Fanfic: Te Juro Amor Eterno {DyR}

Te juro Amor eterno (Primeira e segunda temporada):

Diego olhou, olhou e nada. Porque essa menina não aparecia, poxa? Tava um tempão esperando ela dar sinal de vida e nada. Será que tinha acontecido alguma coisa? Desviou esse tipo de pensamento, não era bom ficar imaginando coisas e ainda mais ruins. Mas já estava preocupado, ela sempre ficava ali, olhando o céu quando escurecia, porque diacho ainda não estava no lugar dela?

Fazia mais de três meses que vinha observando a venenosa, a tal da Roberta Pardo. No começo deu risada de si mesmo. Imagina, ele, Diego Bustamante, ficar prestando atenção numa garota sem nada cativante. Foi se passando os dias e percebeu que não conseguia tirar os olhos dela, parecia um imã, uma força maior que ele. Observava o jeito dela andar, falar, de como roia as unhas, dava uma risada sonora… de como ela era “simpática” com ele. Havia prestado atenção em tudo. Até se achou meio paranóico quando descobriu o lugar secreto que ela usava para se esconder dos demais. Ali, ele conseguia ver um lado de Roberta Pardo que ninguém conhecia. O lado sensível…

Ele se surpreendeu tanto com o jeito meigo dela, falando sozinha, rindo com suavidade, enquanto olhava a lua, as estrelas, enfim, enquanto estava sozinha com ela mesma. Ficava feito bobo admirando aquela menina linda, terna, que quando estava no meio dos demais, se fazia de durona, barraqueira. Ele mesmo havia sido uma das vitimas. Mais se contasse pra alguém como realmente era Roberta, não acreditariam!

Se moveu um pouco, ficar entre dois pilares de concreto estava desconfortável, mais o que não fazia para ver a “Roberta sensível”?

Ficou em silencio quando ouviu uns passos pelo corredor. Sim! Era ela! Conhecia a cabeleira ruiva de longe! Hoje estava com um mini-short, que com certeza usava pra dormir, e uma blusa de manga comprida. Trazia na mão um caderno… não… pra ser mais exato, um diário.

Roberta parou no fim do corredor e inalou o cheiro de ar fresco. Ele se derreteu com aquilo. Tinha um cheiro forte de pinheiro adocicado, que relacionava com ela. Porque esse era o perfume que ficava no ar desses momentos de tranqüilidade.

“Ai, Robertinha, se Gastão te pega pelo jardim, é advertência na certa”, disse ela, com a voz calma.

Diego esperou-a sentar no lugar de sempre e ficou vidrado nela.

“Bem, hoje eu acho que começo a escrever no meu diário”, levantou o caderno e sorriu. “E a primeira coisa que vou escrever é sobre o Deco!”, acrescentou, toda animada.

Diego ficou chateado pelo que ouviu. Deco? Quem era esse bendito Deco?

Não! Não queria nem imaginar que poderia ser o namorado dela. Morreria se fosse verdade.

Roberta pôs-se a escrever, determinada e ele ficou a espreita, esperando.

Os minutos foram passando e Diego já estava cansado de ficar em pé, no meio de duas paredes de concreto, só que, continuaria mais um pouquinho ali. *.*

“O que será que você tanto escreve sobre esse Deco?”, pensou ele.

Ela deu uma pausa, fechando o caderno e olhou para o céu.

“Nossa, que noite bonita. Deve ser por isso que tô tão inspirada pra escrever.”, suspirou, “Ai, Deco… mal vejo a hora de você entrar nesse colégio”, ficou irritada, “Só tem gente idiota aqui… o Poncho até quem é lega, supercamarada, mais tem outros que minha nossa, um exemplo deles é o Diego. Ô garoto chato”.

Ao ouvir aquilo, Diego ficou triste, magoado. Poxa, não sabia que ela pensava assim dele, tá certo que se bicavam de vez em quando, só que, havia parado de implicar com ela, quando descobriu que Roberta era muito especial.

Ficou até desanimado em continuar ali. Credo, a garota nem o conhecia direito e já tinha uma visão totalmente horrenda. Isso também era culpa dele, que no começo, fazia de tudo para infernizá-la. Se Roberta tivesse se apaixonado por outro, era de se entender, realmente havia sido um idiota com ela.

“Queria saber porque ele me odeia tanto”, disse.

“Mais eu não te odeio! Eu te amo”, pensou Diego.

“Eu sabia que ele era um filhinho de papai. O jeito que se comportou quando eu cheguei, entregou tudo. Além disso, o garoto se acha o maior garanhão do pedaço. Tenha dó”, concluiu Roberta.

“Credo! Olha só o que ela pensa de mim. Jesus! Tenho que dar um jeito nessa situação”, falou para si mesmo.

Mais de que forma? Roberta nem deixava ele chegar perto. Tinha que pensar em alguma coisa, numa coisa que realmente desse certo. Talvez começar a se mostrar mais interessado nos assuntos dela ou então, chamá-la para fazerem os deveres juntos. Sabe lá! Qualquer coisa!

Parou de pensar, quando a viu se levantar e começar a cantar uma musica bem baixinho, mais audível.

“Meus pés não tocam mais o chão

Meus olhos não vêem minha direcção

Da minha boca saem coisas sem sentido

Você era meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor

Somente o sonho ameniza minha dor

Mas e depois? E quando o dia clarear?

Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você

E o vento me traz o que eu quero esquecer

Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar

Nos teus braços é o meu lugar

Contemplando as estrelas minha solidão

Aperta forte o peito é mais que uma emoção

Esqueci do meu orgulho pra você voltar

Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo e tive que te ver partir

E a minha alma sem motivo pra existir

Já não suporto esse vazio quero me entregar

Ter você pra nunca mais nos separar

Você é o encaixe perfeito do meu coração

O teu sorriso é chama da minha paixão

Mas é fria a madrugada sem você aqui

Só com você no pensamento

Eu corro pro mar pra não lembrar você

E o vento me traz o que eu quero esquecer

Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar

Nos teus braços é o meu lugar

Contemplando as estrelas minha solidão

Aperta forte o peito é mais que uma emoção

Esqueci do meu orgulho pra você voltar

Permaneço sem amor, sem luz...

Meu ar, meu chão é você

Mesmo quando fecho os olhos

Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você

E o vento me traz o que eu quero esquecer

Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar

Nos seus braços é o meu lugar

Contemplando as estrelas minha solidão

Aperta forte o peito é mais que uma emoção

Esqueci do meu orgulho pra você voltar

Permaneço sem amor, sem luz, sem ar…”.

Diego ficou mais apaixonado ainda quando a ouviu cantar. Que voz! Além de meiga, sensível, linda, inteligente, Roberta cantava e muito!

Ficou olhando-a, abobado, enquanto Roberta suspira e pressionava o caderno com força contra o peito.

“Ai, se você estivesse aqui pra me escutar”, ela resmungou e fez bico, “Mais não, você tinha que estar nesse bendito show em Londres. Onde já se viu, me largar aqui, pra acompanhar o irmão até a Inglaterra. O Deco não tem jeito”.

Mais uma vez Diego ficou chateado. Poxa, ela estava cantando essa musica pensando no tal Deco? Roberta deveria estar apaixonada por esse garoto. Isso era de desanimar a qualquer um.

Meio bolado com essa história, ele olhou para o céu e fez um pedido…

“Meu Deus, me dê uma oportunidade de amar e ser amado. Sei que não tenho sido uma boa pessoa, nem um bom filho, mas…”, olhou Roberta, “… Eu amo demais essa garota! Amo”. Dito isso, em sussurros misturados com uma emoção tão profunda, que nem ele sabia explicar, continuou observando-a.

De repente, sentiu um ar gelado no ambiente.

O rumo do vento havia mudado… seria esse um sopro do destino?

   Espero q gostem.........