Fanfics Brasil - Opostos

Fanfic: Opostos


Capítulo: 1? Capítulo

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  Anahí Puentes Portillo, é! Esse último nome herdei do cara que me gerou. Eu tinha dezoito anos. Minha vida nunca foi fácil, pelo contrário, sempre foi bem complicada.


  Minha mãe, Luciana Puentes, era muito jovem quando se apaixonou pelo meu pai (se é que posso chamá-lo assim), eles se casaram e ele lhe prometeu mundos e fundos, mamãe tinha uma voz de passarinho e o espirito livre, mas papai pretendia engaiolá-la e bateu nela diversas vezes, mas, quando tentou encostar o dedo em mim, ela o expulsou a vassouradas e não tardou muito para se divorciar. Nós tinhamos uma vida confortavel com o salário dele, mas tudo mudou.


  Ficamos sozinhas, numa casa enorme, mas sem dinheiro. Mamãe começou a trabalhar em uma fábrica e nós começamos a sofrer as consequências da separação. Como filhas de uma mulher divorciada, ouvíamos críticas, repulsas e olhares de pena, olhares que eu e Dulce detestávamos mais que qualquer palavra fria.


   Mas mamãe era maravilhosa. Forte, carinhosa, valente e corajosa e sobretudo, nos amava. Eu e Dulce éramos amadas, mais do que qualquer criança que possuia um pai e uma mãe.


    Mas felicidade nunca encheu barriga de ninguém e a pobreza abatia sobre nós, cada vez mais forte. Eu já trabalhava em uma butique, mas o dinheiro não era o bastante, a situação era precária, tanto, que fez Dulce pensar no absurdo de largar os estudos para trabalhar. Aquilo era um absurdo! Deus! Eu consegui terminar os meus aos trancos e barrancos, não ia admitir que Dulce largasse os dela, não era justo.


   Mas um dia, chegou a solução. Perto da nossa casa, havia uma casa noturna, uma espécie de bar, com muita música e dança, totalmente mal visto pela sociedade local. Me peguei admirando aquele lugar em plena luz do dia, quando me apareceu uma mulher na porta e me olhou, com aquele olhar misterioso, que depois, fui descobrir, só ela tinha.


          XXX: - Boa tarde!


          Anahí: - Olá, a senhora deve ser Ninel Cordel.


          Ninel: - Sim, sou eu, mas sem o senhora e a senhorita, quem é?


          Anahí: - Anahí!


          Ninel: - E o que faz, senhorita Anahí, olhando para o meu estabelecimento, em plena luz do dia? Sabem o que podem dizer da senhorita?


          Anahí: - Não pior do que já dizem.


          Ninel: - Olha... Tem atitude. O que deseja?


          Anahí: - Fiquei pensando, será que não há uma vaga pra mim?


          Ninel: - Para fazer o que, docinho?


          Anahí: - Posso fazer o que quiser.


          Ninel: - O que quiser? Aceita ser uma de minhas... Meninas?


   Eu sabia o que aquilo queria dizer. Ouvia muito sobre as “meninas” de Madame Ninel, prostitutas, e aquilo eu não queria, por isso, olhei Ninel assustada.


          Ninel: - Foi o que eu pensei... Canta?


          Anahí: - Eu?


          Ninel: - Não, eu. Cante algo para mim.


          Anahí: - Certo... Oh! Tristeza me desculpe, estou de malas prontas. Hoje a poesia veio ao meu econtro, já raiou o dia, vamos viajar...


   


  Minha voz encheu o coração de Ninel de alegria, eu realmente havia herdado a voz da minha mãe, não havia dúvidas.


          Ninel: - Contratada. Você será uma estrela, Anahí! Annie, a voz de fada!


          Anahí: - Sério!?


          Ninel: - Serissimo! Menina, vamos lucrar juntas e muito!


 Fui para casa cheia de alegria. Dulce esstava com seus estudos garantidos e eu teria uma grana a mais.


  O trabalho com Ninel era maravilhoso. Ela era agradável, alegre, maravilhosa, divertida. Eu a adorava! Homens de todos os lugares vinham me ver cantar e algumas feministas também. Minha mãe, a principio não se agradou, mas como sempre, me compreendeu. Dulce ficou emocionada por poder continuar os estudos, mas muito preocupada comigo. Mas não havia com o que se preocupar! É verdade que alguns bêbados tentavam me agarrar e que por mais que Ninel explicasse que eu era apenas uma cantora, era necessário que eu usasse de cotoveladas para me livrar deles e que alguns homens, sóbrios mesmo, se sentiam com o orgulho ferido ao ouvir um não de minha boca, mas eu sabia me cuidar e, além disso, tinha o Cristian, filho da Ninel.


    Nós éramos amigos de verdade e ele, era bem verdade, era apaixonado por mim, nós chegamos a namorar, dormimos juntos (foi o primeiro homem da minha vida), mas a coisa não evoluiu. Logo uma das dançarinas, a frágil Angelique chegou e ele se encantou por ela,mas isso também não durou muito, além disso, nós éramos mais amigos que qualquer outra coisa.


