Fanfic: Opostos

    Conversei muito com as meninas, elas queriam me mostrar as novas dependências do lugar. Conversei com Christian, comi um pouco e depois voltei para casa, onde alguém me esperava no sofá.

         Annie: - Poncho?!

         Poncho: - Senhora Herrera, isso são horas? Onde estava?

         Annie: - Hoje foi aniversário da Ninel.

         Poncho: - E daí?

         Annie: - Eu estava na casa dela com ela.

         Poncho: - Na CASA dela ou no La Cordelez.

         Annie: - No La Cordelez!

         Poncho: - O que? Você foi naquele antro? O que foi fazer lá? – Já aos berros.

         Annie: - Fui cantar para a minha amiga querida, não fui transar com ninguém, não fui me prostituir, Alfonso! – Ela falava firme, mas baixo.

         Poncho: - Eu te proibo de voltar lá.

         Annie: - Como é que é? Me proibe? Alfonso, você sabe muito bem que eu detesto que me proibam de algo, detesto me sentir prisioneira. Não tente engaiolar esse pássaro que vos fala, querido, vai ser uma tentativa em vão. Pássaros são mais belos em liberdade.

        Poncho: - Você já está presa a mim, Anahí! Somos casados!

        Annie: - Você é meu marido, Alfonso, não meu dono. Quero me sentir feliz ao seu lado, não presa. Eu jamais te trairia, fui até lá apenas para ver minha querida Ninel.

        Poncho: - Detesto aquele lugar.

        Annie: - Foi onde me conheceu. Estou cheia dessa conversa, Alfonso! Vou dormir no quarto de criança hoje. – Disse subindo as escadas.

     O quarto de criança era um quarto que Poncho e eu começamos a montar assim que nos mudamos para aquela mansão. Era um quarto, todo pintado de amarelo, com uma caminha de solteiro, com ursinhos sobre a cama e brinquedos por toda a parte. Aquele lugar tinha sido criado para os futuros filhos e tudo ali tinha uma história. Me joguei na cama e se abracei à boneca de pano, seu nome era Mely, sorri ao ver o nome bordado na roupinha rosa. A boneca era loira e tinha os olhos azuis como os meus. de repente me lembrei da história de Mely.

                    ♥Flashback♥

     Eu e Poncho estavamos em uma loja de brinquedos. Alfonso tinha sismado que faltava um soldadinho de chumbo no quarto de criança, quando ele se virou para falar comigo, percebeu que eu estava emocionada, chorando, enquanto olhava uma boneca de pano.

         Poncho: - O que houve, fada? –estava fora do ar. – Fada? Fada!

         Anahí: - Hum? Oi, amor!

         Poncho: - Tá chorando porque, minha vida?

         Anahí: - Nada não, bebê! É besteira.

         Poncho: - Fala, minha fada, me diz.

         Anahí: - Lembranças da infância, essa boneca... Quando eu era pequena eu tinha uma igual, meu padrinho quem comprou ,ele já faleceu há tempos, o nome da boneca era Mely! Eu a adorava, mas meu pai, um dia bebeu muito e rasgou a Mely toda. Chorei a noite toda, minha mãe comprou uma outra para mim, mas não se parecia com a Mely, mas essa, essa aqui é idêntica, parece que estou vendo a cópia da minha filhinha. Meu padrinho era tão maravilhoso! E ele já tinha morrido quando meu pai rasgou a boneca, por isso doeu mais. A única diferença entre a minha boneca e essa, é que a minha tinha o nome bordado na barra da saia.

         Poncho: - Seu padrinho que mandou bordar?

         Anahí: - Acredito que sim. Bem, mas vamos, Poncho, passe logo esse soldadinho de chumbo no caixa e vamos pra casa.

        Poncho: - Claro, amor!

     Dias depois, quando entrei no quarto de criança para abrir a janela, vi sobre a cama a Mely, com o nome bordado na barra da saia “Mely”, era a minha pequena Mely.

     Quando olhei para trás, Poncho estava parado na porta do quarto, corri até ele com lágrimas nos olhos, e o beijei loucamente, fizemos amor no quarto de criança.

               ♥ Fim do Flashback♥

Foto Anahí: