Fanfic: Te Juro Amor Eterno {DyR}

Na tranqüilidade mais recente que poderia ter, Roberta se sentou para comer seu sanduíche. Viver no Elite não era fácil, tinha que ficar a base dessas comidas sem nutrientes, estava sentindo diferença nos cabelos, que antes eram mais cheios de vida e agora pareciam escorridos, feios.

As aulas tinham durado uma eternidade nessa manhã e ainda tinha o fato de estar exausta, por cuidar do Bruninho no dia anterior, a tarde toda. O menino ficava toda a hora querendo mamar e ela… tinha que cuidar para não ser vista por ninguém, entrando e saindo com ele e a mamadeira do quarto. A sorte grande era que maioria estava se ocupando de alguma coisa, bagunça na certa, já que Gastão estava bem longe. Havia passado maus bocados o dia inteiro, até que Kéti chegou e ficou cuidando do menino.

Nunca imaginou que era tão trabalhoso um nenê de colo. Via as outras mães andando com seus filhos, alimentando-os, dando atenção e sempre se perguntara o porque de tanto estresse com as crianças. Em menos de um dia, já sabia todas as respostas para suas duvidas. Realmente, ter filhos não era fácil.

Suspirou com exasperação. Iria tomar um banho e fazer os deveres que precisava, antes de trocar de turno com Kéti.

“Onde esteve, Roberta? Revirei o colégio inteiro ontem atrás de você… na aula nem me deu bola… que foi?”. Diego parou na frente dela.

“Ai, hoje não é o meu dia”. Ela contestou, desanimada e irritada. “Porque você não dá um tempo, sim?”.

“Que…? Vai ficar desse jeito agora? Não te fiz nada, Roberta”.

“É realmente não me fez nada, mais não estou de bom humor”. Nem o olhou, para evitar dizer o que sentia.

{Não fez nada… só na sua visão, porque fez sim… me matou de ciúmes, me decepcionando} pensou Roberta.

“Tá vendo?!”. Exclamou cheio de razão. “Então porque tá se fazendo de difícil?”.

“Difícil?”, o fitou dessa vez, braba. “Eu simplesmente estou na minha, Dieguinho”.

“Ah, mais não quer falar comigo… agora que me olhou de verdade. O que foi? Ficou chateada pelo de ontem?”. Provocou.

“Que?”. Fez-se de desentendida. “Escuta, na boa, me deixa em paz, tá certo? Tô cansada e não quero conversa com ninguém. Adeus”. Levantou-se, indo, mais ele a deteve. Voltou-se para encara-lo. “Que é? Nem poder ir pro meu quarto eu não posso mais?!”.

“Não antes de me dizer porque está de mal-humor? É TMP?”.

“Larga de ser imbecil”. Puxou o braço com força. “Porque você não entende? Aliais, porque você não “me” entende?! Tô cheia de você”. Passou por ele, indo, mais foi detida novamente.

“Não vou deixar você ir tão fácil”. Falou Diego, com expressão séria.

“Tá. Você me venceu. O que foi?”. Esperou, respirando fundo.

“Me diga, porque saiu correndo ontem, quando Marisa me beijou?”.

A pergunta fez Roberta dar uma mordida ansiosa no sanduíche. Queria pensar em alguma coisa rápida pra falar, mais o cérebro tinha paralisado e o olhar dele não ajudava muito. Sentia-se cada vez mais irritada.

“Porque eu saí correndo?! Não é obvio?! Estava sobrando ali!”. Mentiu, largando o resto do sanduíche na mesa, porque sentia que essa conversa iria longe.

“Isso não é verdade… quantas vezes você me viu sendo beijado e ficou ali, sem mesmo dar bola? Pra mim… você ficou com ciúm…”.

“Diego! Nem me venha com esse papo de ciúmes, porque é um grande absurdo!”. Suspirou, passando a mão no rosto. “Eu estou dizendo a verdade, ou será que não? Porque realmente, estaria atrapalhando se ficasse entre vocês”. Tentou se safar.

“Somos amigos… não é? O que tem de mal um amigo ver o outro sendo beijado? Ele não sairia na mesma hora por uma coisa tão banal”. Sorriu Diego, satisfeito por ter deixado-a sem resposta.

Mais Roberta disse com clareza:

“Apenas estava me poupando de ver você com a sem-vergonha. Não percebe que eu odeio o Diego pegador? Prefiro o normal, que não fica dando bola pra rabo-de-saia”.

“Mais Roberta, você viu que foi ela quem me beijou. Eu não fiz nada!”. Defendeu-se.

“Há, mais com certeza que não fez. Estava gostando”. Roberta fechou a cara.

“Assim que você se foi, eu a dispensei”.

“Pensa que eu acredito? Aliais…”. Coçou a nuca. “Não me importa com que você fique… está bem claro que… foi meio idiota a minha reação ontem. Foi mal”.

Diego se aproximou, pegando-a pelos braços, enquanto fitava-a.

“Será mesmo, Roberta?… Foi idiota ou foi puro ciúmes?”.

“Do que tá falando, Diego?”. Perguntou, nervosa pela cercania dele. “Eu não tenho ciúmes de você”.

“Claro que tem, está mais que na cara! Obvio que mexo um pouco com os seus sentimentos”.

“Ficou doido é, Diego?”. Riu, tentando disfarçar, mais no fundo estava com o coração disparado. “Se você mexe com os meus sentimentos, deve ser com os nervos, porque me irrito fácil, fácil, quando estamos juntos. Também, você é um baita de um filhinho de papai mimado e…”.

“Roberta, para te me insultar! Só está fazendo isso pra se garantir, mais você não escapa. Está apaixonada por mim, admita!”. Diego ficou tenso, ansioso, nem ele mesmo acreditava nas próprias palavras. O que havia acontecido? Será que à conversa com Mike ontem tinha afetado os neurônios dele? Jesus!

“Diego, é sério… você está ficando louco”. Riu.

“Provemos isso”.

A trouxe de encontro a ele e a beijou. Finalmente seus lábios se encontravam com os de Roberta, acariciando-os com ânsia. Abiu caminho com a língua, pondo as mãos nas costas dela, num leve impulso de prende-la ali, para que não pudesse se safar. Mais Roberta não queria ir, estava correspondendo ao beijo no mesmo nível, respirando forte. Depois de tanto tempo esperando por isso, queria mais era aproveitar.

Pôs as mãos na nuca de Diego, tratando de prolongar esse beijo, mais ele se afastou, colocando a testa com a dela, com os olhos fechados. Respiravam juntos.

“Tá vendo, Roberta…”. Ele sussurrou. “Você me quer… admita. Correspondeu ao meu beijo, não negue mais”. Subiu uma das mãos para o cabelo dela.

“Para… você está confundindo as coisas…”. Disse ela, sem jeito.

“Não, quem está confusa é você, Roberta. Por favor… eu te peço, por mim, por nós… diz a verdade”.

Roberta fingiu não escutar isso e se afastou bruscamente, olhando-o, vendo que ele estava sem entender, esperando por uma resposta.

“Sinto muito… eu estou apaixonada por outra pessoa…”. Murmurou, saindo dali às pressas.

Com a cara no chão, louco e furioso pelo que escutara, Diego fechou os punhos. Tinha certeza que ela estava falando de Deco. Porca miséria! Esse idiota que nem ao menos viu, estava conseguindo despertar sentimentos agressivos nele. Não entendia. Roberta tinha gostado do beijo! Isso estava mais que visível!

Virou-se com decência e saiu dali, vulcânico.