Fanfic: A fada da minha proteção | Tema: Fadas

Capitulo 10

_Vamos Joan, acorde! _aquele era o som pelo qual eu tinha procurado o dia todo, e consegui encontrá-lo.

_Eva?!_ eu disse recobrando os sentidos e sentindo um cheiro bom de biscoitos.

_Sim Joan sou eu pode me ver?

_Parece que sim, e os biscoitos também! _ essa voz eu não conhecia, mas soava como o de um soldado pronto para a guerra.

_Fique quieto, preciso ter certeza de que ele esta bem!_a voz de Eva parecia preocupada.

Fiz um esforço para abrir meus olhos, mas todo o esforço valera a pena ela estava ao meu lado abaixada junto a mim e carregava uma bolsa de pano da qual saia um cheiro bom de canela com bananas, mel também era um ingrediente forte que exalava da bolsa.

_Vamos Joan, tente comer isso!

_O que é isso?_eu disse sem me importar muito e mastigando com rapidez.

_São simplesmente biscoitos, são meus, você precisa comer!

_Ele precisa ir embora também!_ a voz falava cada vez mais com autoridade, engoli os biscoitos e aos poucos fui recobrando meus sentidos. A floresta estava escura, mas ao ver Eva ela parecia iluminar o lugar, a voz ao lado dela era de um jovem rapaz, quando consegui me levantar com a ajuda de Eva pude vê-lo melhor era alto e tinhas os cabelos enrolados e dourados iluminados com a luz do luar, sua pose de soldado imperava desde sua cabeça até os pés, ele estava bem vestido e tinha no olhar um ar de rejeição pela preocupação de Eva comigo.

_Vamos Joan, vamos embora, seu pai deve estar muito preocupado!_ Eva disse apoiando meus braços em seus ombros e me direcionando pra algum lugar dentro da mata.

_Como você me encontrou? Como sabia que eu estava aqui?

_Sem perguntas Joan, precisamos ir._ela foi me acompanhando e logo atrás de nós o soldado como um cão de guarda. Não demorou muito e comecei a ouvir o som do rio de longe, eu estava o tempo todo tão perto dele e não consegui encontrá-lo, Eva realmente conhecia aquele lugar como ninguém, era incrível que mesmo no escuro da noite ela conseguia encontrar o caminho de volta.

_Você! _disse ela apontando ao soldado e falando como se estivesse dando uma ordem irrevogável_ Espere aqui! Vou atravessar o rio e manda- lo pra casa, volto logo, não saia daqui!_ Ele apenas fechou ainda mais a cara mas obedeceu. Atravessamos o rio e logo vi Arredio no mesmo local em que o deixei hoje cedo.

_Vá Joan, ande rápido! Suba!_ ela disse segurando as rédeas de arredio pra eu subir.

_Não!

_Não?!

_Não vou, precisamos falar. _eu disse tentando segurar sua mão e ela puxou em sinal de negação.

_Não Joan, você precisa ir, agora!

_Demorei o dia todo pra te encontrar, não vou embora enquanto não falar com você!_ela olhou em direção ao outro lado do rio onde o soldado ficou esperando e voltando o olhar pra mim ela aprofundou os olhos em direção aos meus e começou a falar.

_Joan olhe pra mim!

_Não há o que você faça que vai fazer eu desistir de falar com você, não entende o quanto eu tenho te procurado, ou o quanto eu queria te ver?

_Sim eu sei disso, com toda certeza Joan, não duvido de suas palavras, mas por favor, faça o que eu estou te pedindo, e amanhã estarei aqui, vou estar aqui quando você voltar, mas agora preciso que você vá!

_É por causa dele?_ indiquei com o queixo o soldado do outro lado do rio que ainda pairava a espera dela.

_Também._ela respondeu agora com mais leveza na voz.

_Ok, eu vou! _ela respirou com alivio_ Se é assim que você quer... mas, amanhã estarei aqui, por favor preciso ve-la novamente!

