Fanfics Brasil - 1. Caminhão de mudança A Garota ao Lado

Fanfic: A Garota ao Lado | Tema: Crepúsculo


Capítulo: 1. Caminhão de mudança

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Foi só mais um dia comum na Forks High School. O professor Banner nos fez dissecar sapos para um experimento e depois anotar o que víamos nas estranhas. Droga, aquilo era nojento. Mais nojento ainda foi ver o Jacob vomitar o cereal matinal preferido dele em cima do cabelo da Lauren Mallory depois de dissecar o sapo. Cara, que vacilo! Nós já não tínhamos credibilidade com as garotas, depois dessa as nossas chances iriam por água abaixo. Ou sapo abaixo. Sei lá, nunca fui bom com trocadilhos. Ah caminho do refeitório, Jasper e Jacob discutiam por causa do incidente.

Mas que idiota – Jasper balançou a cabeça e levou a mão à testa.
Ah qual é, aquele bicho era nojento – Jacob se defendeu.
Agora garota nenhuma vai querer saber da gente!
E daí, vai fazer alguma diferença? – Jacob rebateu – Você é só um nerdão mesmo!
E você é o que, por acaso? Ah olhem pra mim, eu tenho uma câmera e gravo vídeos idiotas pro clube de filmagem! – Ele fez uma imitação ruim de Jacob.
É clube de cinema! E eu estou me preparando para entrar para a faculdade de artes cinematográficas. – Jacob retrucou em resposta - Ah, e quem é você pra falar de mim hein? Você ainda lê quadrinhos de super herói e nunca beijou uma menina!
Isso não é verdade!
É tem razão – Jacob ironizou – Você beijou aquela sua vizinha de aparelho quando tinha nove anos.
E você vai levar sua prima para o baile de inverno – Jasper devolveu.
Ah não vem com essa de novo, tá legal?

Aquilo ia longe. Me desliguei dos dois e observei os garotos populares no refeitório da escola. Hoje era sexta-feira, o dia em que eles costumavam fugir para se divertir, geralmente em La Push, na floresta ou iam para Port Angeles vadiar. Eu queria ser como aqueles caras. Eles tinham as melhores garotas, mandavam na escola e não tinham medo de nada. Ser um dos únicos garotos ainda virgens da escola era como ter um sinal escrito “sou um perdedor” bem no meio da testa. Eu era um molóide.

Eu já falei pra você parar de me chamar de Jakolino, eu odeio esse apelido, cara.
Ta bom, Jakolino – Jasper levantou as mãos para o ar.
To te falando hein cara, é melhor você correr!
Parem vocês dois! – eu gritei – Será que não cansam de discutir o tempo todo por bobagens?
Bobagem? – Jacob se exasperou - Você escutou só do que esse cara me chamou, hein?
Você que começou.
Olha, presta atenção – eu falei impaciente – Tão vendo aqueles caras ali? – eu apontei para o grupo de adolescentes que subiam em um jipe branco enorme – Eles são os maiorais da escola. Tem todas as garotas que quiserem, as mais lindas e é óbvio que não são mais virgens. Agora vocês sabem quem ainda são virgens?
Quem?
Nós! – eu falei com obviedade na voz – Nós somos virgens. E nenhuma garota vai olhar pra gente se vocês continuarem agindo desse jeito.
Culpa o vomitador aí – disse Jasper.
Vocês não sentem vontade de fazer o que esses caras fazem? – eu perguntei - Fugir da escola no jipe do Emmett McCarty e não se preocupar com nada! Deixar pra lá as notas, o clube de cinema e toda essa coisa científica em que a gente tá sempre metido e pelo menos uma vez... se divertir. Sair do controle. – eu suspirei.
Esses caras vão se dar mal uma hora cara, e eu não to afim de me dar mal. – O nerd Jasper respondeu.
É, nem eu
Quer saber? Eu cansei de ser um perdedor – eu olhei pros meus dois melhores amigos – Eu vou fugir que nem eles e me divertir.
Vai matar aula? – Jacob se espantou.
Cara, isso ta me cheirando à detenção – Jasper comentou.
É, vocês vem comigo?
Não, eu não quero parar na diretoria – ele levantou as mãos novamente – Se eu tiver uma sujeirinha na minha ficha meu sonho de ir para Yale vai ser esmagado.
Eu... tenho que ir... pro clube de cinema agora – Jacob falou quase engasgando. Eu sabia que ele estava muito afim de ir comigo, mas não era tão corajoso assim.
Vocês são uns bebês.

