Fanfic: A volta dos Vampiros | Tema: Vampiros

Eu corria como um louco dentre as árvores agora. O vento estapeava meu rosto sem dó, minha face estava congelada por conta do vento excessivo. As árvores passavam por mim como nuvens, apenas um embaçado de traços. Como se eu estivesse com problema na vista.

Tudo o que eu queria nesse momento era encontrar Toby e voltar para os braços de minha amada, Melanie. Nem eu mesmo conseguia imaginar que estava em uma missão suicida atrás do meu pequeno irmão cabeça de vento. Que mais uma vez em séculos, havia tomado uma decisão sem pensar no próprio umbigo.

Talvez fosse tarde demais para encontrá-lo ainda em pé, sem estar dentro de um caixão com uma bela estaca cravada em seu peito. Ouve um arrepio em meu corpo com o pensamento negativo. A última vez que ele fez isso foi para salvar Rose e ambos nos demos mal quanto a isso.

Eu já estava longe da cidade a uma distância que nem Melanie e muito menos Peg poderiam me seguir. Talvez eu tenha subestimado demais o faro da minha vampirinha, ela sim, conseguiria me encontrar a quilômetros de distância dela.

Já Peregrina essa era outra que agiria por impulso, sem pensar em si mesma. Se qualquer um daqueles vampiros da tumba pedisse seu pescoço seco para drenar todo seu sangue em troca à eternidade de Toby, ela não pensaria um segundo.

Eu já tinha saído das florestas densa, o tempo estava fechado iria chover. Estava agora numa estrada de barro, avistei uma enorme casa. Ou melhor, o velho castelo dos Peterson. Era até estranho voltar àquele lugar depois de anos de sucesso da fuga de dentro da tumba maldita.

Parei em frente o grande portão, como de um castelo mesmo, eu era uma formiga perto dele. Meu celular vibrou no bolso, por um instante achei que estivesse tremendo.

-- Minha vampirinha! – sorri ao ouvir sua voz.

-- Como foi até agora? – ela ignorou minha brincadeira indo direto ao ponto.

-- Bom, cheguei ao local agora.

-- O que andou fazendo pra chegar só agora, Jack? – a minha ciumenta. Sorri.

-- Precisei dar uma parada para me alimentar. Acha que é fácil sair de Mystic Falls e vim parar em Oklahoma sem um lancino? – brinquei novamente.

-- Pois pare, Peg está louca já. Chora a cada instante lamentando o fato de isso ter acontecido. Pare de brincar com pessoas inocentes e vá ao encontro de Toby e o traga de volta. – ela desligou o telefone antes mesmo que eu me despedisse.

-- Mal educada como sempre. – resmunguei.

Oklahoma era a cidadezinha mais deserta que já vive em minha vida infeliz. Foi aqui que tive os melhores piscosinhos para mordiscar, a garotas mais lindas e charmosas desse mundo. Rafael sempre me deixará saciar minha sede, desde que não as matassem, as transformasse depois de saciada minha sede.

Entrei pelo portão que já estava aberto, estava com cor de ferrugem já. Sem guardas, sem armas, sem balões com as malditas verbenas para queimar minha pele me deixando fora de combate para poderem me jogar na fogueira.

Era um grande túnel escuro e tudo que tinha nele eram cadáveres pelo chão, ossos melhor dizendo. Corpos mutilados, membros para todos os lados. Silêncio. Silêncio e silêncio. Tudo que havia.

Nada de Rose, Rafael ou mesmo Toby.

-- Ótimo! – resmunguei.

Enquanto dava uma checada nos cadáveres naquele túnel escuro, ajoelhado. Senti alguém se aproximando de mim pelas minhas costas. Virei num rápido movimento.

-- Olá irmãosinho! – era Toby.

-- Toby! – disse aliviado. – Enfim te achei, vamos embora daqui. – o peguei pelo braço puxando-o, mas do lugar ele não saiu.

-- Eu não vou Jack. – ele se livrou de mim. – Vá você!

-- Como é criança? – voltei até ele colocando a luz da lanterna em sua face. Seus olhos estavam vermelhos até demais. Mais que o de costume. – Andou bebendo sangue em excesso menino? – disse.

-- Isso mesmo que você ouviu, vai embora. E apenas esqueça que um dia existi. – disse ele.

-- Moleque vamos embora agora, ou – ele me interrompeu.

-- Ou o quê Jack? Irá enfiar uma estaca em meu peito e me carregar? Sinto muito desapontá-lo querido irmão, mas agora respondo a outras ordens. – ele estava com umas das mãos apoiada em meu ombro, sua mão estava suja de sangue e sua blusa branca que deixava o vermelho destacado.

