Fanfic: Inimigos Apaixonados (Ponny) (Finalizada) | Tema: Anahí e Alfonso Herrera

Anahí ficou olhando para sua xícara de chá durante muito tempo, depois de Maite ir embora. Não estava com vontade de assar pãezinhos, ou biscoitos com gotas de chocolate, mas tinha de preparar as sobremesas para servir no restaurante naquela noite, e as mesas precisavam ser arrumadas.

Levantou-se, ajeitou seu casaco e saiu da lanchonete.

— Esta noite temos peixe grelhado com batatas e salada de feijão branco, filé mignon grelhado com batatas assadas na manteiga...

Anahí recitava os especiais do dia para Max e Eileen Brenner, que tinham ido ao restaurante três vezes, desde a inauguração. Em apenas duas semanas, muitos clientes já haviam jantado no Petit Bistrot mais de uma vez, sem falar nos clientes que tinham se tornado costumeiros na hora do almoço: algumas senhoras da alta sociedade da cidade, homens de negócios e mulheres de carreira que queriam impressionar seus clientes com algo mais do que sanduíches e saladas.

Até o avô de Any tinha dito que ela estava realizando um excelente trabalho, embora achasse que ela errara na escolha da profissão. Naquela noite, ele estava no restaurante com um grupo de advogados de Ridgeway e as esposas deles, e Anahí ouviu-o falar ao grupo de sua decepção quanto à carreira es­colhida pela neta.

Ela quis trancar-se em seu quarto e chorar.

Estava grata por ter muitos clientes naquela noite, o que a mantinha ocupada. Trabalhar era a única coisa que mantinha seus pensamentos longe de Alfonso e do que Maite havia dito naquela manhã, no hospital.

“Ele ama você”.

Não, Alfonso não a amava. Apesar do que Mai dissera, Any estava certa de que o relacionamento deles fora puramente físico. E ela queria mais do que isso. Um solteiro feliz como Alfonso Herrera não resolvia assumir um compromisso sério da noite para o dia, como a esnobe neta do honorável juiz Randolph Puente.

Any preferia pensar que tinha se tornado uma pessoa menos calculista e que não levava tudo a sério o tempo todo, porém basicamente era a mesma pessoa de sempre. Fosse lá com quem se casasse um dia, essa pessoa teria de amá-la do jeito que ela era, com todos os seus defeitos.

— Fiz ravióli de alcachofra, pensando em vocês dois — Anahí dizia a Max e Eileen, quando percebeu a entrada de Maite e Angélica no restaurante. — Vou mandar que alguém traga um pouco para vocês experimentarem, por conta da casa, enquanto escolhem seus pratos.

Pediu licença e foi se encontrar com Angel e Mai, que ti­nham acenado para ela e sentado numa mesa que Anahí chamava de “última escolha”, não só por que proporcionava uma visão direta da cozinha, mas também porque havia um passa-passa de funcionários a todo o momento. Any perguntou-lhes se não queriam trocar de mesa, mas elas disseram que estavam bem ali.

— Como está Christopher? — indagou. 

— Eles o mandaram para casa ao meio-dia — Maite res­pondeu com um sorriso nos lábios. — Provavelmente para im­pedi-lo de atacar as enfermeiras. Já que o vi flertando com uma morena, tenho a sensação de que ele terá cuidados espe­ciais em casa.