Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

 Conhecendo a essa mulher, provavelmente estaria agora na cozinha com Chico, dizendo o que tinha de fazer e como. E ele sabia que Chico não ia gostar nada da ideia. O homem estava no ramo de restaurantes há 25 anos e trabalhando em Nova Iorque antes de se cansar da cidade grande e mudar-se para Bloomfield. Havia pedido o trabalho de cozinheiro chefe a Alfonso uma semana antes que abrisse a Squire`s e durante os últimos 4 anos, era para Poncho mais que um empregado e sócio. Mais ainda, era um bom amigo.

Mas tinha sua manias na cozinha. Tinha sua própria maneira de fazer as coisas e não gostaria que Anahí enfiasse o nariz ali. Não gostaria de ver Any mexendo em seus potes e panelas. Poncho imaginava-a lá, com o queixo erguido para Chico, enquanto dizia que ele quebrava os ovos ou descascava as batatas do jeito errado.
Alfonso a conhecia de toda vida, mas nunca havia reparado, até a noite anterior, na boca perfeita que Anahí tinha. Seus lábios eram carnudos, de um tom rosado. Ela fazia sem perceber, mas cada vez que tinha uma jogada ruim, mordia o lábio inferior com os brancos dentes. Mais de uma vez, esse ato o havia distraído. Logo se recordava que estava tendo pensamentos luxuriosos com Anahí e se obrigava a prestar atenção no jogo.
Nunca também a havia visto com o cabelo loiro despenteado, com manchas de barro na pele de porcelana. E certamente, nunca a havia visto de roupão. Por mais simples que fosse essa peça, tinha algo atrativo. Algo estranhamente sexy. Algo que o fazia sentir curiosidade pelo que poderia ter embaixo. E mais ainda, debaixo desse outro.
Oh, Céus. Colocou-se de costas e voltou a resmungar. Seus irmãos ririam com vontade se soubessem o que ele estava pensando. Decidiu que tinha que sair com alguma moça, já que, nas últimas semanas não havia tido muito tempo para isso e até Anahí estava começando a parecer atrativa. E isso era ridículo. Anahí Puente não se parecia em nada com o seu tipo de mulher. Era chata demais, mandona demais, ...
- Vai dormir o dia todo, Herrera, ou já podemos começar?
- Que... ?
Abriu os olhos e soltou uma maldição. Anahí estava na porta com os braços cruzados, com um sorriso nesses lábios os quais estava fantasiando até um minuto atrás e um brilho intenso nos lindos olhos azuis. Ia estrangulá-la.
Sentou-se lentamente na cama. Essa era a Anahí que ele conhecia. Vestia uma calça de brim preta e blusa de gola alta azul-clara, que combinava com os olhos dela, além do cabelo recolhido em um coque.
Enquanto ele estava completamente nu debaixo dos lençóis.
- Não sabe bater numa porta?
- Eu já fiz isso. Duas vezes. Chico me disse pra entrar se você não respondesse.
Poncho decidiu que ia estrangulá-lo também quando terminasse com Anahí.
- Esse é o meu quarto. Quer especificar o que quis dizer com isso de “já podemos começar”?
- Com os meus deveres, claro. De que outra coisa eu poderia estar falando?
Ele se arrumou de novo entre os lençóis, puxou o edredon e deu-lhe as costas.
- Aos domingos durmo até mais tarde. Chico vai te ensinar o que deve fazer.
- Nada disso, Herrera. Nossa aposta consistia em que eu trabalharia sobre a sua supervisão pessoal.
- Bom, Any, considerando que estou em minha cama, que tipo de trabalho você sugeriria? Venha cá, ficar sob minha supervisão. Que tal?
- Nossa, Alfonso Herrera. Algumas doces palavras como essas podem fazer que o coração de uma garota se anime.