Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

- Bem, senhor, honestamente, quando Anahí apareceu aqui, pedindo minha ajuda, pensei em me recusar a ajudá-la - falou, então moveu a cabeça negativamente, suspirando. - Mas ver uma mulher chorar faz meu coração doer. Não tive como dizer "não".

- Any? Chorando?

Randolph mostrou-se surpreso, e Anahí, furiosa.

"Que tal colocarmos isso no relato detalhado que faremos a Christopher?", Poncho comentou consigo mesmo, zombeteiro.

- Então, pensei bem e decidi que também era de meu interesse dar auxílio a Any - prosseguiu. - Ter mais um restaurante como opção para o jantar atrairá mais pessoas das cidades vizinhas, até de Filadélfia. E mostrar um pouco da realidade a Anahí daria a ela uma chance de obter sucesso.

- Na verdade, Alfonso está exagerando, vovô.

- Muito bem pensado, rapaz - Randolph elogiou. - O aumento do comércio na cidade beneficia todo mundo. Já pensou em se candidatar a prefeito? Um homem com sua visão de prosperidade seria muito útil para o desenvolvimento de nossa cidade.

- Deixo a política para homens experientes como o senhor. - Poncho sabia que estava entrando em terreno perigoso, mas o juiz não parecia se incomodar. Any, contudo, estava obviamente incomodada. As faces dela estavam vermelhas de raiva. Quando o telefone celular de Randolph tocou, ele o tirou do bolso. Enquanto o avô falava ao telefone, Any deu-lhe as costas, olhou para Alfonso e murmurou palavras que não condiziam com sua educação de moça fina. Poncho apenas cruzou os braços e sorriu.

Quando o avô terminou de conversar ao telefone, ela fechou a boca e virou-se para ele. Praguejando, Randolph guardou o celular no bolso.

- Algo errado, vovô?

- Saí do gabinete faz menos de uma hora, e aquilo lá já está um caos - Randolph informou, irritado. - O rapaz que conserta a máquina de fax queimou um fusível, e agora estão sem energia elétrica. E a homenagem ao senador Johnson, na prefeitura, foi transferida para amanhã de manhã.

Já deixando os amendoins e Anahí em segundo plano, Randolph saiu da taverna. Ela o observou partir, então se voltou para Alfonso.

- Eu pedi sua ajuda, chorando? - questionou. - Pedi sua ajuda e você não teve como negar? - Aproximou-se dele e apontou o dedo indicador para o peito largo. - Como ousa dizer a meu avô que praticamente implorei que me ajudasse?

Vendo as faces coradas e os olhos azuis cintilando furiosamente, Alfonso concluiu que Anahí era linda. Olhou para o dedo acusador, apontado para o seu peito, e pensou em beijá-la de novo, mas seu bom senso prevaleceu.

- Eu só quis salvar sua pele, Any. O que seu avô diria, se soubesse a verdade? Que você jogou pôquer com o dono de uma taverna e perdeu? Você devia me agradecer.

- Agradecer? - Ela revirou os olhos e praguejou. - Depois das duas horas de sermão que terei de ouvir do meu avô por causa de minha falta de profissionalismo, virá uma hora de sermão sobre como devo me comportar diante de um homem. Você foi o único que se beneficiou com essa nossa absurda aposta, então, não espere nenhum agradecimento de minha parte.

- Tudo bem, Anahí.

Ela deu um passo para trás, quando ele tocou-lhe os cabelos para tirar uma casca de amendoim.

- Mas vamos terminar o que começamos - ela afirmou com determinação.

Alfonso sorriu.

- Com prazer. - disse.

Inclinou-se para a frente, deixando os lábios a centímetros dos dela. Anahí pestanejou e afastou-se.

- Ah, não! - exclamou, recuando e esmagando alguns amendoins. - Isso é uma coisa que não vamos terminar. Não vai acontecer nada entre nós, Alfonso Herrera.

Virou-se e afastou-se rapidamente.

- Não aposte nisso, Any. - Poncho disse baixinho, observando-a voltar para o salão.