Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

- Mas quem foi que colocou essas toalhas nas mesas?

Alfonso estava no centro da Taberna, com os braços cruzados, olhando ao seu redor. Toalhas brancas de linho cobriam as mesas de carvalho. No centro de cada mesa, viam-se pequenos vasos de cristal com uma rosa. Ainda que mantivesse tudo isso guardado, só os usava às vezes, em festas privadas.

- Anahí!

Tinha deixado ela sozinha tempo demais, maldita seja. Tinha tomado banho e se vestido em tempo record, escolhido uma camisa branca, uma calça jeans e botas de couro pretas , mas ainda assim, não havia sido rápido o bastante para evitar que essa mulher causasse problemas. Toalhas de mesa e flores, por Deus!

- Anahí! - gritou de novo e se dirigiu até a cozinha. - Onde demôn...?

Ele estava entrando quando ela saía. A porta lhe deu um forte golpe no nariz, causando uma dor e um palavrão potente.

- Alfonso Herrera, que modos de falar são esses? - disse ela passando sem notá-lo, com uma lousa nas mãos. - É sempre tão desagradável pela manhã?

- Desagradável? - perguntou com a mão no nariz, seguindo-a até a porta. - Você não sabe o que é ser desagradável! Mas garanto que vai descobrir muito em breve.

- Talvez você deveria mesmo ter ficado dormindo. Não deveria tratar com as pessoas se é assim que se comporta pelas manhãs.

- Pois se não se lembra, eu estava dormindo quando você invadiu meu quarto. E o que quer dizer com isso de que eu não deveria tratar com as pessoas?

Alfonso tirou a mão do nariz pra ver se sangrava. Por sorte, não.

- Você é uma ameaça com pernas para a sociedade e sou eu quem não deveria me relacionar com as pessoas?

- Por que está tão alterado? - disse ela, deixando no cavalete a lousa que tinha nas mãos. - E por que está segurando o nariz?

- Toalhas de mesa.

- Perdão?

- Isso é uma taverna, não uma casa de chá. Não usamos nada sobre a mesa.

Ela pareceu confusa.

- É por isso que está apertando seu nariz? Porque não gostou da decoração? Céus, Alfonso, isso não parece um pouco infantil, ainda que vindo de você?

Ele contou até dez devagar.

- Não. - disse entre os dentes. - Você mandou a porta da cozinha no meu nariz!

- Oh, não. Deixe-me ver.

Alfonso protegeu seu nariz e se afastou.

- Já fez o bastante, muito obrigado. Me conformo com apenas um hematoma.

- Pare de se comportar como uma criança. Só quero dar uma olhada. Nem sequer vou te tocar.

- Sim, claro, isso é o que todas dizem. - respondeu levantando uma mão para mantê-la afastada, mas ela seguiu avançando.

O acurralou contra o banco de madeira para os clientes do balcão, colocou as mãos em seus ombros e o fez sentar.

- E agora, fique quieto. - Ordenou, erguendo-lhe o queixo.- Hm, parece que está um pouco vermelho.

- Claro que está. Você me atropelou com a porta.

- Na verdade, parece que tem alguma coisa fora do lugar.

- E tem mesmo. Christopher o rompeu quando éramos adolescentes.

Ele estava gostando do contato dos dedos dela em seu rosto. Suas mãos eram suaves e quentes. E também cheirava bem. Como na noite anterior. Lavanda e algo mais.

Baunilha, era isso. Anahí cheirava a lavanda e baunilha. Combinava com ela.