Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

A menos que fosse um fim de semana prolongado ou a alta temporada de turismo, nas segundas-feiras, a taverna normalmente tinha tão pouco movimento, que Alfonso a fechava mais cedo e aproveitava o tempo para arrumar a papelada do escritório. Havia sempre livros de contabilidade a verificar, mercadorias a encomendar, sem falar que ele precisava preparar o cronograma de folgas dos funcionários e dar alguns telefonemas. Não eram tarefas que Alfonso gostava de fazer. Mas aceitava-as como a um mal necessário. Punha um CD para tocar e sentava-se à mesa do escritório, sem se esquecer de uma garrafa térmica com café.Já estava no escritório havia duas horas e não tinha conseguido fazer muita coisa porque só conseguia pensar em Anahí.

Com uma xícara de café nas mãos, girou a cadeira e olhou através da janela para o jardim que fora renovado. Na primavera e no verão, os canteiros enchiam-se de flores de cores vivas, mas como já haviam entrado no outono, a folhagem caíra, e somente uns poucos crisântemos ainda floresciam. Pela milésima vez, Anahí surgiu em sua mente.Após um dia de trabalho, apenas, a situação já saíra de controle. Quando entrara na sala de descanso no dia anterior, estava determinado a dar fim naquela palhaçada. Ela parecia tão cansada, sentada no sofá e com os olhos fechados! Tão inocente. Tão serena.

Alfonso sorriu. Com certeza nunca admitiria a ninguém, porém não só estava se acostumando com a presença dela, como também estava adorando tê-la por perto. Anahí dizia o que lhe vinha à mente, mesmo que fossem coisas que ele não gostasse, mas, assim, mostrava uma honestidade admirável. Não usava sua feminilidade para manipular pessoas. Nada de jogos, seduções ou flertes. Nada de biquinhos ou birras. Mesmo quando tivera de limpar as mesas, ou encher as bisnagas de catchup, realizara a tarefa sem nenhuma hesitação. Alfonso nunca imaginara Anahí Portilla anotando pedidos ou lavando pratos. Ela nascera em berço de ouro, mas não reclamara de nenhuma tarefa. Se Poncho não a conhecesse, diria que ela estava adorando trabalhar na taverna.

"Dizer que meu estabelecimento precisa de sofisticação!", Alfonso comentou consigo mesmo. "Isto é uma taverna, diabos!" Se a deixasse administrar a taverna, provavelmente ela poria nas mesas aquelas tigelas para lavar a ponta dos dedos e uma porção de talheres diferentes. Garfo e faca para peixe, garfo para isso, colher para aquilo.

"Vou continuar com a brincadeira por mais um ou dois dias", pensou. "Deve ser o suficiente para Anahí Portilla querer aban­donar o ringue."Sorriu e tomou um gole de café, observando uma borboleta voar para longe.

“Anahí só precisa de umas dicas de como relaxar e não levar tudo tão a sério o tempo todo”, disse a si mesmo.De repente, recordou que quase a beijara. Franziu a testa. Como desejara beijá-la!

"Mas que coisa! O que há nessa mulher, que ela me impede de trabalhar?", perguntou-se.

Jamais pensara em Any daquela maneira. Nunca notara como a pele dela era perfeita, como seus olhos eram azuis, como os lábios cheios eram tentadores. E quando ela ficara entre suas pernas e aproximara-se, deixando os seios a centímetros de seu rosto, ele simplesmente poderia ter...