_Tudo bem, estarei aqui, mas me ouça com atenção! Quando chegar, se eu ainda não estiver aqui...

_Há não Eva n~...

_Acalme-se Joan! Eu disse se eu “ainda não estiver aqui...”

_Me desculpe.

_Peço que me espere, procure não se irritar ou se preocupar, não fique ansioso, fique tranqüilo, me espere, pense em coisas boas, pense em mim..._ela dizia as palavras olhando nos meus olhos com total autoridade e cheia de si, ela tinha o dom de me acalmar.

_Farei isso! _montei o arredio e me despedi de Eva, mais uma vez. _ Até amanhã então! _ sem resposta ordenei ao cavalo para seguir o caminho que me obedeceu prontamente. Sem olhar para trás e vendo a estrada na minha frente segui contra minha vontade, mas ainda com a esperança de ver Eva novamente amanhã. Em pouco tempo cheguei à fazenda, as luzes da casa ainda estavam acesas mesmo com o adiantado das horas parecia que não havia ninguém dormindo, e com certeza todos estavam a minha procura. Adentrei na sala onde estava Peter e Matilda com olhar de preocupação, ela veio ao meu encontro, ele continuou parado me olhando de cima.

_Meu menino, onde esteve o dia todo? Estavámos preocupado, por que veio tão tarde?

_Me desculpe Matilda, não foi por querer! _eu falei com ela, mas dirigindo as palavras a Peter.

_Você poderia ao menos ter ligado Joan! ­_enfim ele falou.

_É que eu estava na floresta e...

_Na floresta!? É muito perigoso essas horas! _disse Matilda ainda mais preocupada agora.

_É eu sei, mas está tudo bem, me desculpem! Não vai acontecer de novo.

_Assim esperamos! _meu pai disse virando e subindo as escadas sem dar importância para o que eu disse.

_O que fazia na floresta até essas horas Joan? Estava com seus amigos e esqueceram das horas?

_Não Matilda, eu estava sozinho.

_Sozinho? É ainda mais perigoso, o que você fazia lá? Voce saiu muito cedo, comeu alguma coisa hoje?

_não, apenas alguns biscoitos, estou faminto.

_Há meu Deus, venha vou preparar um lanche pra você, e quero que me conte o que andou fazendo na floresta até essas horas da noite.

_Eu estive lá, porque eu queria encontrar alguém e...

_Aquela moça da faculdade?

_não Matilda, não é a Suelen, é outra moça que conheci a poucas semanas atrás, fui lá para encontrála e  acabei por passar o dia todo lá.

_Mas porque na floresta, Joan é perigoso, vocês deveriam marcar encontros na cidade é mais seguro, ela mora lá?

_Não, não sei... onde ela mora ao certo!

_encontrei ela por acaso no dia do acidente na estrada e fui procurá-la na cachoeira que tem  a alguns quilômetros ao sul da estrada principal e ...

_Cachoeira? Joan não há cachoeiras ao sul da estrada principal, somente deste lado das terras de seu pai.

_Não Matilda há sim, eu estive lá foi lá que fui com Suelen.

_Estranho, não me lembro de cachoeira por aqueles lados

_Bom, foi lá que estive o dia todo, obrigado pelo lanche, acho que vou comer no meu quarto, boa noite Matilda e mais uma vez me desculpe pela preocupação.

_Meu menino, amamos muito você por isso a gente se preocupa, não queremos que nada de ruim aconteça.

_Nada vai acontecer Matilda, eu prometo, até amanhã. Há! Eu já ia me esquecendo, amanhã vou sair bem cedo, talvez vocês ainda estarão dormindo, não sei ao certo que horas vou estar de volta, mas não se preocupe, estarei bem.

_Esta bem Joan! Agora suba já esta tarde.

O lanche de matilda estava maravilhoso, eu comeria mais uns três se não estivesse pronto pra dormir, queria acordar cedo, procurei não me preocupar como Eva tinha dito mas, isso foi inevitável.