Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

- Srta. Puente? Há algo que quer que eu faça, enquanto esperamos? Já dobrei os guardanapos.

Any olhou para Enrique e sorriu.

- Vou mostrar a você como a cafeteira funciona - respondeu. - Assim, quando eu e Alice estivermos ocupadas com os pedidos, você poderá servir o café.

"Espero que isso aconteça sempre", pensou.

- Eu ouvi meu nome? - Alice indagou, abrindo a porta da cozinha e olhando ao redor. - Por favor, digam que chegou um cliente. Fiz um pudim que colocará qualquer homem a nocaute.

Anahí trabalhara a semana toda ao lado de Alice, organizando o cardápio e preparando pratos que podiam ser congelados. A maioria era criação de Any, mas sua chefe de cozinha também criava receitas deliciosas.

Ao ouvirem o bimbalhar da sineta da porta da frente, as três viraram a cabeça naquela direção, esperançosas. Era um homem usando o uniforme de uma oficina mecânica e um boné.

- Alguém chamou o socorro-mecânico? - indagou.

Anahí movimentou a cabeça negativamente e pensou em ar­rastar o homem para dentro e forçá-lo a sentar-se. Ele era muito mais alto e forte, porém ela estava tão determinada a ter um freguês, que achava que seria capaz de dominá-lo. Mas o homem resmungou alguma coisa e saiu, apressado

Quinze minutos depois, com a neve ainda caindo, e sem nenhum cliente à vista, Any ajeitava as toalhas de mesa de linho pela décima vez, enquanto Enrique praticava fazer capuc­cinos, e Alice preparava algumas receitas na cozinha. A porta do restaurante abriu-se de novo.

Um cliente! Era Griswald Mantle, que tinha comemorado seu octogésimo aniversário numa festa na taverna, na semana anterior. A esposa dele falecera no ano anterior, e ele passava a maior parte do tempo na taverna.

Por um momento, Anahí achou que talvez ele tivesse se con­fundido e entrado no restaurante por engano, pois ele fazia mais o tipo de cliente de Alfonso, mas ele seguiu direto para uma mesa, sem esperar que Enrique o acompanhasse, entregou a ela o casaco, sentou-se, prendeu o guardanapo no colarinho da camisa e pediu pão.

Bem, era um começo. No momento em que Anahí se aproxi­mava da mesa dele para dar-lhe as boas-vindas, a porta do restaurante abriu-se novamente. Daquela vez eram Margaret e Jimmy Metzer, proprietários da lavanderia que ficava na­quela mesma rua. Any levou-os até uma mesa, enquanto Alice trazia uma cesta com pão para Griswald.

O restaurante virou um pandemônio cinco minutos depois, quando o clã dos Herrera chegou: Maite e Christian, Jaime e Angélica, Fernando, Gabriela e Kevin.

- Desculpe o atraso - Maite pediu, tirando o cachecol do pescoço e meneando a cabeça para tirar os flocos de neve dos cabelos. - O tráfego está muito lento. Oh, Any, que lugar lindo!

- Você não devia ter vindo com esse tempo. Não se esqueça de que está grávida - Any falou, mas estava muito feliz por vê-los.

Enquanto ela pegava os casacos, Enrique e Alice apressaram-se em levar-lhes cestinhos de pão e copos com água.

Christopher apareceu, acompanhado de Louise Wittmeyer, uma bela loira que era gerente de uma loja. Ken e Jan Stockton, criadores de cavalos, entraram no restaurante atrás do casal. Enrique anotava os pedidos, e Alice ajudava a servir.

Pela primeira vez na vida, Any sentiu-se completamente viva. Enquanto caminhava por entre as mesas, observou seus clientes saborearem a comida e sorrirem.

Então, Alfonso apareceu.

Anahí segurou com firmeza a garrafa de vinho que tinha aca­bado de tirar da pequena adega. Respirou fundo. Poncho tinha flocos de neve nos cabelos e nos ombros do casaco. Olhou ao redor e viu-a. Sorriu. O coração dela disparou. Mesmo com o restaurante cheio, no meio o barulho das conversas, e Any tendo a obrigação de atender os clientes, subitamente pareceu que no mundo só existiam ela e Alfonso. 

E de repente, sem mais nem menos, ela descobriu de que o amava.