o meu lado e me abraçou


- Eu sinto muito filha, sinto de verdade.


A única coisa que eu fazia era chorar, não conseguia falar. Por que o Júlio estava morto e eu não?


Eu sai do hospital depois de uma semana, eu ainda estava muito mal com tudo o que tinha acontecido.


Meu primo, Jacoby, ia me visitar todos os dias no hospital e com isso nós fomos nos aproximando mais e mais. Eu tinha perdoado completamente por quase me separar do Júlio. A gente conversava muito, sobre varias coisas, tipo músicas, filmes, livros e outras coisas.


Aquelas horas que ele ficava comigo no quarto era onde eu esquecia de tudo, todo o meu sofrimento, toda a minha dor.


Eu fui no carro do Jacoby pra casa, já que meus pais ainda tinham que trabalhar e foram só para ver como eu estava.


Quando ele parou o carro em frente de casa, nós saímos, ele pegou minhas coisas e entramos.


- Duda – ele me chamou – é sério, eu sinto muito mesmo, acho que eu me deixei levar pela Bruna, hoje eu sei que eu não devia ter feito nada daquilo que eu fiz. Hoje eu sei o quanto você amava o Júlio.


- Tá tudo bem, Jake – eu disse, na minha voz eu pude escutar melancolia. Eu estava muito pálida, meu olhar não tinha mais aquele brilho de quando eu tava com o Júlio, eu estava totalmente desorientada.


 


Jacoby’s pov.


Julio morreu já tem um ano e cinco meses, quando completou um ano a Duda ficou ainda pior. Apesar de que nas duas ultimas semanas eu tenho visto uma melhora, ela tá muito magra ainda e o brilho que ela tinha nos olhos ta começando a voltar, ela costumava ficar horas e horas trancada no quarto dela, só saindo quando os pais dela chamam ou quando eu chegava que é quando nós assistíamos – ou melhor, eu assistia – a uns filmes.
Mas nas duas ultimas semanas ela até saiu com os amigos dela da escola, tudo bem que eles sempre vinham aqui ver como ela tava e tudo o mais e ela até conversava um pouco com eles, mas logo dizia que estava cansada e ia pro quarto. Ela terminou o ano indo praticamente obrigada pra escola, ela sempre dizia pra minha tia que não queria ir mais pra escola.


Bom hoje é o aniversário dela, eu vou colocar mais animo ainda nela, eu a convenci de sair comigo, nós vamos jantar num restaurante de um amigo meu e depois vamos ao cinema.


Eu bati na porta e a Duda abriu. Ela usava jeans, uma camiseta preta, um all star, também preto e tinha prendido o cabelo num rabo de cavalo. Nossa, ela tava linda – é deu pra perceber que eu ainda to apaixonado por ela, não?


- Oi Jake – ela me cumprimentou e me abraçou bem forte.


- Oi Duda – eu a cumprimentei, retribuindo o seu abraço – vamos?


- Vamos. Mãe to saindo com o Jake. Beijo.


- Tchau filha, se cuida.


- Tá mãe.


Nós fomos caminhando em direção ao meu carro, eu tava pensando qual filme nós iríamos assistir: comédia romântica, fora de cogitação, drama também, eu acho que pode ser um de terror ou um de ação.


- Duda, que filme você quer assistir?


- O besouro verde – ela disse, animada – os meus amigos forem ver e disseram que é bem legal. Ai eu fiquei com vontade de ver.


- Então tá, vamos ver esse filme.


Durante o jantar, nós conversamos bastante e até rimos de algumas coisas da nossa infância. Foi o melhor jantar que eu tive - fato.


Nós fomos ao cinema e, pra falar a verdade, eu quase não prestei atenção no filme, de tão absorto em meus pensamentos.


Depois de assistirmos o filme, nós fomos dar uma volta, acabamos em um parquinho que tinha perto da casa da Duda, onde nós sempre íamos quando nós éramos crianças.


Nós ficamos ali sentados durante um tempo, não sei dizer precisamente o quanto.


- Nossa – começou a Duda – você lembra aquela vez que nós estávamos no balanço e estávamos balançando tão forte que eu cai?


- Lembro, eu sei que na hora eu fiquei todo preocupado, mais logo depois nós começamos a rir.


- É verdade. Nossa, era muito bom quando a gente era criança e não tínhamos nada com o que nos preocuparmos, não é?


- É verdade.


- Jake, você sempre tentou me proteger, não é? – ela perguntou – Desde quando a gente era criança você sempre tava por perto, me protegendo de tudo e de todos. Por quê?


- Não sei, Duda – eu respondi sério – acho que desde criança eu amo você. Tenho esse instinto de proteger você. – eu olhei pra ela, e ela tava tensa, com o olhar vidrado em algo. Quando eu me virei pra onde ela tava olhando, eu percebi o que a estava deixando tensa: era um casal de namorados se beijando.


- Você ainda não superou o Júlio, né?


