Fanfic: Te Juro Amor Eterno {DyR}

Roberta pôs a mão no rosto dele, abaixando a cabeça. Não deveriam! Complicaria as coisas! Sim, era isso, porque e depois… como seria o depois? Haviam dado trégua fazia apenas doze horas e…

Diego entendeu, voltando a sentar, lentamente. Ela ficou mortificada, mais ainda não era o momento.

“Diego…”. Falou o nome dele com doçura.

“Não… deixa. É… foi um impulso. Desculpa”. Disse, tentando se defender do rechaço.

Roberta cruzou os braços, apoiando-os encima da mesa e olhou o nada, evitando-o.

“Poderia acontecer”.

“Roberta”. Respirou fundo. “Você tem razão, poderia acontecer, só que… fica estranho depois né?” {Não pra mim} pensou Diego {Porque eu te adoro, linda. Eu não iria nem dormir se você me beijasse}.

“Bom… é isso”. Levantou-se, mesmo não querendo, era necessário. “Vou indo. Hoje fiz alguns trabalhos pendentes e… tô exausta”. Sorriu, andando e acessou para ele. “Tchau…”.

“Boa noite, Roberta”. Deu tchau pra ela.

Viu ela se sumindo e fechou os olhos, ficando irritado. Quê impulso?! Isso era o melhor que tinha pra dizer?! Roberta estava certa, não eram assim as coisas. Claro que, não precisavam de uma cerimônia pra dar um beijo, mas… queria ter tudo, não só um beijo aqui outro ali. Queria amor eterno.

Riu de si mesmo. Amor eterno era meio difícil de se ter nos tempos de hoje, mas, ele tinha uma fé, uma esperança tão grande e bonita, sobre o amor, que… continuava acreditando nesse sentimento.

Pôs-se de pé e caminhou penosamente até o dormitório…

“Pensei que você não vinha mais”. Disse Poncho, quando Any fechou a porta da sala de ensaios.

“Acha que foi fácil me livrar da fera?”. Perguntou, irritada. “Queria que fosse você lá, Herrera”.

Quando ela se aproximou, Poncho pegou-a pela cintura, beijando-a.

“Hei, não vamos brigar agora, né?”. Suspirou. “Melhor aproveitarmos um pouquinho, linda”. Poncho falou com ternura.

“Eu sei, desculpa”. Any sorriu, estava cansada, mais queria atenção. O fitou. “Então…?”.

“Preparei uma coisa pra gente. Queria falar algo importante, talvez você goste”.

“É sobre nós?”.

“Também”. Sorriu, dando um beijo longo e terno nela. “Vem!”, pegou-a pela mão.

Do outro lado da sala tinha um pano branco, com duas almofadas nas extremidades e algo no meio, que Any não conseguiu identificar. Quando chegaram perto, ela viu que no meio, tinha… um bote com calda e… calda de chocolate. Os morangos estavam ao lado e junto, tinha uma pequena caixa dourada. Ela ficou excitada.

“Hum… interessante isso”. Comentou.

“Interessante é que eu vou te dizer”. Garantiu Poncho.

“Tomará”.

Sentaram-se cada um nas suas respectivas almofadas. Any tirou as botas, ficando mais confortável. Sorriu para ele.

“Você percebeu que ultimamente temos tido mais privacidade? O que aconteceu com a vigilância?”.

“Não sei, linda, mais eu tô adorando isso…”. Sorriu, pondo a mão na nuca dela e trazendo-a para si. Beijou com passíon.

“Nossa…”. Any suspirou; após se afastarem.

Poncho pegou um morango e lambuzou-o na calda de chocolate.

“Abre a boca, linda…”.

Ela assim o fez, mordendo o morango com elegância. Logo o beijou.

“Bom demais”.

“Eu sei que não é permitida essa regalia aqui no colégio, por isso resolvi te mimar um pouco”. Poncho falou.

“Que gostoso”. Veio mais perto dele. “Sua vez agora?”.

“Ainda não”.

Any pegou outro morango e fez o mesmo processo, comendo-o com satisfação. Aproveitou que ele também comia e perguntou:

“E a caixinha dourada, o que é?”.

“Apressada em dona Anahí?… mais…”. Apanhou a caixinha e a fitou. “Eu sei que a gente começou a ficar a dois dias e… nem nos conhecemos pra dizer bem a verdade, mas, faz um tempo que eu vinha te observando. Sempre gostei do seu jeito, Any. Você é uma garota especial, sabe? Espontânea, inteligente… linda”. Sorriu, quando a viu ficar sem jeito. “Gosto de você desde quando entrei pro Elite. E quero ficar com você”.

“Eu também gosto de você, Poncho e…”, respirou fundo, olhando com paixão, “… sei fui meio rude quando você veio pra cá, mais… eu também quero ficar com você”.

“Linda”. ele riu. “Acho que é difícil pra eu dizer isso. Eu nunca fui de… falar e espero que você entenda”. Viu que Any estava séria. “Quer namorar comigo?”.

“Herrera, você sabe como conquistar uma garota”. O beijou em cheio, rindo. “Claro que sim”.

Poncho riu e antes de abrir a caixinha, lambuzou outro morango, engolindo-o de uma vez só. Ela limpou as comissuras da boca dele com a língua.

“Nossa, te acho perfeita, Anahí”.

“Safado!”.

Ele finalmente abriu a caixa e tirou os anéis de dentro.

“Porque você é um cara tão rápido?”. Any perguntou, sorrindo.

“Ah, não sei… eu nunca tive um anel”. Riram. “Dessa vez eu tenho uma desculpa pra ter um”.

Ela deu um tapa em Poncho.

“Cretino”. Beijou-o. “Anda logo com isso”.

“Ok, Ok. Depois eu que sou o apressadinho”. Pôs o anel no dedo dela e também colocou o dele de uma vez. “Pronto…”.

Any sentiu o coração dar um pulo de felicidade. Havia esperado muito tempo pra ouvir “quer namorar comigo?”, dá boca dele. Estava nas nuvens e tinha um anel de compromisso. Achou graça e meteu o dedo no chocolate, sujando Poncho, para depois lambê-lo. Riram e se abraçaram. Via-se nos olhos dele que seria tudo muito bonito.

Beijaram-se…

Diego tomou um banho rápido, se trocou e foi pra cama. Precisava pensar, não iria espioná-la hoje, Roberta merecia ficar sozinha. Os dois, na verdade.

Ajeitou-se debaixo do cobertor e apagou o abajur. O dia tinha sido muito interessante. Primeiro Roberta e ele tinham começado com uma briga, logo ele a encontrou na sala e rapidamente deram um tempo na inimizade, depois, ficaram falando coisas sem sentido durante as aulas, não prestando atenção em nada. Ele passou um tempo com Poncho e Christian (que tava no décimo nono sono agora), tinha passado protetor em Roberta (o que o deixou excitado, mais disfarçou), a convidado para sair no fim de semana… e por fim, quase a beijou. Era um progresso surpreendente.

Torcia no mais intimo que as coisas continuassem nesse percurso. Era ótimo estar de bem com Roberta, poder falar com ela sem levar patada ou tisorada, isso era lindo.

Ele riu, mexendo-se um pouco. A queria tanto que chegava a doer. Agora pensaria meticulosamente no próximo passo.