Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

Todos viraram-se para a porta ao ouvirem a voz de Alfonso. Ao vê-lo, Any sentiu a boca secar. Ele ainda usava o mesmo terno que usara na festa de casamento, estava com os cabelos desalinhados e com a barba por fazer.

“Parece que não passou a noite em casa”, pensou, en­quanto pensava no que fazer em seguida.

Sentindo que ele a olhava fixamente, encarou-o. Alfonso olha­va para sua mão pousada na de Christopher. Notou que ele não gostara de ver aquele gesto. No entanto, ao aproximar-se da cama, ele deu total atenção ao irmão. Ela tirou a mão de cima da de Christopher e afastou-se.

— Como está? — Alfonso indagou ao irmão.

— Tenho belas enfermeiras para cuidar de mim e mulheres bonitas ao redor de minha cama — Christopher respondeu. — Talvez eu morra e vá para o paraíso.

Poncho franziu a testa.

— Isso não é nada engraçado, mano — retrucou. — Vi sua caminhonete sendo guinchada. Está tão bonita quanto sua cara neste momento.

— Que inferno! Eu gostava daquela caminhonete.

A conversa continuou, e Any abriu a porta do quarto e saiu. Andando pelo corredor, lutava para não sair correndo. Suas emoções estavam em turbilhão. Alfonso não passara a noite em casa. Era óbvio. Poderia ter sido ele a ser encontrado inconsciente ao lado de sua caminhonete. Talvez não tivesse a mesma sorte que Christopher. Quando Alfonso entrara no quarto, Anahí quisera jogar-se nos braços dele, beijá-lo nos lábios e dizer que o amava. “Ainda bem que consegui me controlar”, pensou.

— Any! Espere.

Anahí parou ao ouvir a voz de Maite e virou-se.

— Venha tomar um chá comigo — a moça pediu. — Depois de toda essa agitação, meu filho e eu precisamos nos acalmar. — Sorriu e pôs a mão na altura do estômago. Quando viu Any hesitar, segurou-a pelo braço. — Por favor.

Elas foram à lanchonete do hospital, sentaram-se a uma mesa e pediram duas xícaras de chá. Maite olhou por alguns segundos para sua xícara, então falou:

— Sabe que ele ama você, não sabe?

Anahí fitou-a.O quê? — indagou.

Maite tomou um gole do chá.

— Os homens conseguem ser tão... bem, homens — comen­tou. — Querem acreditar que são criaturas dominantes e que ninguém pode controlá-los, então batem no peito e pulam feito macacos. Mas quando vêem que agiram ridiculamente, ficam como filhotinhos de cachorro, querendo atenção.

— Você está errada, Maite. Ele não me ama. O que tivemos foi... — Anahí hesitou e sentiu lágrimas nos olhos. — Sexo, só sexo.

— Não brinque consigo mesma, Any. Nunca vi meu irmão olhar para uma mulher como ele olha para você. E, acredite, já o vi olhando para muitas mulheres.