Fanfic: Tu, solo tu. | Tema: vondy

Christopher: O seu quarto é o 209 ou o 208? – A voz dele entrecruzou com seus pensamentos, a despertando.

Dulce: 209... – Murmurou, envergonhada.

Christopher: Então, com licença... – Ele pôs-se ao seu lado e abriu a porta, entrando no cômodo antes de dar uma chance de Dulce repor seus pensamentos.

Ela, por fim, entrou em seu quarto, jogando a mala em um canto qualquer e indo direto ao frigobar, servir-se de uma garrafa de água gelada. Não queria pensar em Christopher. Não queria pensar na beleza das espanholas. Não queria pensar em nada que envolvesse Christopher e uma espanhola em uma cama, uma banheira ou...

Dulce: Que Diabos de porta é essa?

Christopher: Que porta é essa? – Ele reprisou a mesma pergunta no exato segundo em que Dulce comentara, e os dois, escutando suas vozes ecoando ao mesmo momento, silenciaram-se imediatamente.

Ele aproximou-se um pouco da porta e olhou pelo vão, vendo que Dulce se encontrava parada ali, poucos centímetros de distância, encarando o objeto de madeira com uma cara de espanto. Levou a mão à maçaneta, mas não encontrou coragem para girá-la. Se abrisse, o que iria falar?

“Oi, Dulce, não sei se você reparou, mas temos uma porta de ligação entre nossos quartos. Legal, né? Então, se você quiser passar à qualquer hora no meu quarto para conversar, estarei disposto a te escutar, ok? Ah, é isso, tchau.”

Sentiu-se enormemente idiota pelo pensamento que tivera e retirou a mão da mesma devagar, para não dar indícios de que pensara em girá-la. Dulce, do outro lado, continuava imóvel, não acreditando que haviam lhe preparado uma cilada daquelas.

Ela abriu a boca. Queria gritar e falar que queria entrar no quarto dele e que não queria saber de nenhuma espanhola deitada naquela cama com ele, porque se não ela era capaz de cometer algum homicídio de noite. Mas seguiu quieta. Antes de ameaçá-lo de morte, deveria resolver as coisas com ele.

Teve uma idéia. Talvez a melhor idéia de sua vida. Abriu correndo a bolsa e retirou de lá um caderno e uma caneta. Arrancou uma folha e rabiscou rapidamente uma frase, dobrando a folha em seguida e passando a folha por baixo da porta.

Christopher assustou-se ao ver um pedaço de papel branco pousando na ponta de seu pé, e ajoelhou-se para pegá-lo. Suas mãos transpiravam de ansiedade. Era bem típico de Dulce realizar alguma coisa surpreendente como aquela.