Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

- Você se queimou? - indagou, preocupado

- Não, não, estou bem. - Any pegou uma toalha e lim­pou-se. - Está tudo bem.

- Tem certeza? Eu podia ajudar você, mas com certeza levaria um tapa na cara. - Christopher sorriu. - Mas valeria a pena.

Rindo, ela meneou a cabeça negativamente. Os homens da família Herrera eram cortejadores irremediáveis, charmosos e letais. Christopher estava com um olhar carregado de malícia e desejo, mas Any já estava com as mãos cheias de outro Herrera e não o trocaria por ninguém.

Poncho escolheu aquele momento para entrar no restaurante. Ao ver o irmão tão próximo de Any, atrás do novo balcão, com aquela mão calejada no braço dela, sentiu o sangue ferver. E os dois estavam sorrindo um para o outro!

- Posso saber qual é a graça? - indagou rispidamente, mantendo os olhos em Christopher. - Ou é algo só entre vocês?

Assustada, Anahí pulou para trás, mas Christopher virou-se vaga­rosamente, ainda sorrindo.

- Ei, Poncho. - O rapaz apoiou-se no balcão. - O que conta de novo?

- Nada.

Poncho olhou para Anahí e viu culpa nos olhos azuis, o que o irritou.

“O que ela fez com os cabelos?”, indagou-se. Olhou novamente para Christopher.

- E você, o que tem para contar? - indagou com aspereza.

- Acabei de instalar o balcão para Any. - Christopher levou a xícara de café aos lábios. - Sou o primeiro freguês a tomar café expresso.

- É mesmo?

Poncho não desejava que o irmão fosse o primeiro em nada que se relacionasse a Anahí, nem qualquer outro homem. Não estava gostando de ver Christopher tão próximo de sua garota.

- Quer café? – Anahí perguntou e virou-se para a cafeteira. - Faço num minuto.

- Que tal servir numa xícara de verdade? - Poncho replicou. - O pingo de café que deve haver nesse negocinho que o Christopher tem na mão não dá nem para molhar a língua.

Christopher olhou-o de testa franzida. Poncho sabia que falar na­quele tom irritado perto do irmão era pedir briga. Mas Christopher limitou-se a sorrir e tomou mais um gole de café. Poncho pegou a xícara que Any lhe ofereceu e ficou mais irritado ao perceber que ela evitava encará-lo.

- Vou passar água nessa mancha, ou ela nunca mais sairá. - Any falou, hesitante, olhando para seu suéter.

Poncho viu a mancha de café entre os seios dela, então per­cebeu que Christopher olhava para o mesmo lugar. Quando Anahí deu a volta no balcão, Alfonso quase se engasgou com o café. Ela usava uma saia preta que não tinha tecido suficiente para ser um pano de prato. As longas pernas bem torneadas estavam seminuas. Christopher aproveitou a chance para admirá-las.

- Não diga o que está pensando! - Alfonso alertou, quando Any já não estava mais no salão.

- Viu que pernas maravilhosas? - Christopher comentou, sol­tando um assobio. - Deus do céu, tenha piedade! Acho que estou apaixonado

- A menos que queira comer essa pequena xícara que você segura, não diga mais nada.

- Está com ciúme? Confesse, e estou fora.

- Não estou com ciúme. Nunca senti isso. Mas toque nela, ou olhe para ela desse jeito, ou pense o que você esta pensando, e será um homem morto.

- Vejam só! - Christopher exclamou, zombeteiro. - Esta atraído por Any? Nós estávamos imaginando aonde você vai, quando some e ninguém o encontra, nem em casa, nem na taverna.

Alfonso tinha o direito de ter uma vida particular, não tinha? Aonde ia ou o que fazia não era do interesse de ninguém.

- Any e eu... - Ele hesitou, tentando pensar nas palavras certas. - Estamos nos entendendo.

- É mesmo?

- Gostamos um do outro, gostamos de estar juntos. - Poncho tomou um gole de café. - É isso.

- Certo. - Christopher riu. - É por isso que começou a latir e esbravejar, quando entrou e me viu falando com ela? Você gosta de Anahí.

- Gosto. 

- Quando namorei Susie Hutton, e ela estava saindo com você, você nem ligou. - Christopher lembrou, adorando ver a ir­ritação do irmão. - Ou Mary Walinski. Ela largou você para sair comigo, e você não se importou. E gostava delas, não?

- Gostava de um modo diferente. E Mary não me "largou". Eu estava ocupado, e ela ficou entediada esperando meu tele­fonema. De qualquer maneira, Anahí é diferente

- Diferente do quê? - Any indagou ao retornar, ainda usando o suéter azul e a saia preta.

Poncho precisou controlar-se para não pegar o avental pen­durado ao lado do balcão para cobrir as pernas dela. Olhou ferozmente para Christopher, como se estivesse alertando-o. 

- Ou devo dizer diferente de quem? - ela insistiu, entre­gando um cheque a Christopher. - Obrigada, Christopher. Os balcões ficaram perfeitos

- Quando você quiser, e só me chamar - Christopher ofereceu charmosamente. - É só telefonar, Any. Tem o telefone de mi­nha casa?

Poncho sabia muito bem que o irmão só estava provocando-o, mas isso não diminuía sua vontade de querer dar um soco nele.