Fanfic: Te Juro Amor Eterno {DyR}

“Para, vai me dizer que nunca viu um filme desses?”. Christian perguntou, dando um tapa em Poncho.

“EU sou inocente, cara. Não fico vendo pornografia”. Respondeu.

“E você, Diego?”.

“Não preciso disso… hehehe”.

Foram sentar-se, mais Diego, antes de tomar seu lugar, sentou ao lado de Roberta e ela já demonstrou não gostar.

“Que foi em, Diego?”. Exclamou, irritada. “Logo de manhã?!”.

“Ainda tá chateada por causa do beijo? Calma, eu vou te dizer, foi apenas um impulso bobo. Mais, não posso negar que eu gosto muito de você, isso não. Sabe, Roberta, você me atrai e me… me dá umas idéias loucas e eu acabo fazendo o que fiz ontem, falando aquelas coisas… partindo pro lado físico… me desculpe”.

Ela ficou em silêncio, pensando nas palavras dele. Não podia crer que Diego fosse capaz de tamanho absurdo. A esperança de que ele realmente a quisesse, se desvaneceu no mesmo instante. Porque sempre cai na mesma cilada? Ficou triste e tentou não demonstrar.

“Ah… b… bem… se você está dizendo que foi apenas um impulso, não tem porque ficar com essa conversa fiada por meu lado. Vai sentar na sua cadeira, vai…”.

“Quer dizer que tô perdoado?”. Esboçou um sorriso sedutor.

“Sim, Diego…”. Roberta disse, cansada. “Agora, por favor, me deixa quietinha tá?”.

Ele concordou e foi para o lugar dele.

No transcorrer das aulas, Roberta permaneceu meio cabisbaixa e distante. Tudo estava confuso em sua cabeça. Sem ser notada, olhava de soslaio a Diego, que parecia entediado com os professores. Ainda estava na mente dela o que ele falara. {impulso! Não acredito que ele tenha mentido pra mim de novo! Droga! Achei mesmo que ontem… ontem estávamos em conecção. Grande idiota eu fui. Há, mais ele vai me pagar. Não vou deixar isso baixar a minha bola}.

Sorriu com malicia. Iria dar um jeito nessa situação, agindo exatamente como Diego: por impulso!…

Kéti estava com Bruno no colo, fazendo gracinha enquanto tentava dar maçã raspada a ele. Roberta entrou nesse momento, mexia no celular e tinha um sorriso muito suspeito no rosto.

“Que alegria é essa?”. Kéti quis saber.

“Eu sou uma pessoa feliz, Kéti meu amor”. Deu risada e se deitou na cama. “Ai, ai… hoje o dia está tão lindo. Porque não levamos o alemão ai pra passear?”.

As duas deram risada. Bruninho tinha a pele morena clara e os olhos verdes, que Roberta achava já ter visto alguém que tinha uma cor bem parecida.

“Não sei se devemos, Rob”.

“Ai, larga de ser medrosa. O coitadinho merece tomar um pouco de ar. Ele precisa de sol, Kéti”.

“E se alguém do colégio encontra a gente na rua? Vão perguntar o que fazemos com um bebê e daí, o que vamos falar?”. Indagou, vendo a cara de despreocupada da amiga.

“Ora essa, inventamos que ele é um priminho seu. É simples, Kéti”.

“Hum… ainda não estou convencida”.

Nesse momento, as duas levaram um baita susto, May, a aluna nova, entrou no quarto, falando alguma coisa sobre uma festa e parou bruscamente, vendo o bebê no colo de Kéti. A morena paralisou de repente e ficou tão pálida, que Roberta pensou que ela fosse desmaiar.

Quando falou, era apenas um fiapo de voz:

“O que é isso…?”.

“Que será que é? Um neném!”. Roberta foi grosseira. “O que faz aqui?”.

May não respondeu, apenas se aproximou, e estava com os olhos inundados de lágrimas.

“Como o encontraram?”. Olhou para as duas.

“Eu achei ele numa praça” Respondeu com honestidade Kéti. “Trouxe ele pra cá, pobrezinho. Uma desnaturada o deixou lá e nem se importou”. Abraçou o bebê com carinho, como se quisesse dar conforto a ele.

“Eu… estou chocada”. Começou a chorar igual a uma louca, preocupando Roberta e Kéti. “Ai, meninas… co-como… vou agradecer a vocês…”.

“Do que tá falando?” Roberta não entendia nada, foi até ela. “Hei, por que chora?”.

A morena continuava a derramar rios de lágrimas e não se conteve, foi até Kéti e pegou Bruninho no colo, que quando sentiu os braços dela o envolverem, soltou um grunhido de felicidade.

“Oh, meu bebê. Eu senti tanta a sua falta, mais tanta”. O beijou na cabeça, no rostinho, na testa e ele só sabia rir. May também riu. “Ai, meu amor, minha vida. Graças a Deus não te aconteceu nada. Eu tive tanto medo”.

“Espera ai”. Roberta se aproximou e ficou de sempre pra ela. “Esse menino é seu filho?!”.

“Sim, Roberta…”.

“E como você teve coragem de abandoná-lo?!” Kéti explodiu, assustando os três.

“Mais eu não o abandonei. Tiraram ele de mim… eu estava muito mal e… se aproveitaram da situação. Eu jamais teria coragem de fazer isso! Vocês tem que acreditar em mim!”.

“E… você não tentou procura-lo?”. Roberta cruzou os braços, ainda abismada com o que estava acontecendo.

“Mais é claro que sim! Quando me dei conta de que não tinha o meu bebê no berço, fiquei desesperada na busca dele. Minha mãe nem se importou com o meu estado de preocupação, porque depois ela confessou que o tinha dado a alguém! Minha nossa! Eu quase desmaie de tanto chorar… e…”, olhou pro filho dela, “… o que eu sinto agora, ninguém pode explicar. Parece coisa de anjos. Justamente vocês o acharam e o trouxeram de novo pra minha vida!”.

“Então, a sua mãe fez isso com a própria filha?”. Kéti sentiu pena e se reprovou por ter gritado com ela.

“Ela não queria a minha gravidez. Nunca aprovou que eu o pai do meu filho não quisesse assumi-lo”.

“E quem é esse desgraçado?”.

May guardou silencio. Tinha prometido pra ele que não contaria nada a seu respeito e não o trairia, apesar de ter sido profundamente ferida em seu coração. Amava muito o pai de seu bebê e quando ele os abandonou, prometeu não voltar a pensar nele e agora que via esse menino tão parecido com… afastou-o da mente.

“Não posso dizer… não quero dizer. Ele me machucou”.

As meninas não disserem mais nada. Ficaram olhando a pequena criatura, que agora reclamava o peito de sua mãe. May o amamentou e Roberta e Kéti ficaram se olhando, se perguntando onde aquela confusão toda iria parar. Haviam achado o pequeno e não abririam mão dele assim tão fácil, mesmo que Maite afirmasse ser a mãe. Já tinham pego a amor na criança.