Fanfic: Te Juro Amor Eterno {DyR}

Roberta estava caindo de sono. Não conseguia entender metade das palavras do professor. Douglas chamava-lhe a atenção a cada três minutos. Poxa, não era realmente culpa dela estar desmaiando de sono. Senão tivesse aparecido um certo bebê na madrugada, ela garantia estar cem por cento acordada.

Diego percebeu que ela estava com começo de olheiras. Deveria ter ficado um tempão no lugar que costumava a passar um pouco à noite. Agora ele se sentia curioso de saber o que ela fizera. Não sabia como, mas, sentia que havia perdido algo. Ficou na dele.

As aulas passaram como uma eternidade, mais logo bateu o sinal e começaram a sair.

“Ah… que coisa mais chata essas aulas de geometria”. Disse Poncho, enquanto Diego e Christian iam saindo.

“Nem me fale. Parece que escuto minha mãe cantando “Lá Role” em versão mexicana”. Chacoalhou-se todo, fazendo sinal de cruz. “Credo!”.

“Nossa, Chris… ontem eu pedi a Any em namoro!”.

“E cadê ela?”. Perguntou Christian.

“Teve que sair mais cedo hoje. O pai vai viajar e ela vai junto”.

“Vixi, nem começaram a namorar e a Any some. Há, há…”.

“Não, o pior é que são três dias longe dela. Ai, já tô com saudade”. Poncho falou, colocando as mãos no bolso.

“E como você pediu pra ela?”.

“Ah, levei uma coisa bem simples pra sala de ensaios e…”. Mostrou o anel no dedo. “… Um par de alianças”. Caiu na risada.

“Minha nossa, sai pra lá, Poncho. Você tá enfeitiçado e eu aqui, não quero pegar a sua macumba”. Fez sinal de cruz outra vez.

“Larga de ser besta!”. Deu um tapa na cabeça do Chris. “Até parece uma coisa de outro mundo ter uma namorada e um anel”.

Os três continuaram andando, até PyC perceberem o silencio de Diego. Cutucaram-se, pra ver quem ia puxar papo primeiro, mais ambos estavam sem saber o que dizer. O amigo estava diferente. Até mesmo o jeito que caminhava, concentrado, o que antes era se arrastando.

“Então… é”. Poncho coçou a nuca. “Diego, vai fazer o que nesse fim de semana?”.

Ele olhou pros amigos, passou a mão no queixo, suspirando.

“Vou sair com a Roberta”.

“O QUÊ?!” Poncho e Christian exclamaram ao mesmo tempo, abismados e boquiabertos. Mais logo caíram na risada.

Diego parou no meio do caminho.

“Que foi?”. Perguntou, como se sair com a Roberta fosse a coisa mais natural do mundo.

“Essa piada que você contou, Diego”. Poncho disse. “Muito boa”.

“Não é piada. Eu tô falando sério”.

“Hum… conta outra”. Christian chasqueou a língua. “Acha mesmo que eu vou acreditar que a Robertinha, iria aceitar sair com você”.

“Pôh, é verdade! Pergunta pra ela, se quiser!”. Ficou superirritado.

“Ou, parece que estamos pisando num território delicado. Dieguinho não gosta que duvidem dele”. Poncho burlou.

“E quem gosta?”.

“Tá, mais conta ai, como você fez essa proeza?”; Christian estava curioso.

“Ué, falei com ela e pedi se queria ir numa casa shows comigo, nesse fim de semana. Ela aceitou, pronto. Fim da história”.

Poncho o olhou desconfiado. Se bem sabia, Roberta era meio que evasiva e não era tão fácil de se convencer, muito menos quando não tinha afinidades com as pessoas. Ficou surpreso.

 “Cara, conta isso direito. Não acredito”. Poncho afirmou.

“Meo, se não acredita. DANE-SE! Eu não tô nem ai”. Já estava sentindo o sangue ferver. Não sabia porque o humor dele estava assim.

“Tá, ok!” Christian interveio. “Vocês não vão brigar por causa da Roberta Pardo, né?”.

“Relaxa ai, Diego. Acho que o Christian tem razão”.

“Bem, eu e ela vamos na tal casa de shows e… agora que a Any num tá, porque não acompanha a gente?”. Perguntou Diego, mais calmo.

“Não quero segurar vela”.

“Poncho, até parece. Eu e Roberta somos apenas amigos”.

“Vai que tá rolando um clima?”. Falou Christian.

“É, daí o papai aqui tem que ficar pescando”.

“Melhor então”. Riu Diego.

