Fanfic: Serviteur Tentation | Tema: Maid
Não havia mais o som daqueles sinos que balançavam enquanto a promessa ainda era mantida, enquanto os corações eram aquecidos por palavras que, com apenas questão de segundos, foram rasgadas e trituradas com o vento gélido. Anna sentia seu corpo todo tremer, não estava nervosa, triste muito menos, apenas possuía metade do seu cérebro congelada, seu corpo pareceu se desligar, nenhum mecanismo lhe obedecia, era apenas um piloto automático agindo por conta própria a levando até a beira do desespero, sua garganta seca mal conseguia puxar o fôlego para fora, seus dentes rangiam uns nos outros, pensava em abrir a porta, pensava seriamente em acabar com todos naquela mansão, seus olhos se mantinham arregalados e sua face era tomada por uma expressão insana e sádica, aos poucos começava a sorrir querendo ver sangue jorrado por todos os cantos, estava faminta para furar um coração e estraçalhar corpos, seu treinamento foi mais rígido do que Keiichi podia imaginar, era usada como uma cobaia para matar bandidos e quem seu chefe ordenasse, foram tempos em que deixou seu coração trancado, apenas a frieza e o gelo cobriam seu corpo e alma, o espírito só foi revigorado quando ela estava a caminho da mansão dos Otanawa. Sua mente gritava por favor, para libertá-la daquela prisão, novamente, se via encurralada em um mar de espinhos que a perfuravam dolorosamente, depois de todo esse tempo, as coisas acabariam rapidamente, tudo era em vão. Mas por um segundo, a empregada se afasta, por mais que estivesse abalada, seus sentimentos pelo garoto ainda permaneciam intocáveis, ela se virava no corredor, e com certa velocidade abria a janela do seu quarto e corria, apenas corria em direção a algum lugar.
– Se eu estivesse aqui antes... se eu fosse contratada antes... era tudo uma ilusão então? Ele só estava interessado em meu corpo? Por quê... daquelas palavras então? – Anna não se conformava com o que estava acontecendo, era apenas um sonho, queria que fosse um pesadelo macabro, fechava os olhos enquanto corria com as estrelas forradas no céu iluminando seu corpo branco, trajando apenas sua camisola vermelha, descalça, não se importava com mais nada a seu redor, apenas possuía uma faca e desejo de sangue, queria ver corpos espalhados por toda a cidade.
– A garota parava sobre um poste que piscava defeituosamente, ela olhava para baixo com um semblante assustador, virando seu pescoço rapidamente para cima, via a luz se acender e apagar, como se seu mundo fosse tomado pela escuridão que nunca acabava, a luz que aparecia aos poucos era apenas uma ilusão para aumentar as feridas. Falsas esperanças, ela estava cansada de viver uma vida sendo traída e enganada, todos a deixariam no final, era só ela e seu prazer por matar. Sabia que já estava cercada por vários homens de Maria, ao sair da mansão, era óbvio que alguém estaria vigiando, ainda mais sozinha, era a oportunidade para um segundo round. 10 homens apareciam a cercando na rua, Anna balançava a cabeça negativamente, estava desapontava pela covardia e audácia de Maria ao mandar apenas meros peões descartáveis que seriam pisados como baratas e jogados no esgoto.
– Que decepção, hein? Bom, se eu não posso mais servir o mestre, apenas vou limpar o território e voltar para a Europa e matar aquele verme, então, eu me desculpo se for breve com vocês, meus caros, agora então, sintam-se honrados por serem mortos pela Terese 48. – Anna sorria sadicamente ao direcionar suas palavras aos homens todos bem armados, mas dessa vez, com katanas. Eram profissionais em kendo e esgrima, os melhores de Maria, não haviam como perder da ruiva que possuía apenas uma faca, mas para rotulá-la com um nome, não podia ser uma arma qualquer.