Balancei a cabeça e saí em direção a minha chevette azul. Ainda escutava a eterna discussão dos dois quando dei a partida no carro.
Droga cara, eu queria ir também!
Ah, cala essa boca.


Dirigi pela estrada sinuosa de Forks, seguindo o jipe branco do Emmett McCarty, o garoto mais popular da escola, artilheiro do time de lacrosse, vencedor do campeonato de comer cachorro quente, eleito três vezes o rei do baile e namorado da garota mais linda que aqueles corredores já viram, Rosalie Hale. Ele era tudo isso, e eu não conseguia nem me eleger à representante de turma. Fui massacrado pela Jessica Stanley. Eu era um fracasso. 

Dobrei a oitenta por hora a curva que levava à La Push, aonde a galera ia para surfar, aproveitando um dos raros dias de sol que fazia em Forks. Eu não tinha trazido roupa de mergulho nem prancha, mas pretendia só me sentar em um toco apodrecido e ficar lá, pensando em outras formas de quebrar as regras, pra tentar parecer menos nerd e mais descolado. Quando fiz o desvio, ouvi a sirene da polícia. Eu havia esquecido de cobrir a placa como os outros tinham feito, para não ser pegos, e agora era tarde demais, eu precisava estacionar. Mas que tipo de covarde eu era? O Emmett McCarty não tinha parado, tinha?

Pisei fundo no acelerador. Eu estava quase a cento e vinte, o chefe de polícia Waylon gritava no megafone me mandando estacionar. Continuei dirigindo, mas ele agora estava se aproximando e conseguiu colar na minha traseira.
- Merda.

Dobrei a esquerda na outra curva, quase saindo da estrada quando uma carreta carregada de aves que vinha pela contramão avançou e chocou-se com o carro da polícia, o fazendo capotar três vezes para fora do meio fio e bater nas árvores. 

O sinal do fim do intervalo me fez acordar do devaneio. Eu ainda estava no estacionamento da escola, apertando com força o volante e encarando o espaço vazio à minha frente. Legal, agora eu estava inventando acidentes na minha cabeça. Angela Weber da aula de biologia, que estava sentada no capô do próprio carro há dois metros de distância me olhava como se eu tivesse algum problema mental. Provavelmente eu tinha, mas que idiota.

Dei a partida no carro e fui para casa. Era melhor ir descansar e tentar escrever meu discurso para Georgetown antes que as coisas ficassem ainda pior.

Havia um caminhão de mudança parado em frente à casa do vizinho. Meu pai e minha mãe ajudavam a carregar as coisas para a casa ao lado; pelo jeito alguém estava se mudando para lá.
Maravilha, vizinhos novos – eu ironizei.
Filho vem cá! – minha mãe gritou – Edward!
O que foi mãe? – saí do carro e fui em direção a eles.
Filho, quero que conheça Isabella Swan, nossa nova vizinha – minha mãe anunciou entusiasmada - Ela acaba de se mudar para a antiga casa dos Crowley.
Olá Edward. 
Uma linda garota de pele clara e longos cabelos cor de mogno se virou e sorriu. Tive que segurar na porta do caminhão para não cair feito uma banana podre. Não dava simplesmente pra descrever aquela garota, porque não era qualquer garota. Ela era a mulher mais linda, mais sensual e gostosa que eu e toda Forks já tinha visto na vida. Eu perdi a voz por alguns minutos.
Oi?
O-oi – eu tentei falar, ainda deslumbrado. Ela riu, provavelmente me achando um idiota. – Bem vindo á vizinhança, Isabella.
Você pode me chamar de Bella – ela apertou minha mão delicadamente, dando uma piscadinha com os olhos cor de chocolate mais incríveis que eu já tinha visto. 
Isabella acaba de vir de Phoenix, Edward – meu pai se intrometeu na conversa – Ela era salva vidas, mas agora quer experimentar a vida no interior. Vai trabalhar como atendente na loja de artigos esportivos dos Newton.
É, eles me deram um emprego – ela balançou a cabeça fazendo chacoalhar o cabelo brilhante – bom, obrigada por me ajudarem na mudança, senhor e senhora Cullen. Foi um prazer conhecê-lo Edward.
De nada querida, apareça lá em casa qualquer hora para um chá com biscoitos – Esme foi simpática.
Claro, eu apareço sim.
Tchau – eu pensei em falar algo mais descolado como um “a gente se esbarra, gatinha”, mas minha garganta travou de novo quando ela deu outra piscadela antes de entrar.