“Ah… já quer ficar a sós com a Robertinha, né garanhão?”. Poncho brincou.

“Hum”. Foi a única resposta que obteve, antes de Diego sair as pressas dali.

“Aonde vai?!”. Gritou, mais ele já estava longe. “O que deu nesse garoto hoje?”. Perguntou a Christian, que olhava a ponta da gravata.

“Não sei… acho que ele está escondendo algo dá gente”.

“Sim. A Roberta e ele, amigos? Meo, isso tá muito esquisito. Sem falar que as possibilidades dos dois ficarem juntos num mesmo ambiente, são mínimas”.

“Poncho, Poncho… o nosso amigo está investindo na ruivinha. Isso é tudo. Roberta representa um desafio pra ele. Essas meninas que ele cata do 6°, não valem nem o pão que comem”. Christian argumentou.

“Você tem razão, mais, eu não ligo. É até bom o Diego tentar ficar com ela. Os dois formariam um casalzinho bonito”.

“Ai céus! Você agora não vai querer dá um de cupido, né Poncho?”. Ficou até com medo de ouvir a resposta.

“Quem sabe seja esse tipo de empurrão que os dois precisam”. Lançou um olhar malicioso.

Diego foi andando, procurando-a só de vista. Queria muito falar com Roberta. Ela havia ficado entre dormir ou dormir nas aulas, estava com pena.

Sem querer tropeçou em alguma coisa nas escadas do jardim e acabou caindo escada a baixo.

“DIEGO!”. Ela exclamou, se levantando. Desceu até ele e o ajudou a se levantar. “Você tá bem?”. Perguntou, sem graça.

“Tô sim, Roberta. Não foi nada”. Respirou fundo. “Sério mesmo. Eu tô bem”.

Roberta o levou até o primeiro degrau e se sentaram.

“Minha nossa, Diego, que pressa toda era essa?”. Mexeu as costas. “Você quase me deixou sem a costela direita”.

“Desculpa”. Colocou a mão nas costas dela e ficou massageando. “Eu cuido disso”. Sorriu.

“Para, não precisa”.

“Só um pouquinho, vai?”. Fez cara de dengo.

Roberta deu risada e assentiu.

“Eu estava procurando você”. Afirmou ele.

“Eu? Porque?”.

“Achei você estranha na aula. Não prestava atenção em nada… nem gritou com os professores hoje”. Riu.

“Ah… foi por isso que você estranhou?”. Perguntou Roberta com cinismo. “Eu… não dormi muito essa noite. Isso foi tudo”.

“Insônia?”. Arriscou, sabendo que talvez ela tivesse passado tempo de mais no lugar que costumava ficar a noite.

“Talvez”.

Ficaram se olhando. Roberta se lembrou do episódio anterior, quando quase se beijaram. Ele estava tão bonito, com a gravata bordo… e muito cheiroso. Havia alguma coisa diferente em Diego e ela não sabia o que era. Estava tão carinhoso e receptivo. Um novo homem, bem dizer.

De repente, Marisa, do 6° ano, uma das amiguinhas dele, parou na frente do dois.

“Dieguinho, meu amor, quanto tempo”. O beijou na boca.

Ele nem conseguiu se desviar a tempo e viu Roberta se levantando, irritada.

“Oh, melhor eu deixar vocês a sós, não é, Garanhão?”. Ela espetou, saindo dali.

“Roberta! Roberta!”. Olhou para Marisa e tentou ser simpático. “Você chegou num péssimo momento”.

“Ai, credo, Diego! Porque que depois daquela noite… você nunca mais me ligou?”.

Isso já fazia quase cinco meses. Haviam combinado de sair, ficaram no bem bom e acabou rolando o prato principal na madrugada. Mais será que ela não entendia o que era uma transa casual?

“Marisa… entende, o que passou entre nós, acabou. Não tem o que se discutir”.

“Você é tão bom de cama, Diego”. Olhou-o, sedutora. “Eu queria tanto ficar com você de novo”.

“Mais não vai dar, Marisa”. Ele se levantou, quando Marisa tentou beija-lo. “E se me dá licença, que eu vou procurar a Roberta”.

“O que tem entre você e a Roqueira?”. Perguntou Marisa, indignada. “Tá me trocando por ela?”.

“Escuta uma coisa: Acabou!”.

Saiu dali irritado. A bendita da Marisa tinha conseguido estragar o clima entre ele e Roberta! Oh menina sem noção. Agora teria que saber como tinha ficado a situação ou se não teria mais volta…