Fanfic: Opostos

    Os dias se passavam e eu estava extremamente feliz ao lado de Dulce e Mai, sentia que meu bebê era realmente uma benção. Nós passávamos as tárdes comprando o enxoval e graças ao fato de eu já ter fechado o contrato de gravação de um CD, pude comprar uma casinha. Eu estava cada vez mais anciosa pra ter o meu bebê nos meus braços, para ver o rostinho dele e o dia finalmente chegou.

    Eu estava no hotel com Derrick e Mai. Belinda e Zoraida tinha saido juntas, Angelique e Pedro estavam em uma noite romântica e Dul tinha ido comprar mantimentos. Nós três assistiamos a um filme, quando minha bolsa rompeu, Derrick ficou desesperado, parecia até que era o pai, ou algo do tipo. Mai, controlou a situação e partimos para para o hospital, deixando um bilhete para Dulce, na porta.

   Foi assim que o meu bebê nasceu, meu tesouro, o presente mais precioso que Deus me deu, agora estava em meus braços.

   Era uma menina! Mellyssa Puentes, sem o sobrenome Herrera, que era tão pesado. A minha anjinha! Quando olhei para a minha Melly, tive tantas certezas, entre elas a certeza de que eu podia suportar qualquer coisa por ela e que o que mais importava era vê-la feliz e ela seria muito feliz.

   Tive alta alguns dias depois, o quarto de Melly já tinha sido totalmente decorado por Derrick e Maite, já que Dulce havia ficado comigo, Derrick estava sendo um companheiro incrivel, embora não tivéssemos nada, o que me fazia as vezes desejar que ele fosse o pai da Mellysa e não o Alfonso, embora eu ainda o amasse.

    Maite virou meu braço direito e esquerdo e Angelique também ajudava constantemente, ela estava cada vez mais envolvida, se sentia realizada nos ajudando com nossos filhos, principalmente depois daquela terrivel noticia. Angel não podia engravidar, o médico lhe garantiu.

    Sinceramente, no dia em que o Doutor Robert deu a noticia para a Angel, pensei que ela não fosse resistir, era seu sonho, ter um filho, dar um filho ao Pedro e este sonho lhe havia sido negado.

    Mas eu vinha trabalhando com Angel a idéia de adotar uma criança e ela pensava com carinho na possibilidade.

         Anahí: - Adotar é um gesto nobre. – Eu lhe disse uma vez. – Você e Pedro têm tanto carinho e tem tanta criança precisando disso.

         Angel: - Será que eu consigo? – Ela me perguntava aos prantos.

    Eu havia até pensado na possibilidade de dar a Mellyssa para a Angel batizar, mas eu não podia. Ninguém merecia mais ser madrinha da Melly do que a Mai, palavras de Dulce Maria. Maite acreditou em mim, quando nenhum outro Herrera acreditou, ela me ajudou e ficou do meu lado mesmo com marido e filho pequeno, ela me amava e eu a amava, além disso, ela era parte do Alfonso ,e o Christian era seu marido e o padrinho natural da minha filha, então ela seria perfeita.

    Enquanto isso, Nos Estados Unidos, coisas haviam acontecido e estavam acontecendo.

            ♥Flashback da audiência de guarda♥

     Ucker estava nervoso, não adiantava que Dulce explicasse mil vezes, que estava tranquilo e que ele tinha mais do que direito de ver o Nickolas, ele estava nervoso demais.

           Dulce: - Fica calmo, Christopher, vai me deixar nervosa também.

           Ucker: - Você não sabe o que é ficar longe de um filho. Quando a Karla me disse que estava grávida eu entrei em desespero, não queria ter um filho, mas hoje em dia, não me imagino sem o Nick.

      Dulce ouvia calada, não podia imaginar que o Ucker pudesse ser assim tão amoroso e maduro, não, esse não era o Ucker que ela achava que conhecia.

       Nesse instante, Dulce viu uma ruiva entrar com um bebê no colo. O menino tinha o sorriso e os olhos de Ucker, era Nickolas.

           Ucker: - Karla! Nick! – Ucker se levantou com um sorriso enorme já pronto para pegar Nick no colo.

