Fanfic: Opostos

Depois disso apaguei, acordei com Poncho, no dia seguinte aos berros e me dei conta de que estava na cama, apenas de calcinha, com Roger ao meu lado.

           Roger: - Calma, Alfonso! A gente pode explicar.

           Annie: - O que está acontecendo aqui?

           Poncho: - Você quer que eu explique, fadinha? – Ele usou um tom de deboche e isso não era bom.

           Roger: - Alfonso, foi um deslize, mas...

           Annie: - Não foi deslize nenhum, eu não fiz nada.

           Roger: - É, Alfonso, ela tem razão, tecnicamente, fui eu quem fez tudo, você sabe, ela só...

           Alfonso: - Se vista e saia da minha casa! – Ele saiu do quarto e eu fiquei na cama, paralisada, chorando, sem saber o que fazer, enquanto Roger saia do quarto, lançando um sorriso debochado pra mim.

       Coloquei um roupa e fui até o quarto de criança, onde Alfonso olhava pela janela, estático, mas nenhuma lágrima caia.

           Anahí: - Poncho... – Eu disse tocando em seu ombro.

           Alfonso: - Anahí, vá arrumar suas coisas eu já avisei ao motorista que ele deve te levar pra casa da sua mãe.

           Anahí: - Você não vai nem me escutar?

           Alfonso: - Eu devia é ter escutado a minha mãe. Você não presta, Anahí! E eu confiei tanto em você. – Ele falava calmo, mas as palavras me feriam.

           Anahí: - Eu não fiz nada, droga! – Eu gritava e chorava. – Roger veio aqui dizendo que ia regravar o musical...

           Alfonso: - E ai você decidiu dormir com ele pra conseguir o papel?

           Anahí: - Acha mesmo que eu me venderia por um papel num musical?

           Alfonso: - Ama tanto a sua música, não é, Anahí? E eu que chamei a minha mãe de louca, que não a escutei, briguei com ela por você.

           Anahí: - Sua mãe? Sua mãe não vale nada, Alfonso! Ela nunca gostou de mim, só porque não sou filha de empresário rico e não abaixo a cabeça pra ela.

            Alfonso: - Ela estava certa, você é como qualquer garota do La Cordelez!

            Anahí: - Quer mesmo saber? Elas são mais dignas que a sua mãe!

      Sai da casa correndo! Não esperei por motorista, nem pelas malas, não me importei com nada. Naquele momento não poderia ir pra casa da minha mãe, não no estado emocional deploravel em que me encontrava, eu queria ir para o La Cordelez, talvez esse meu desejo fosse uma forma de protestar contra Alfonso, indo direto para o lugar que sempre havia sido o pivor de nossas discussões. Cheguei esbaforida, estava nervosa, com os olhos vermelhos, suada, um trapo, o resto da mulher que um dia fui.