Me joguei na cama, ainda pensando na garota da casa ao lado. Isabella. Bella. Parecia a versão moderna da deusa da beleza. Liguei para Jacob.
Alô 
meu amigo, e aí como foi o passeio?
- Eu não tive coragem de ir – confessei.
Ah, você é um manezão – ele riu.
Você não vai acreditar cara, a menina mais linda e gostosa que eu já vi se mudou para a casa ao lado – eu falei, olhando para a janela.
Sério? E como ela é? – ele perguntou pouco interessado – Hum, mas que peitões hein? Balança eles assim gatinha.
Quem ta aí com você? 
Ninguém cara.
Jacob você ta vendo pornografia? Mas que pervertido, a gente ta no telefone.
Ah, cala essa boca – ele rebateu - Isso gostosa põe essas bolas na boca.
Fala sério cara, você é doente.

A luz na janela vizinha se acendeu, e Isabella entrou no quarto. O vento sacolejava a cortina de seda, o que permitiu ver quando Isabella levantou a blusa e desabotoou o sutiã, revelando seios grandes e redondos.
Porra, ela ta tirando a roupa – eu me abaixei para que não me visse.
Onde? Em que canal?
Eu to falando da Bella, minha vizinha! Ela ta ficando nua, e o quarto dela fica bem em frente ao meu!
Que droga, eu queria ta vendo isso.ele falou suspirando - Deve ser bem melhor ao vivo.
Escuta cara, eu vou ter que desligar.
Ei espera, como são os peitos dela?
Desliguei o telefone e voltei a olhar para a vizinha. Ela já havia descido a calça e estava de costas, usando uma minúscula calcinha vermelha de renda. Arquejei pasmo, e sem querer dei uma cotovelada em um porta retratos, fazendo o maior barulho. Isabella se virou.
Droga – eu me abaixei desejando que não tivesse me visto. Ouvi o barulho da janela sendo puxada e a luz da casa vizinha se apagou. Levantei a cabeça para olhar a janela, mas ela não estava mais lá. Respirei acelerado, meu coração batia a mil por hora. 

A campainha da minha casa tocou. Corri até a escada e me escondi rapidamente embaixo do corrimão, quando minha mãe abriu a porta e Bella, apareceu, cumprimentando-a gentilmente. Depois meu pai se virou e gritou meu nome.
Edward! Desça até aqui!
Meu coração parou por um segundo inteiro.
Edward!
Tentei me recompor e desci as escadas, preparando o pedido de desculpas e a aceitar o castigo de duas semanas por assediar a vizinha nova pela janela.
Ah, Edward! – minha mãe entoou gentilmente – veja quem veio nos visitar, a nossa vizinha Bella.
Olá – ela acenou com simpatia – eu sou nova, então pensei que você podia me mostrar a cidade.
E-eu
Edward! – minha mãe me repreendeu – não seja mal educado. Leve Bella para dar uma volta.
Bella me olhou com uma carinha de cachorrinho faminto impossível de resistir.
É claro – eu respondi, minha garganta se fechando.
Peguei as chaves do carro, mas ela impediu, sacudindo as dela própria.
Não, vamos no meu carro.