-- Toby você tem noção do quê está fazendo consigo mesmo? – disse.

Ele não me respondeu.

-- Peg está louca achando que você só se meteu nisso porque ela não respondeu tuas mensagens, ligações. – tentei ser dramático para trazê-lo de volta. – Melanie está preocupada com você também, elas estão loucas atrás de você. Agora faça o bom menino e vamos embora comigo. – disse pegando seu braço. Que logo em seguida ele soltou.

-- Não vou! – recusou-se. – Não sei do quê está falando.

-- Você só pode estar brincando comigo, Toby seu idiota. – fechei meu punho e dei com gosto na fuça dele. Não demoro muito ele estava em cima de mim agora, tentando me acertar. Segurei sua mão que estava fechada em punho também, tentando devolver o murro que dei nele. Seu nariz estava sangrando agora.

Ele apertava meu pescoço na tentativa de me sufocar.

-- Esqueceu... que... estou... morto moleque. – falei entrei suspiros jogando-o contra a parede fazendo eco dentro do longo túnel.

-- Deixe-me em paz Jack, vá embora. – ele limpou o nariz com a manga da blusa e voltou a falar. – E mantenha peg longe daqui. – ele já estava me dando às costas e indo embora, quando voltei a falar.

-- Ainda se preocupa com ela não é? Isso prova que a ama Toby! – vociferei.

Ele voltou a me encarar, agora sarcástico.

-- Eu nunca me importei com ela. – ele ria.

-- Então porque está mantendo-a longe daqui? – provoquei.

-- Porque tenho repulsa dela. – ele encheu a boca pra falar aquilo. – Mantenha longe daqui.

-- Eu te conheço Toby. Sei que nada disso que disse é verdade. E vou provar pra você isso. – gritei enquanto ele se distanciava. Ele nem sequer me olhou, apenas sumiu na escuridão. Consegui ouvir o ringir de porta no fim do túnel e depois o bater da porta.

Pronto. Tudo que ouvi. Como se não tivesse válido de nada todo meu esforço até aqui. Eu, mais que Peg, queria meu irmão de volta. Mas como eu iria fazer isso se agora ele está hipnotizado por Rafael, ele só obedece às ordens daquele idiota agora. O que ele mandar ta mandado. Dei meia volta e saí daquele lugar, me dava repulsa.

-- Tenho repulsa dela. – lembrei-me das palavras de Toby, que agora pairavam por minha cabeça. Aquilo era lógico e não precisaria pensar muito, ele estava hipnotizado, isso era certeza. Fui saindo pelo portão como um soldado que havia fracassado numa guerra.

Com que cara eu chegaria até Peg e diria isso a ela, porque eu não iria poder mentir, Melanie saberia só de me olhar.

Parei um instante pra pensar e cheguei a uma conclusão.

-- Aquele moleque não decide nada, mal saiu da bolsa de sangue ainda. – corri pra dentro novamente, correndo agora mais rápido ainda. Mal dava para ver os corpos no chão agora, pois eu corria a quilômetros.

Fui até o corredor onde estávamos e parei, indo até a tal porta barulhenta que entregou o esconderijo dele. Eu andava na ponta dos pés agora, tentando não fazer barulho. Aproximei-me da porta, consegui ouvir a voz de Toby e havia mais alguém, mas não consegui decifrar.

-- Pode se retirar agora Toby, cuido dela. – impossível não reconhecer, era o vampiro estúpido. Rafael.

Toby tava sendo babá de quem? Vi por baixo da porta uma sombra se aproximando da porta e me escondi num carrinho de mão, havia um pano branco dentro dele. Pulei lá dentro e me escondi. Toby abriu e a porta e saiu indo para o final do túnel. Esse túnel não acaba não?

Parei de brisa e segui-o de ponta de pé. Ele andava cabisbaixo, olhando a todo instante para trás pra certificar-se que ninguém estava seguindo-o. Ele subiu umas duas escadas até chegar a uma porta de ferro com várias trancas e cadeados. Lá de cima podia se ver todo o território deles, até mesmo a cidade de Mystic Falls.

Quando ele abriu a porta, ouvi um murmurar lá dentro. Não parecia estar cheio de vampiros esfomeados. Movi-me lentamente pra segui-lo, ele com sempre idiota, deixou a porta aberta deixando o caminho livre.

Eu estava esperto a cada passo que dava olhava para trás, certificando-me que Rafael estivesse percebido minha invasão. Quando entrei na tal “sala” mais corpos, só que dessa vez eram vampiros. Os que foram presos na tumba junto à Rose. Todos com estacas cravadas em seu peito, mantendo-os mortos.