O fim das provas finalmente chegou. As férias vêm vindo aí e poderei curtir muito mais com minha princesa. Preciso pensar em alguma coisa muito legal para fazermos. E essa aula que não acaba nunca? Tá louco. O que será que ela deve estar fazendo lá na sala dela? Será que estaria pensando em mim ou nos estudos dela? – Sorrio. – É... Esses estudos. Como isso pode ocupar tanto espaço em sua vida? Nos últimos dias ela só tem pensado nisso e se esquecido um pouco de mim. Ou é coisa da minha cabeça? Quem sabe... – Arqueio o ombro. – De qualquer forma a amo demais. Nada pode estragar tudo o que estamos vivendo juntos... Isso esta ficando muito gay, minha sorte é que esta apenas na minha cabeça e ninguém tem conhecimento. – Riso baixo.
XXX- Caramba esse sinal demorou pra tocar! – Reclamo a Carlinhos, meu amigo desde a 5ª série.
XXX- Nem fala meu, só porque as aulas estão no final parece que essa droga vai embaçar para tocar.
Leo- É, pode crê. Ai Carlinhos, to indo lá encontrar minha princesa ok? A gente se vê amanhã de manhã no treino tá? – Estendo minha mão para ele e faço nosso toquinho.
Carlinhos- Vai lá garanhão. – Desde que comecei a namorar Fernanda ele só me chama de garanhão. Gostaria de saber o por que. Mas quem se importa? Vou correndo buscá-la na porta da sala.
Leo- Ei, você viu a Fernanda?
XXX- Hã? Ah, a Nanda saiu faz uns dois minutos.
Leo- Sério? – A surpresa em meus olhos ficou clara demais.
XXX- Aham.
Leo- Tá bom, valeu. – Caminho para fora do corredor da sala dela tentando imaginar para onde ela teria ido. Será que ela foi pra lá? Direciono-me até o cantinho que ela mais adora dentro desta escola. Nosso primeiro encontro, nossos primeiros momentos de namoro. Aquele dia que a derrubei no gramado e a fiz chorar de tanto rir por causa das cócegas na cintura. E os milhares de beijos que deixei em sua face e um abraço de urso bem dado. Muito bom. Hum... É. Ela esta lá.
Leo- Por que você saiu tão rápido da sala amor?
Nanda- Hã? – Não havia percebido ele se aproximar.
Leo- Por que não me esperou na sala?
Nanda- Ah... Desculpa amor. – Fez uma carinha triste. – É que sei lá. Quis ficar um momento sozinha entende? – Seu olhar pedia-me desculpa. Sento ao seu lado e acaricio seu ombro.
Leo- Amor... Não precisa ficar assim, eu entendo sim. Se você precisa, te dou o tempo que for, mas tem alguma coisa de errado rolando? Posso te ajudar? – Ela suspira.
Nanda- Não Le. Sou eu. Estou um pouco perturbada nos últimos dias com um pensamento ridículo e não consigo tirá-lo de minha mente.
Leo- Aham... – Não sei o que dizer a ela. Estou assustado por vê-la assim. Será que... Não, não é isso.
Nanda- Ahn... É bem constrangedor lhe pedir isso Le, mas será que poderia me deixar sozinha hoje? Não vou conseguir ser eu mesma contigo hoje. Não quero te magoar. – Como assim não quer me magoar? Será que ela não entende que a presença dela é o que me faz bem e nada pode me magoar? Não. Não posso ser egoísta com ela desta forma. Deve ser um daqueles problemas que só a pessoa mesma pode resolver.
Leo- Isso é bem estranho Nanda. Você sabe que não fico um momento sem você todos os dias... Mas se você precisa então tá. – A voz saiu mais fraca do que imaginei. Abaixo minha cabeça, espero um segundo e torno a olhá-la. Seus olhos não estavam me fitando. Um estranho aperto surgiu em meu peito. Levanto-me sem dizer nada. Deposito um demorado beijo em sua cabeça e saio.
A tarde esta se arrastando. Esse tempo tá custando demais a passar e um minuto sem ela parece uma eternidade. O que há de errado com meu anjo que ilumina os dias? Ela esta tão apagada, tão distante... Deitado em minha cama coloco meus braços atrás da cabeça. Fico fitando a parede. Estou complicado demais para associar as coisas, nem um simples jogo de vídeo game eu consigo jogar direito. O que será que ela esta fazendo agora? Olho para o relógio, ainda são 15h31min. Pego o celular e disco o número dela. Caixa postal, droga. Acho que vou dormir um pouco, esvaziar os pensamentos da cabeça.
E assim ele fez. Dormiu, sonhou e até mesmo chorou. Em seu sonho ele perdia Fernanda para um enorme buraco, no qual ela se jogará sem nenhuma razão. Quando ela caiu ele despertou.