Entrei no volvo prata e super reluzente que ela dirigia e sentei no banco do carona, completamente frustrado. Não bastava ser gostosa como uma modelo da 
Sport Illustrated, ainda tinha um carro bem melhor que aquela banheira que eu dirigia. Que ótimo. Eu nunca teria chances com uma garota como aquela. Bella dirigiu há pelo menos seis quadras de distância da minha casa antes de quebrar o silêncio.

E aí, gostou do que viu? – ela perguntou com ameaça na voz, e a sobrancelha arqueada.
O que? – eu arregalei os olhos, assustado.
Eu perguntei se você gostou de me ver tirando a roupa, eu vi você me espiando pela janela.
Não! 
Não? –  Ela arquejou, ofendida. 
Quer dizer, eu não queria ter visto!
Mas que idiota eu era?
Não, não que eu fosse querer ver você sem roupa, é claro que eu adoraria – que idiota, mas que merda eu estava falando?
Então confessa que viu?
Sim, mas não! – estava entrando em pânico – Eu vi, mas foi sem querer, eu juro. Eu não tive a intenção, me desculpe!
Bella me observou de corpo inteiro por um segundo e mordeu os lábios, sorrindo. Fiquei constrangido.
Então agora é a minha vez.
Sua vez de quê?
Você me viu sem roupa, agora é a minha vez – ela circulou o dedo em minha direção – Tira a roupa.
- Eu não vou tirar coisa nenhuma 
– retruquei.
Prefere que eu conte para sua mãe o quanto estou constrangida e chateada por você ter me observando trocar de roupa através da janela do seu quarto?
Ela me olhou com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso sarcástico no rosto e percebi que ela falava sério. Respirei fundo e tirei a camisa, depois a calça, jogando no chão do carro. Me encolhi.
Tira a cueca.
O quê? Não, aí já é demais.
Tira a cueca, Edward, vamos. 
Ela me encarou com uma expressão séria que me deu medo. Tirei a cueca rapidamente e me encolhi, cobrindo o pênis com as duas mãos.
Huum, ate que não é nada mal.
Olhei de canto de olho, não achando a mínima graça. Bella estacionou embaixo de uma árvore, a rua estava deserta como sempre.
Agora sai do carro.
Peraí, o que?
Eu disse pra sair do carro, agora sai.
Tá bom – Eu comecei a considerar desequilíbrio mental à margem da perfeição daquela garota.
Abaixei pra apanhar minhas roupas, quando ela me impediu, tomando-as da minha mão.
Sai assim mesmo.
Você ta louca? Eu estou pelado, e está muito frio lá fora.
Bella abriu a porta do carona, e me empurrou pra fora. Me encolhi, de frio e de vergonha. Ela deu a partida no carro novamente e saiu em marcha lenta.
Tentei acompanhar, correndo e tremendo de frio. Bati no vidro algumas vezes, enquanto corria para segui-la, até que ela o abaixou.
Bella, me desculpe, me deixe entrar – implorei – já entendi o recado.
Ela abaixou o vidro e riu de mim, sacudindo a cueca na minha direção.
Você quer isso? Vem pegar. – Ela acelerou e eu corri mais rápido, pulando por cima de bancos e derrubando latas de lixo. As poucas pessoas da rua – graças a Deus – me olhavam espantados. Ela reduziu a marcha e eu consegui alcançá-la, indo para a frente do carro com as duas mãos estendidas. A minha esquerda, duas mulheres abriram a boca em um “O” de espanto e correram apressadas. 
Você quer isso? – Bella sacudiu a cueca novamente aos risos. – Ta bom, pode vir pegar.
Que droga Bella, isso não tem graça.
Quando comecei a me aproximar, ela acelerou o carro , partindo pra cima de mim. Me joguei na calçada.
Vem, entra. – Bella abriu a porta do carona novamente e eu entrei. Dolorido, assustado e totalmente humilhado. Sentei no banco e vesti minhas roupas o mais depressa que pude, antes que congelasse de vez. – Acho que você já aprendeu a lição
Não devo espiar minha vizinha enquanto troca de roupa. – respondi sarcástico.
Bella riu e parecia um coro de sinos. 
Mesmo com muita raiva, não conseguia deixar de me encantar por ela.
 



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Autor(a): madelinejota

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