Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

Os eventos, na família Herrera, sempre eram barulhentos, e a festa, naquele sábado à noite, não fugiu à regra. Todos estavam esperando na taverna, quan­do Fernando e Gabriela apareceram para o que pensaram ser apenas uma reunião de família para jogar conversa fora, tomar cerveja e comer pizza. Os dois não esperavam uma elegante festa na sala de jantar privativa, que incluía velas, rosas brancas e comida francesa, preparada e servida por Anahí Puente.

Como a taverna estava aberta aos fregueses, Alfonso ficava um pouco com a família, depois voltava para trás do balcão, pois o estabelecimento estava lotado. Ele remanejara os dias de folga dos funcionários e, naquele dia, estava com todos ali presentes, mas precisava ajudar seu barman, Teo. Até o momento, a noite vinha transcorrendo sem crises ou problemas que exigissem sua atenção.

A menos que colocasse Any numa daquelas duas categorias. Crise, não.

Problema, sim.

Poncho estava furioso, quando saíra do restaurante dela, ha­via dois dias. Não que soubesse o que desejava de Anahí, ou onde a inesperada atração entre eles terminaria. Mas não gos­tara dos comentários sobre sua moral, ou melhor, de acordo com ela, falta de moral. Tinha namorado muitas mulheres, mas isso não significava que não tinha escrúpulos.

"Essa mulher me deixa irritado", comentou consigo mesmo. Enquanto enchia uma caneca com cerveja para entregar a Josy, uma de suas garçonetes, observou Any sair apressada­mente da cozinha, carregando uma bandeja com pudim de pão enfeitado com uvas passas. Já que a cozinha do bistrô não estava totalmente pronta, até que o forno fosse calibrado, ela precisara usar a de Poncho para preparar o jantar festivo. Quan­do ela aparecera no dia anterior, durante a hora de almoço, para perguntar a ele se concordava, ele dissera "claro", então voltara rapidamente a atenção para os clientes sedentos do meio-dia.

Any, porém, permanecera no mesmo lugar, com os ombros retos e o queixo levemente erguido, como se tivesse algo para dizer.

"Bem, já dissemos muita coisa um para o outro", ele tinha pensado. "Mais do que o suficiente. Não vou gastar meu tempo pensando em Anahí Puente, noite e dia."

Lembrando-se de como a pele dela era macia, imaginando como seria soltar aqueles cabelos sedosos, o que ela faria, quan­do ele deslizasse as mãos por baixo de sua blusa e cobrisse os seios fartos, ele se distraiu completamente.

- Acho que já está bem cheio - Josy avisou, hesitante.

- O quê?

Poncho voltou à realidade, olhou para a garçonete e percebeu que ela estava falando com ele. A moça gesticulou com a cabeça na direção da caneca que ele estava enchendo. A cerveja estava transbordando.