Fanfic: Opostos

           Anahí: - Oi, amor! – Eu dei em Poncho o melhor beijo de saudade que pude encontrar.

           Alfonso: - Oi, Fada! Conhece o Ucker, não é?

            Anahí: - Oi!

            Ucker: - Oi!

            Dulce: - Annie, a Darcy está perguntando se faz o molho madeira ou… Ah! Não sabia que já tinha chegado, Poncho!

            Alfonso: - Olá, cunhadinha!

            Dulce: - Oi, Poncho!

            Alfonso: - Esse é o Ucker, meu grande amigo, Ucker.

            Dulce: - Hum... Já ouvi falar. – Minha irmã sabia lançar um olhar de despreso como ninguém. – Tudo bem?

            Ucker: - Tudo bem.

            Alfonso: - Bem... Vamos jantar logo, vou até o quarto tirar essa gravata e lavar as mãos. Se quiser usar o banheiro fica a vontade, Ucker.

            Anahí: - Vou com você, amor. – Subi logo atrás do meu maridinho.

       Dulce e Ucker ficaram na sala. Dul se jogou no sofá e Ucker se aproximou dela, que o olhava com a sobrancelha levantada.

       Dulce se parecia muito comigo e nós, nos pareciamos com mamãe. Só que era mais vaidosa que Dulce, que era mais pé no chão (coisa que a vida também me ensinaria a ser). Dul também não era como eu, que dizia eu te amo todo o tempo. Eu amava a várias pessoas e dizia isso a todo instante, já, Dulce só dizia isso para mim ou mamãe e mesmo assim, não era sempre.

           Ucker: - Tudo bem, Dulce?

           Dulce: - Dulce Maria, por favor!

           Ucker: - Não gosta mesmo de mim, não é?

           Dulce: - Você é tão perceptivo! – Ela exclamou ao revirar os olhos.

           Ucker: - Porque?

           Dulce: - Porque você é um mauricinho, metido, nariz em pé e que se acha o dono da verdade.

           Ucker: - E o que te faz pensar isso?

            Dulce: - Talvez o fato de você ficar botando a maior força pro Poncho desistir de se casar com a Annie, só porque ela cantava no Cordelez, lugar que, com certeza, você frequentava.

           Ucker: - Talevez eu tenha ido duas ou tres vezes no Cordelez, mas é justamente por isso, que eu acho que não é um local de mulher decente.

           Dulce: - Quem você pensa que é? – Levantando e começando a gritar. – Você acha que pode dizer quem é ou não mulher decente? Quem pensa que é?

           Ucker: - Desculpe, eu não quis dizer isso, Dulce.

           Dulce: - Dulce Maria!

           Ucker: - Certo, Dulce Maria, me perdoa! Não queria te magoar, me desculpe por falar assim da sua irmã.

           Dulce: - Tá, tá! Agora vai lá, lavar a sua mão antes que o almoço seja servido, ou antes que eu jogue um desses vasos em você.

           Ucker: - Tá, tá! – Ele saiu.

      No quarto, Poncho tirava a gravata e lavava as mãos e o rosto.

           Anahí: - Que saudades do meu amorzinho! – Eu o abraçava por trás.

           Poncho: - Hum... Saudades de você também, minha fada. – Ele me deu um dos seus beijos maravilhosos. – Vem cá, porque essa hostilidade entre você e o Ucker?

           Anahí: - Nada demais. Ele não gosta de mim, então não gosto dele.

           Poncho: - Ai, Annie! Você não é mole. Vamos, vamos almoçar. – Ele me pegou no colo e desceu as escadas assim.

           Dulce: - Hum... Que casal mais grudento!

           Anahí: - Minha irmãzinha é tão doce! – Poncho me colocava no chão.

           Dulce: - Sabe que sou! Então... Vamos almoçar?

            Poncho: - Com certeza, cunhadinha! Cade o Ucker?

            Ucker: - Já estou aqui!

            Poncho: - Então vamos!

    Almoçamos todos juntos. Sentia a hostilidade de Dulce com relação a Ucker e o desejo da parte dele, mas decidi não dizer nada.

    Depois do almoço, Ucker foi embora. Fui para o quarto com Dulce, pretendia descobrir o que estava acontecendo.

           Annie: - Pode ir me contando, Dul. O que tá Acontecendo entre você e o Ucker?

           Dulce: - Aquele estupido? Não tá acontecendo nada, só não gosto dele e da maneira como ele julga você.

           Anahí: - Sabe que não me importo.

           Dulce: - Mas eu me importo.

           Anahí: - Tem certeza que não tá acontecendo mais nada?

           Dulce: - Não inventa, Anahí!

           Anahí: - Ok, ok!

    Mais tarde fomos levar a Dulce em casa, depois voltamos pra casa. Poncho dispensou todos os empregados, me dei conta disso quando chegamos em casa.

           Anahí: - Nossa! Que silêncio! Onde estão os empregados?

           Poncho: - Dispensei todos eles.

           Anahí: - Ah é? – Me aproximei dele e enrosquei meus braços em seu pescoço. – E porque fez isso.

           Poncho: - Porque eu só preciso de você.

           Anahí: - Ah é? E pra que precisa da Annizinha?

            Poncho: - Pra cuidar de mim.

            Anahí: - Hum... Então relaxa, que eu vou cuidar muito bem de você.

      Então, ali mesmo, na sala, tivemos uma noite de amor, maravilhosa como sempre era.

     Os dias se passavam e Mai aina não tinha tido coragem de contar a ninguém sobre o que estava acontecendo e nem me deixava falar com Poncho, mas irmão é irmão e meu maridinho já estava desconfiando de tudo.

            Poncho: - Annie, o que tá acontecendo com a Mai?

     Estávamos deitados na rede, na sacada do nosso quarto.

            Anahí: - Não sei não, amor, mas deve ser algo com a sua mãe. Será que elas não brigaram?

            Poncho: - Não sei, mas pode ser.

            Anahí: - Estou tão feliz que você tenha tirado o dia de folga hoje! Por mim eu ficaria o tempo inteiro assim com você.

            Poncho: - Eu também, minha fada! Te amo mais que tudo, sabia?

            Anahí: - Sabia!

            Poncho: - Convencida! – Ele estava rindo.

            Anahí: - Eu sabia, porque eu também te amo mais que tudo.

   Estávamos realmente felizes. Poncho era o homem que eu amava e quando estávamos juntos, nada mais importava, ele era tudo pra mim.

    E tudo parecia perfeito se não fosse o dia em que a bruxa apareceu lá em casa. Eu nunca pensei que ela pisaria no meu lar, no meu ninho de amor, mas ela pisou.