- Eu ainda sinto falta dele, mais eu acho que a dor tá se acalmando, não sei. Acho que você tá me curando, Jake – ela disse, olhando profundamente eu meus olhos.


- Sério? – eu perguntei.


- Acho que sim, você se tornou um melhor amigo, Jake. A única pessoa que eu quero ver quando eu to triste, to feliz, quando eu to cansada e quero conversar. É a única pessoa que eu quero ver quando eu acordo.


- E eu quero estar lá pra você sempre, Duda – eu disse indo abraçá-la.


- Jake – ela me chamou.


- Oi.


- Eu acho que eu to me apaixonando por você – ela disse. Quando eu olhei no rosto dela, ele tava muito vermelho.


- Eu sempre fui apaixonado por você, Duda, sempre.


Ela levantou o rosto, olhando profundamente eu meus olhos – nem preciso dizer que eu fiquei tenso, olhando aqueles olhos castanhos, né? – ela foi se aproximando, nossas respirações se fundiam. Ela me beijou, foi um beijo calmo, tranquilo.


Quando, por fim, nos separamos ela olhou no fundo dos meus olhos e sorriu. Era muito bom ver esse sorriso no rosto dela.


Nós caminhamos de mãos dadas por um tempo. Eu gostava de estar com a Duda, também eu era apaixonado por ela desde que nós éramos pequenos. E olha que ela é cinco anos mais nova que eu. Nós crescemos praticamente juntos, minha mãe era irmã da mãe dela e nós morávamos na casa vizinha a da minha tia e da família dela.


Eu e a Duda sempre brincávamos. Quando eu tinha uns quinze anos eu sempre arrumava tempo para ficar com ela, porque desde aquela época eu sabia que a amava. Nós sempre conversávamos sobre tudo. À medida que o tempo passava, nós fomos ficando mais próximos. E quando ela completou quinze anos ela conheceu Júlio e se apaixonou por ele. Não sei por que, mas nós nos afastamos. E ela começou a ficar mais tempo com os amigos e sempre que eu ia na casa dos meus tios ela estava ocupada ou não estava ou quase não me dava atenção [ :’( chorei].


Até o acidente do Júlio nós mal nos falávamos. E agora ela esta do meu lado, segurando minha mão e... ESTA SE APAIXONANDO POR MIM e eu ainda estou completamente apaixonado por ela.


- Em que você ta pensando? – ela me perguntou.


- Em quando a gente era criança e nada era complicado.


- É naquela época nada era complicado, a gente não tinha nenhuma preocupação. Era tudo mais fácil.


- É.


- Aonde a gente vai agora? – ela me perguntou.


- Onde você quer ir?


- Sei lá, a gente podia tomar sorvete – ela me disso, olhando nos meus olhos. A gente acabou rindo daquela lembrança tão tosca e tão feliz.


 


Flashback on


Estávamos eu, meus pais, meus tios e minha prima na sorveteria quando nós ouvimos um barulho vindo lá de fora.


Eu e minha prima fomos correndo: um cara tinha caído de bicicleta. E nós, como sempre acontecia quando alguém caia, rimos.


Nossos pais, que tinham vindo também, nos repreenderam. Nós voltamos para a nossa mesa e recomeçamos a tomar nossos sorvetes. Quando estávamos quase acabando a Duda deixou cair um pouco na camiseta dela e, consequentemente, eu comecei a rir.


Ela ficou brava e passou sorvete no meu nariz e assim começou a bagunça. Eu sujando ela de sorvete e ela me sujando.


 


Flashback off


Nós fomos naquela mesma sorveteria, é certo que não é a única do nosso bairro, mais é a melhor.


A Duda, como sempre, pediu uma bola de chocolate e uma de menta e eu, como sempre também, pedia passas ao rum e sensação. Nenhum de nós pediu cobertura, já que ambos odiávamos caramelo e essa era exatamente a única cobertura que tinha naquela noite.


Nós fomos caminhando, conversando e tomando nossos sorvetes. Nossa, aquela com certeza foi a melhor noite da minha vida. Quando nós chegamos na casa dela, já havíamos terminado nossos sorvetes.


- Eu realmente adorei nossa noite, Jake – ela disse olhando no fundo dos meus olhos.


- Eu também, Duda. Essa foi a melhor noite da minha vida.


- Você quer entrar? – ela me perguntou – vamos ver mais um filme, a gente podia colocar uns colchões no chão e dormir na sala.


- Claro, pode ser – eu respondi. Não querendo que nossa noite acabasse. Eu vi que a Duda ficou feliz com a minha resposta. Ela sorriu de um jeito que fazia muito tempo que eu não a via fazendo e instantaneamente e inconscientemente eu sorri também.


 


End Jacoby’s pov.


Eu não queria me separar do Jake ainda, acho, não, eu sei que estou me apaixonando por ele.