O primeiro dos homens fazia seu movimento, ele corria em direção a Anna com a espada apontada para seu peito, por trás da mulher, outro homem vinha em posição para cortar suas pernas, Anna nem se mexia, deixava eles chegarem o mais perto possível, com o primeiro, que vinha com a espada com a lâmina apontada para seu peito, ela esticava um de seus braços, o colocava embaixo da lâmina que estava para perfura-la e com um sútil movimento para cima virando o fio com seus dedos, virava a lâmina para o pescoço do rapaz o decipando enquanto sangue jorrava por todo seu corpo, mal movia seus pés, apenas seu braço direito. Antes do corpo do rapaz cair no chão, Anna, ao perceber o rapaz chegando por trás e o vento da katana raspando por suas pernas, a empregada, com um mortal para trás parava em pé sobre as costas do homem que apenas cortava o ar sem perceber o pulo ágil da mulher.
– Acha que com essa velocidade vai se quer me arranhar? Patético mesmo. – Sem usar sua faca, Anna usando apenas uma de suas pernas, dava um leve chute no pescoço do rapaz, destroncando-o de imediato fazendo o mesmo cair no chão enquanto a empregada saía de cima do mesmo.
– Será que ninguém aqui vai ser capaz de me fazer usar a Terese? Isso me deixa puta! - Os homens que restaram, ao verem dois de seus rapazes aniquilados em questão de segundos sem Anna nem mesmo usar sua faca, atacavam em conjunto. Quatro deles, atacando de todas as direções se dirigiam até a mulher como brutos vorazes a procura de vingança.
– Tomados pela raiva, só vão ser mortos mais rapidamente, inútil. – Anna não percebia, mas mais um outro homem a atacava por cima, caindo sobre sua cabeça com a lâmina preparada para cortá-la ao meio. Em uma reação rápida, a garota levanta sua faca bloqueando o ataque do oponente, e antes que os outros a matassem, ela dobrava seus joelhos inclinando sua coluna, pensa quase de costas ao chão, com sua perna direita arremessava o homem com a katana pressionando sua faca para trás, interrompendo o inimigo que vinha por trás, e com a mesma perna que havia arremessado o homem, dava uma rasteira pelo que vinha pela frente, erguia novamente sua coluna e bloqueava o ataque do rapaz do canto esquerdo com sua faca, deixava com que a katana quase encostasse em seu ombro, mas ainda com a faca a protegendo, ela segurava a cola da camisa do homem o colocando sua frente sendo cortado pelo que vinha do lado direito. Com dois mortais rápidos para trás, Anna se afastava e sorria, já empolgada.
– Finalmente vão me proporcionar um pouco de diversão. – Após ouvir Anna, um dos homens, correndo em sua direção, sorria já criando uma vantagem para si:
– O que você é capaz de fazer com essa faca de merda, HEIN!? – Ele sacava mais uma katana de sua cintura, e com as duas armas atacava a mulher pelas costas, que somente levando seu braço para trás, continuava a olhar seus inimigos em sua frente e caçoava do homem que em um movimento covarde tentava apunhalá-la pelas costas:
– Você sabe o significado do nome Terese 48? – O homem, com suas duas katanas sendo bloqueadas pela pequena faca de Anna fazia força deixando suas veias aparentes na face, indagado com o nome do instrumento.
– Hein? – Antes que ele pudesse se quer pensar na possibilidade do nome dado á faca da garota, Anna, levantando seu braço, quebrava as duas katanas do capanga de Maria e cortava seu rosto no meio, fazendo mais sangue cobrir aquela rua vazia e escura.
– Bom, esse foi o de número 49 que foi cortado pela Terese. E cortado quer dizer morto. – Todos os homens, gritando desesperados atacavam de uma só vez, mas Anna, sem muita dificuldade, acaba com um por um, seu corpo já estava manchado com o sangue nojento dos seres que rotulavam como inferiores á sua espécime, a camisola vermelha já não criava contraste com sua pele toda rubra, parecia uma mancha vermelha no meio da rua.
