Fanfic: Melhores Amigos? | Tema: vondy

— Será?

O hotel ficava na beira de uma encosta coberta de vegetação abundante, debruçado para uma praia de areia branca, banha­da pelo oceano Indico. As árvores eram de um verde-claro mag­nífico e o mar, incrivelmente azul. Dulce mal podia acreditar em seus olhos. Depois de sair de NY em pleno mês de novembro, era até difícil de acreditar.

O ônibus vindo do aeroporto deixou-os em um lobby fresco, decorado com móveis tropicais de madeira clara, aberto de am­bos os lados para receber a brisa do mar. Foram recebidos por uma representante da CBC que se apresentou como Cassandra o que fez uma chamada informal para ver se estavam todos lá.

— Christopher Uckermann… — chamou ela, fazendo uma marca na lista. — Uckermann, Uckermann. Ah, aí estão vocês. Esta é a sua mulher? — perguntou ela, sorrindo para Dulce.

— Minha noiva — ele apresentou, breve. — Dulce Maria Savinon.

Cassandra baixou os olhos para o anel de Bella.

— Que lindo! — disse, estendendo o próprio anel para Dulce ver. — Eu vou me casar no ano que vem. Precisamos combinar de trocar endereços de noivas!

Não havia nada que Dulce quisesse fazer menos, mas sorriu, educada.

— Nós ainda não estamos pensando em casamento. Mal aca­bamos de ficar noivos.

— Ah, mas eu vou lhe dar muitas idéias — prometeu Cassandra. — Também tenho umas revistas. Você poderá olhá-las na praia.

O que Dulce poderia dizer? Que não ia precisar de revistas de noivas?

— Seria ótimo — agradeceu.

-— Vocês vão adorar o quarto — disse Cassandra, animada.

— É tão romântico!

Era mesmo, ou seria. Sob circunstâncias diferentes. Se Christopher não estivesse sofrendo por Alison, por exemplo, pensou Dulce. Os móveis eram de madeira clara, os estofados, de algodão ma­cio e havia portas corrediças que davam para uma varanda e de lá, para a praia.

Mas a primeira coisa que ela reparou foi na grande cama, com pequenos buquês de flores tropicais enfeitando os traves­seiros.

— Que coisa maravilhosa, Christopher! Parece que estou sonhando.

— Ele não respondeu e quando Dulce olhou-o, viu a mesma expressão preocupada em seu rosto.

Alison. Ele estava sofrendo, pensou.

Determinada a tornar as coisas mais leves para ele, Dulce sentou-se na imensa cama e deu um tapinha, convidando-o. Christopher sentou-se ao lado dela em silêncio e pegou um folheto que havia na cabeceira. Aquilo ia ser mais difícil que ela pensava, concluiu Dulce, olhando os ombros fortes dele.

Devia ter cochilado porque quando acordou, estava com a cabeça recostada no ombro dele. Chris, por seu lado, estava acor­dado e tenso, com os olhos fixos na parede oposta e os lábios contraídos.

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