Ele é doce, sensível, tá me ajudando muito e sempre tá por perto. Mesmo nos dias que ele não pode ir em casa ele me liga, me passa sms ou me manda um e-mail. Ele é muito fofo.


E essa noite foi perfeita, nós jantamos, fomos ao cinema e até tomamos sorvete na nossa sorveteria favorita. Nossa foi realmente uma das melhores noites da minha vida.
Bom, nós estávamos em casa agora, eu tinha colocado um colchão no chão e nós iríamos assistir um DVD. Enquanto o Jake colocava o filme, eu fui fazer um pouco de pipoca, nós iríamos assistir Casanova, o filme com o Heath Ledger.


Nós nos sentamos no colchão e começamos a assistir o filme, que era muito bom, por sinal. Nós dois rimos muito, mais tínhamos que nos controlar já que meus pais estavam dormindo.
No meio do filme, eu senti o olhar do Jake em mim, quando eu olhei para ele, ele olhou no fundo dos meus olhos e foi se aproximando de mim e me beijou, foi um beijo doce, que mostrou o quanto ele me amava e eu retribui o beijo, com todo o meu amor.


Ele foi se aproximando mais e mais de mim, quando eu percebi eu estava deitada no colchão e ele por cima de mim.


Nós continuamos a nos beijar, e foi ficando cada vez mais intenso até que o Jake parou e olhou no fundo dos meus olhos.


- Acho melhor nós pararmos aqui.


- Jake...


- Desculpa Duda, sério. Eu sei que você ainda ama o Julio e eu não quero forçar nada, mais toda vez que eu fico perto de você, eu perco o controle. Eu amo tanto você e te quero tanto – ele não olhava pra mim enquanto dizia isso, ele estava com a cabeça apoiada nas mãos.


- Jake para – eu o interrompi, ele olhou para mim e pude ver lágrimas em seus olhos - Olha eu queria, eu quero isso, sério. Eu amo você. Meu coração tava despedaçado quando o Júlio morreu, eu tava muito mal mesmo, mas você me curou, você estava sempre do meu lado, sempre me apoiando e me amando e eu não pude deixar de me apaixonar por você. Eu não queria que você parasse.


- É sério? – ele perguntou ainda desconfiado


- É Jake, eu te amo muito.


Ele sorriu para mim e me beijou, quase desesperadamente, como se em algum momento eu fosse parar. Coitado, como se eu quisesse parar, queria isso pelos próximos cinquenta ou sessenta anos.


Bom o resto vocês já podem imaginar, né? Aquela noite foi com certeza a melhor da minha vida.


 


Narrador em terceira pessoa.


Quando ele entrou em sua casa, o garotinho estava no colo de sua esposa. Ela o estava alimentando. Quantas vezes, nos últimos dois meses ele não parou naquele mesmo lugar se maravilhando com aquela cena. Seu filho no colo de sua esposa.


Eles se casaram um ano após aquela primeira noite dos dois. Depois de cinco meses de uma maravilhosa vida veio o primeiro filho deles, Martin tinha os intensos olhos verdes do pai e os cabelos loiros da mãe. Ele estava agora com dois anos e o seu outro filho, o lindo bebe que estava agora no colo de sua esposa era Victor.


A garota de repente pareceu notar que o marido a observava. Ela olhou para cima, direto nos olhos de seu amado marido e deu um sorriso.


- Oi amor – ela o cumprimentou.


- Oi – ele se aproximou dela e beijou seus lábios – eu nunca canso de ver essa cena, sabe. Agora, onde tá o Martin?


- Lá em cima, no quarto dele.


- Eu te amo muito, Duda.


- Eu também te amo, Jake – ela disse e ele se aproximou para mais um beijo, quando o pequeno começou a chorar.


– Eu também amo você – Jacoby disse, sorrindo ao ver seu filho se acalmar e logo depois dormir tranquilamente nos braços da mãe – agora vou ver meu outro pequeno – ele disse para ela e foi para o quarto de seu filho mais velho. Ele nunca tinha se sentido mais feliz em toda sua vida. Amava profundamente sua esposa e seus dois filhos. Não podia acreditar quando a Duda tinha aceitado seu pedido de casamento,  nem que ela tinha lhe dado dois filhos maravilhosos. Os três anos que se passaram desde o casamento foram os melhores de sua vida. Não só era um homem mais responsável, mais tinha a família mais linda do universo.


Quando chegou ao quarto de Marin, ele estava dormindo, ele caminhou até sua cama, arrumou os cobertores e beijou-lhe a testa. Caminhou até a porta e ficou lá, observando seu filho dormir até sentir os braços dela em volta de sua cintura.


- Ele parece um anjo, dormindo – Duda falou, ainda o abraçando pelas costas.


- Sim, ele parece – ele girou para abraçá-la de frente e beijou-lhe apaixonadamente. Eles ficaram ali, abraçados, olhando seu filho dormir. Eles conseguiram fazer seu próprio final feliz.


 


 


 



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Autor(a): gabsmota

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