Fanfic: Melhores Amigos? | Tema: vondy

— Ótimo. Agora, relaxe e aproveite — disse ele, escolhendo outro anel. — Agora, prove este.

Acabaram optando por um anel simples de safiras e diaman­tes lapidados em formato quadrado, que cabia perfeitamente no dedo de Dulce. Ela admirou a jóia. Nunca usara nada pare­cido antes. A peça fazia o resto das suas jóias parecerem biju­terias baratas, mas agora que estava com o anel no dedo, ela não sabia se seria capaz de devolvê-lo.

Mas se preocuparia com aquilo depois. Por enquanto, Christopher estava ao seu lado e havia uma semana toda com ele pela frente. Com ele e com o anel.

Quando Chris voltou após o pagamento, ela sorriu.

— É lindo — disse. Não fazia a menor idéia do quanto ele havia pago, mas certamente não fora pouco. — Eu vou tomar conta — prometeu Dulce, antes que ele recomendasse a ela para não perder.

— Faça isso — Christopher falou, sorrindo.

— Obrigada, querido! — exclamou Dulce, olhando significa­tivamente para o atendente. Então, sem que Christopher esperasse, ela o abraçou e sorriu, sedutora. — Eu agradecerei direito quan­do formos para casa. Isso é só para começar…

Originalmente, Bella pensou em apenas dar um beijo no canto da boca de Christopher. Mas agora que estava diante dele, com os braços em volta do seu pescoço e uma boa desculpa nas mãos, seria um desperdício perder a oportunidade. Se queria que o atendente admirasse e invejasse Christopher, um beijo no rosto não era o bastante.

De qualquer forma, parecia que os lábios de Dulce tinham vontade própria. Assim que tocaram o rosto, eles foram atraídos para a boca de Christopher e pousaram no melhor lugar do mundo. E apesar de estar beijando Christopher de uma forma que nunca havia feito antes, aquilo não parecia errado ou estranho. Parecia per­feitamente normal.

Dulce sentiu Christopher segurá-la pela cintura e puxá-la para si. Depois de um primeiro momento de estranheza, ele evidente­mente decidiu se deixar levar e fazer perguntas depois. O pro­blema era que depois de ter começado o beijo, Dulce não sabia como terminar.

Pior, ela não queria.

Com um esforço sobre-humano, conseguiu afastar os lábios por uma fração de segundo, antes de sucumbir ao desejo de mais um beijo e quando tentou novamente, foi Chris quem a segurou com força, impedindo-a de romper o contato.

Era como se os beijos de ambos tivessem vontade própria, como se a doçura inicial tivesse dado lugar a algo mais perigoso, algo quase assustador que se alojou na base da espinha de Dulce. Christopher deve ter sentido a mesma coisa porque foi ele quem, finalmente, rompeu o contato.

Olharam-se abalados por um longo momento, até que Christopher conseguiu se recompor e disse:

— Acho que é melhor irmos.

Ele virou-se para agradecer o atendente, que arrumava os anéis na bandeja, com um sorriso discreto nos lábios. Enquanto isso, Dulce tentava se recompor. Ela sempre havia achado que a expressão pernas bambas era um clichê, mas de repente en­tendeu exatamente o que significava. E não eram só as pernas. Seu corpo inteiro parecia estar derretendo e ela pensou o que teria de fazer para sair dali sem ajuda.

Como que ouvindo seus pensamentos, Christopher pegou-a pelo bra­ço e a conduziu até a porta. Assim que saíram, ele a soltou brutamente.