Fanfic: E-love 1 e 2 TERMINADA | Tema: vondy

— Hey, — Christopher forçou um pouco a voz, fazendo-a mais grave para ter a certeza de que Dulce não o reconheceria tão fácil. — Você precisa de ajuda?

Pareceu dar certo, pois ela nem ao menos se deu o trabalho de virar a cabeça para mirá-lo nos olhos e negar. Apenas mexeu os ombros e balançou a cabeça fazendo um sinal negativo, murmurando algo que mais soou com um huuum e tentando empilhar duas bandejas de salgado em um braço, e uma pilha de pratos e talheres no outro.

Sem sucesso, é claro.

— Você parece estar precisando de ajuda.

— Aum ercisa si preo-cuo-paer... — ele pode notar que com os dentes, Dulce segurava o pacote de guardanapo.

Achando toda aquela cena encantadora, não conseguiu resistir ao impulso de aproximar-se um pouco mais. Antes de fazê-lo, encostou a porta da cozinha, tentando fazer o menor barulho o possível. Bem, se estava ali, não seria tolo em deixar a oportunidade passar... Estava com Dulce em uma cozinha, completamente sozinhos, e ela estava incrivelmente bonita com o vestidinho azul, uma rasteirinha dourada e com o cabelo preso em uma grossa trança... Não conseguiria resistir nem se tentasse, e sabia que tentar seria inútil.

Deu mais dois passos sigilosos em direção a ela, esticando um braço para tocá-la, mas voltando atrás. Queria surpreendê-la, deixá-la sem escapatória daquela vez... Queria prendê-la em seus braços, olhá-la diretamente nos olhos, sentir o perfume que ela usava... Inferno, quem poderia dizer que tudo aquilo era apenas virtual?

— Você recebeu um e-mail, Dulce. — sem deixá-la ter tempo para pensar, Christopher passou as mãos por debaixo dos braços dela, segurando firme a bancada e deixando-a sem ter como sair. — De Christopher Uckermann. O assunto? — sentindo-a tremer, deixando as bandejas e os talheres e pratos caírem sobre a pia, ele sorriu no ouvido dela, vendo em câmera lenta os guardanapos escorregando para se encontrarem com os outros objetos. — Os seus amigos e o meu irmão outra vez nos aprontaram uma. — observou com a boca dela tremia e como os olhos se fechavam com violência, como se quisesse acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho, e pensou em se afastar para não assustá-la, porém viu um pequeno sorriso formar-se no canto da boca dela. O suficiente para não mover um músculo. — Eu não quero que você fuja mais...

— Pode não parecer, mas eu sou tímida... — a voz dela... Foi à vez de Christopher fechar os olhos para melhor digerir aquela tonalidade tão doce e acanhada.

— Não comigo. — ele negou veemente com a cabeça. — Você não é tímida comigo... — deu uma risada rouca na beirada do ouvido dela. — Você me mandou a merda logo no primeiro e-mail, Dulce... Depois me pediu desculpas sem parar... E assim você passou a contar a sua vida para mim como se eu fosse o seu diário, me dizendo detalhes e segredos... Você me disse às coisas que gostava, as coisas que odiava e que tem uma gata chamada Polônia... Você me apelidou de Sr. Fofo e você um dia disse que queria um abraço meu... Então você não é tímida comigo, Dulce... Não, você não pode e não deve ser tímida comigo...