    Foi nessa época que ele apareceu por lá. Sim, ele era muito famoso. Dono da metalúrgica Herrera’s, Alfonso Herrera era um homem como poucos. Falar firme, olhar penetrante, um corpo impecável e um rosto excepcional. Pela primeira vez, La Cordelez viu sua fada se calar diante do olhar de um homem.


    Eu estava tão acostumada a ver os homens se perderem com minha voz, enlouquecerem com qualquer gesto meu, mas de repente, me senti tão simples, tão impotente. Ele havia me encatado com um simples olhar.


    Ele estava lá para sua comemoração à suas últimas semanas como o solteiro mais cobiçado de Village.


    Após minha última música, Cristian me trouxe um champanhe e um bilhete, da parte de Alfonso Herrera.


           “ Sua voz me encantou, seu corpo me hipnotizou, mas foram seus olhos que acabaram por laçarme. Lhe espero esta noite no quarto 6.”


     Que tolice a dele! Será que não sabia que eu era Annie, a cantora? Fui até ele, segurando a cauda de meu longo vestido negro, caminhando com toda a leveza. Assim que me aproximei, seus amigos nos deixaram a sós e ele sorriu me cumprimentando, aquele sorriso quase me amoleceu, mas tive que manter a postura.


               Alfonso: - Olá!


               Anahí: - Sabe quem eu sou? – Havia dúvida em seu rosto, ele não estava entendendo meu tom de voz. – Sou Anahí e apenas canto neste lugar.


               Alfonso: - Como assim?


               Anahí: - Não sou uma das meninas da Ninel. Uma das que você pode comprar, meu querido. Não tenho preço! – Joguei o bilhetinho na mesa, com raiva e sai do lugar, meu horário já tinha acabado.


     Tudo bem que era dificil não ser confundida com uma das garotas da Ninel estando naquele lugar, mas eu ficava magoada cada vez que isso acontecia.


      Quando cheguei em casa todos estavam dormindo, o que foi um alívio. Subi para o meu quarto, me troquei e rapidamente peguei no sono, mas não sem sonhar com o sorriso daquele moreno maravilhoso.


      Na noite seguinte, suportei mais alguns maravilhosos olhares de pré julgamento por parte de minhas adoráveis vizinhas, enquanto me encaminhava até a casa de Ninel. Eu já estava trabalhando lá há um ano, então já estava acostumada.


                 Ninel: - Docinho, veja quem está aqui.


                 Anahí: - Roger!? – Roger era um produtor de musicais e eu havia trabalhado em algumas de suas produções.


                  Roger: - Olá, Annie!


                  Anahí: - O que está fazendo aqui, querido?


                  Roger: - Vim lhe dizer que nosso último músical ganhou um prêmio, achei que gostaria de saber.


                  Anahí: - Ora, mas isso é magnifico, Roger!


                  Ninel: - Bendita hora em que contratei você, docinho!


     Ficamos ali conversando, até a hora da minha apresentação. Subi ao palco como em todos os outros dias, mas na platéia havia alguém que eu não esperava ver mais por ali.


     Alfonso Herrera! Mas o que ele estava fazendo ali? E não tirava os olhos de mim. Pensei que ele não voltaria mais, já que, segundo Ninel, ele havia ficado tão tonto com minha atitude que partiu logo depois e nem teve sua despedida realmente, não pediu o serviço de nenhuma das meninas. Nem mesmo Angel ou Allisson, que eram as mais cotadas da casa, e não cansavam se se jogar para ele.


     Depois de minha apresentação, ele veio falar comigo. Eu não precisei dizer nada, ele veio até mim.


                  Alfonso: - Olá!


                  Anahí: - Olá! – Eu disse seca.


                  Alfonso: - Sabe... Eu estava pensando... Há um erro no titulo “Annie, voz de fada”. A senhorita é toda uma fada. Sabe mesmo como encantar um homem com sua magia.


                  Anahí: - Acredite... Eu não tento. – Eu já ia virando de costas para ir embora.


                  Alfonso: - Me perdoa! – Ele segurou minha mão. – Perdoe meu engano, mas é que...


                  Anahí: - Não precisa dizer nada. Você não foi o primeiro, isso não foi nada, certo? Foi como tantos outros.


                  Alfonso: - Mas eu não queria.


                  Anahí: - Está tudo bem. – Dei um sorrisinho e me virei, mas ele segurou minha mão novamente.


                  Alfonso: - Espere. Me faz companhia essa noite, eu digo companhia, somente companhia.


                  Anahí: - Certo... Mas não aqui! – Ele fez cara de assustado, não podia ser visto na rua comigo. – Fique calmo, ninguém vai nos ver.


     Saimos da casa de Ninel pelos fundos e eu o levei para o meu lugar. O lugar onde eu chorava, gritava, reclamava... Um lugar escondido, atrás da casa de Ninel, onde havia grama e uma linda visão do sol ou do luar.



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Autor(a): maryannie

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Comentários da Fanfic 210



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  • rss Postado em 31/05/2010 - 20:46:57

    SUA WEB É LINDA
    POSTA MUITO

  • kikaherrera Postado em 31/05/2010 - 01:07:06

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • css Postado em 31/05/2010 - 00:11:32

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    Ainda não li tudo, mas tenho certeza que vou adorar e aó pra não perder o costume:

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  • maryannie Postado em 30/05/2010 - 22:39:54

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