Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

- Eu nunca faria dano a um animal.
- Não estava me referindo ao cachorro. - Respondeu Jaime fazendo cara de ofendido por ela pensar semelhante coisa dele. - Estava me referindo a Alfonso.
Anahí lhe dedicou uma olhada assassina e Poncho se deu conta de que seus irmãos estavam se divertindo a suas custas. Não os culpava. Se estivesse acontecendo com algum outro, ele queria um lugar na primeira fila para assistir. E pipoca. Mas se ia ter que brigar com Anahí Puente, preferia fazer isso sem público.
- Vocês não iam embora? - perguntou.
- Eu não. - disse Christopher ainda com suas cartas nas mãos.
- Não tenho pressa. - afirmou Fernando e começou a tirar de novo a jaqueta, o mesmo que Jaime. - Podemos ficar uns minutos mais.
- O jogo já acabou. - disse Alfonso e tirou as cartas das mãos de Christopher.
Ajudou também Fernando a recolocar a jaqueta, empurrou todos pra fora e fechou a porta.
- Muito bem. - disse então a Anahí. - Onde estávamos?
- Estava a ponto de me dizer que pretende manter o seu cachorro preso dentro do seu terreno e longe das minhas flores.
- Ah, sim. É isso.
Alfonso olhou o cachorro e se aproximou dela, surpreendendo-o o cheiro de lavanda e outra coisa que ele não conseguiu reconhecer. Duvidou um momento, o surpreendia que Anahí tivesse um cheiro tão... tão bom.
- O que?
- Ah, bom, vejamos. Boomer não gosta de ficar trancado. Desde que o encontrei na estrada e o trouxe pra casa, se deprime quando tenho de prendê-lo.
Boomer, que ouviu seu nome, levantou a cabeça e agitou o rabo.
- Se deprime? Talvez ele queira mais atenção da que você pode dar a ele.
- Isso não. Boomer recebe mais atenção que uma criança. Mas não suporta que o prendam. Necessita esticar as patas.
- Fernando acaba de comprar a casa em Witherspoon. E tem uma grande quantidade de terreno. Lugar de sobra pra que um cachorro estique as patas. Tenho certeza que Boomer seria muito feliz lá. Pode cavar o quanto queira.
- Eu não poderia fazer isso com ele. Já foi abandonado uma vez quando nasceu. Se eu também fizesse isso, ele não entenderia. Iria pensar que eu o abandonei.
Anahí ficou tensa e o olhou friamente.
- Como Derrick fez comigo? É isso o que está tentando me dizer?
Absolutamente, sequer passou pela cabeça de Alfonso dizer isso.
- Não, Any. Realmente, eu não...
- Esqueça, Herrera. Acredita que pode abrandar qualquer pessoa com esse seu sorriso e fazer com que eu sinta pena do seu cachorro e, com isso, conseguir que eu me vá. Mas eu não irei. A vida é só um grande jogo pra você, né? Incluindo esse bar que tem.
- Um momento, isso é uma taverna, não um bar. Tem uma grande...
- Talvez pense que eu estou exagerando ou que é irrelevante que o seu filhote tenha comido algumas flores, mas a sua falta de respeito pela minha propriedade é irresponsável e insensível.
- Ei, eu sou tão sensível quanto qualquer um.
- Se esse qualquer um for Derick James. - disse Anahí.
Isso irritou Alfonso. Ele não era como Derick. Já tinha ouvido insultos o bastante por uma noite. Olhou pra Boomer.
“ Isso é por ter salvado a sua pele.” - pensou.
Quer dizer que era um irresponsável? Que a vida era um grande jogo, é?
Bom, pois muito bem.
- Vou te falar uma coisa, Any. O que te parece se solucionamos isso com uma amigável partida de cartas?
- O que?
- Um jogo. Qual você quiser.