Na mansão, Keiichi e Sasami dormiam abraçados na cama depois de uma longa transa. A garota estava totalmente acabada, Keiichi parecia mais eufórico do que o comum momentos atrás, ela mal conseguia sentir seu corpo, apenas segurava a cintura do jovem se aconchegando no calor de seus braços. Keiichi estava sonhando, sonhava com uma jovem garota com cabelos curtos, uma garota que chorava sentada em uma escada, as lágrimas caíam como ácido e se afundavam no chão, seus olhos já estavam roxos, mas o rapaz só podia observar, estava acorrentado meio a uma parede que o prendia em um espaço vazio. Assustado, ele acordava com falta de ar e dava um salto da cama. Sasami continuava a dormir, mesmo com o pulo do garoto, Keiichi ao olhar para seu corpo despido, e vendo Sasami deitada também toda sem vestes, logo relembrava tudo que tinha feito, seu corpo ainda parecia meio quente, tentava se levantar, colocava suas roupas e saindo do quarto, ia em direção as escadas, mas tudo ficava escuro, e então ele desmaiava e era pego por Lenon que já estava ciente de tudo que estava acontecendo.
Finalmente, depois de aniquilar os dez homens, Anna ouvia sirenes de polícia se aproximarem, sem preocupação, ela caminha lentamente até uma praça metros dali, se sentava em um banco, seus olhos eram vazios, sem sentimentos, sem emoções, apenas coberta de sangue desejando mais, mais, ela não iria sossegar até acabar com tudo e todos. Olhando para baixo, ela via uma silhueta se aproximar do banco onde estava sentada, já sabendo de quem se tratava, Anna não fazia nenhum movimento.
– Ora ora, então, parece que a minha cria está de volta! Foi ótimo mandar aqueles vermes para serem mutilados por você, finalmente parece que meu brinquedo está de volta ♥ – Maria aparecia trajando uma roupa de couro bem apertada, estava sozinha, por incrível que pareça, levava uma de suas mãos até o queixo de Anna, que ainda com a expressão fechada, tentava não olhar para os olhos da loira.
– Vamos andando, você precisa tomar um ótimo banho e se preparar meu amor. – Anna apenas se levantava, parecia rendida, sem crer em mais nada. As duas seguiam na direção de um carro estacionado na frente da pequena praça, até que o celular de Anna que estava preso em sua coxa amarrado com um cinto elástico tocava. Ambas interrompiam seus passos, Anna pegava o celular e via que se tratava de Lenon.
– Lenon, peço que não me ligue mais, vou abandonar esse celular a partir de agora. – A garota dizia em um tom de voz frio atendendo ao celular, afastava o telefone de seu ouvido sem ouvir a resposta de Lenon, até que ela ouve algumas palavras do empregado que fazem seus olhos criarem vida novamente:
– Você está cometendo um engano Anna-San, os exames do jovem mestre ficaram prontos, e ele foi dopado com uma substância desconhecida que causa impulsividade, agressão e perca de consciência, ele... – Antes que a empregada pudesse ouvir mais alguma coisa, Anna era pega por Maria que injetava uma seringa em seu pescoço, deixando a ruiva totalmente em suas mãos.
– Agora não tem mais jeito, pretendia que você voltasse até mim tranquilamente, mas esse velho maldito estragou tudo, bem, assim é melhor, agora posso abusar a vontade de você. – Maria chama dois de seus homens, ambos pegavam Anna e a levavam até o carro que os esperava. Maria havia planejado tudo de antemão, assim que nocauteara Keiichi, horas atrás no depósito que se encontravam, um dos homens de Anna lhe aplicou uma injeção do novo produto que estavam produzindo, tal droga fazia com que o usuário se sentisse com total prazer espalhado por seu corpo, um tipo de LSD mais forte que fazia as pessoas sentirem atração pela primeira que estivesse em sua frente, por sorte, parece que Keiichi só sentiu as reações perto de sua irmã, havia claro, um traidor dentro da mansão dos Otanawa para avisar a Maria de tudo que acontecia por lá, e agora, Anna fora raptada pela mulher enquanto Keiichi, apenas continuava desmaiado nos braços de Lenon.
Autor(a): kyohisagi
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