           Karla: - Nada disso, Christopher, não é o momento.

           Ucker: - Eu não posso ao menos segurar o Nick?

           Karla: - Não! – E saiu de perto.

           Dulce: - Calma, Ucker, você vai poder ficar com ele em breve, o juiz vai...

           Ucker: - Dulce, me deixa! Eu preciso me acalmar. – E saiu na direção do pátio.

     Durante toda a audiência, Karla foi uma ótima atriz. Chorou, se fez de vitima e acusou Christopher de todas as formas. Mas Dulce estava mais que preparada e estava munida de diversas testemunhas, então, ficou decidido que Christopher teria direito a um fim de semana sim, outro não, com o Nickolas, não era uma vitória plena, mas já era um bom começo. Além disso, o juiz estipulou, que sempre que necessário, Ucker poderia ver o pequeno Nick e que dia dos pais era direito dele, assim como dia 25 de dezembro e primeiro de janeiro.

     Dulce já se preparava pra voltar pra casa. Dever cumprido! Era assim que ela sentia. Mas sentiu alguém segurar seu braço e se virou.

           Dulce: - Que susto!

           Ucker: - Obrigado!

            Dulce: - É apenas o meu trabalho.

           Ucker: - Sempre tão séria!

           Dulce: - Melhor séria do que hostil,  não acha?

            Ucker: - Você é ótima de qualquer jeito.

            Dulce: - Bobo!

             Ucker: - Me acompanha num jantar?

             Dulce: - Não posso, eu tenho que...

             Ucker: - Dulce! Vai me deixar jantar sozinho no dia em que consigo o direito de visita ao meu filho?

             Dulce: - Ucker...

             Ucker: - Por favor! É só um jantar.

             Dulce: - Certo, só um jantar.

             Ucker: - Ótimo! Então vamos.

      Eles seguiram para um restaurante de comida italiana, La Nona, um lugar romântica, bem frequentado, bonito e de muito bom gosto.

              Ucker: - Gostou da comida?

               Dulce: - Perfeita!

               Ucker: - E o vinho?

               Dulce: - Está tentanto me embriagar?

                Ucker: - Seria uma ótima, mas não.

      Eles continuaram rindo e bebendo durante um tempo, tudo estava muito bom, embora Dulce não queria admitir nem pra ela mesma.

      Após o jantar, os dois seguiram para a frente do restaurante, para esperar o carro. Ucker levou Dulce até em casa e saiu do carro junto com ela.

              Dulce: - O jantar foi ótimo, obrigada!

              Ucker: - Obrigado você, pela companhia. – Dulce apenas riu. – Você é sempre assim?

              Dulce: - Assim como?

              Ucker: - Arisca!

              Dulce: - Arisca? – Dulce ria.

              Ucker: - É. É como se tivesse medo de alguma coisa, vive se esquivando, com medo de mim.

              Dulce: - Eu, medo de você? Faça-me um favor, Uckerman.

              Ucker: - Então você não tem mesmo medo de mim. – Ele pôs as mão sobre o carro, a deixando presa.

              Dulce: - Ucker...

              Ucker: - Não tem mesmo? Hum? – Ele roçava os narizes e as respirações se intensificavam.

              Dulce: - Eu... Eu pre... Eu preciso...

              Ucker: - Precisa de mim. – Ucker beijou Dulce com vontade, devorando, como se estivesse esperando por aquele beijo desde que a conheceu.

       Numa situação normal Dulce resistiria, mas não podia, Ucker não lhe deixava escolha, mesmo que não quisesse, ela o desejava, loucamente, totalmente, eternamente.

       Depois do beijo ela o empurrou, estava perdida, confusa.

             Dulce: - Ucker, acho melhor pararmos com isso. Boa Noite! – Ela entrou em casa, sem olhar para trás.

                  ♥ Fim do Flashback♥

       E eu, aqui na Espanha, não estava sabendo de nada disso. Vê se pode? Minha própria irmã, se envolvendo com um mauricinho sem noção e estúpido (como ela, carinhosamente, o chamava) e eu aqui, sem saber de nada.