Fanfics Brasil - 11 - A chave A volta dos Vampiros

Fanfic: A volta dos Vampiros | Tema: Vampiros


Capítulo: 11 - A chave

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-- O que você está fazendo? – disse incrédulo à cena.


Ele se assustou quando me viu, não esperava que eu ainda estivesse ali. Toby cortava seu próprio pulso várias vezes depois de estar no chão junto a uma poça de sangue ele continuavam a se mutilar. E seus olhos lacrimejavam sangue. Quando ele percebeu que ainda estava de pé no início da escada, ele parou o suicídio de si mesmo e voltou seus olhos para mim.


-- Eu mandei você ir embora! – ele jogou o facão na minha direção. Seu olhar agora era de fúria, raiva, ódio. Desviei antes mesmo de me acertar, o objeto fincou na parede de pedra e ficou por lá, se eu não tivesse desviado, eu teria sido atingido.


-- Não vou deixar você, está louco? Está vendo o que está fazendo consigo mesmo. – apesar de não conseguir ver minha face, estava certo que agora estava séria e de espanto. Porque apesar de toda a minha vida de vampiro, nunca vivenciei uma cena dessas que acabará de ver.


-- Eu já disse Jack me deixe aqui, eu procurei isso não você. – ele estava em pé agora, recolhendo sua mão do chão e seu pulso, se é que eu podia dizer assim, ainda sangrava. – Vá embora antes que ele te veja. – ele já estava indo embora, mas o segurei e dessa vez, mas forte.


-- Você não vai a lugar nenhum sem antes me explicar o porquê dessa revolta adolescente, Toby! – agora eu gritava.


-- Não há revolta seu idiota. – ele gritou em resposta.


Joguei-o de volta no chão, no canto do pequeno espaço abaixo da janela e tranquei a porta, fechando também a janela. Procurei por um interruptor de luz e o acendi. A luz era fraca, mas conseguia enxergar a cara daquele idiota que agora se mutilava novamente.


-- Para com isso! – peguei o canivete de sua mão e o joguei longe, minha mão ficou suja de sangue. – Desembucha ou então irei cortar cada membro do seu corpo, idiota. – provoquei cruzando os braços e repousando a perna esquerda sobre a direita.


Ele apenas me encarava com cara de reprova, como quem dizia “Não quero sua presença, ainda não percebeu?”. Pouco me importava com o que ele queria ou não queria, ele tinha passado de todos os limites permitidos entre esses anos. Ele sempre fora o mais ajuizado, tudo bem, algumas vezes. Eu sempre fui o louco, revoltado e fora do comum, mas nunca me mutilei. Não ao ponto que ele chegou.


-- Você não vai sumir mesmo não é? – disse ele sarcástico.


-- Não. – sorri mais sarcástico ainda.


-- Entendi. Isso é mais uma das suas manias de me irritar?- ele disse.


-- Não. – só o que diria até ele desembuchar.


-- Ok. Sinto muito Jack, mas não há nada pra você aqui.


-- É aí que você se engana irmãosinho. – zombei.


-- Sempre zombando de tudo, não é? – ele disse rindo.


-- Pois é não perco uma.


-- Então vá em frente, leve o que é seu daqui e suma da minha vida. – ele deitou no chão, cruzando os braços atrás da cabeça e fechou os olhos me ignorando.


-- Beleza, então facilita pra mim. Levanta e vamos embora. – disse.


Ele soltou um grunhido de risada, alto, escandaloso. Sarcástico. Novamente.


-- Eu já disse. – ele se sentou com os braços sobre os joelhos. -- Não vou a lugar nenhum, vá embora.


-- Ok. – deitei no chão também. – Vou ficar aqui e apodrecer com você. Assim morreremos a míngua.


-- Você não se cansa não é mesmo? – disse ele.


-- Não. – respondi. – Apenas me responda uma coisa.


Ele manteve o silêncio.


-- Há quantos dias está aqui, em Oklahoma? – perguntei.


-- Não muito.


-- Diga! – reprovei-o.


-- O tempo em que Peg permaneceu desligada de mim. – pude perceber que ele sofreu ao dizer o meio nome dela.


-- Você a ama não é? – disse.


-- Eu já disse que tenho repulsa dela, você é surdo?- ele retrucou se afastando de mim.


Senti meu punho novamente acertar a fuça dele e deixá-lo sangrando novamente.


-- Sou mais velho, me respeite. – limpei a mão na minha blusa.


-- Idiota. – retrucou ele colocando o nariz no lugar novamente.


-- Ela te ama Toby, sei que nesse momento você não vai me escutar. Mas, se puder ser mais você mesmo e religar sua humanidade, lembre-se disso. Ela está sofrendo mais que eu e Melanie. – disse olhando pra ele e vi quando sua face mudou um segundo. Os olhos dele encheram-se de lágrimas, mas ele logo assumiu a forma de rocha, de durão.


-- Mande que ela me esqueça. – ele limpou o nariz ainda sangrando na roupa. Ele estava todo sujo de sangue. Sua mão direita cicatrizando ainda, pois ele havia mutilado várias vezes, como se fosse um... Passatempo.


-- Esquecer você? Depois do quê dissesse a ela? – lembrei a ele, mudando a minha postura. Ele estava recostado na parede agora, engolia seco cada lágrima que tentava escorrer de seus olhos e encarava o teto fixamente.


-- Eu não disse nada a ela. – ele continuava com a teimosia.


-- Você disse que a amava.


-- E ela idiota acreditou! – ele riu zombando.


-- Ela não é idiota, ela ama você. Idiota é você que acha isso. – retruquei.


-- Eu no lugar dela tratava de esquecer o que tenha sido dito, pois nunca irei voltar. – ele dizia sem qualquer noção. Como se estivesse bêbado.


Ergui a cabeça para olhá-lo. Sim, ele estava louco. Louco.


-- Você consegue ouvir o que está dizendo? – disse. – Você passou noites chamando pelo nome dela enquanto ela se trancafiou em casa com medo de nós, achando que íamos matá-la, logo depois que contou a ela o que éramos. – lembrei.


-- Não chamei por ela, nunca chamei. – ele insistia em mentir.


-- Não minta para si mesmo, Toby.


-- Me deixe! – ele gritou e jogou outro facão em minha direção.


Num reflexo peguei o facão e quando vi estava em cima dele, o facão em seu pescoço pronto para matá-lo de vez. A vontade de matar era maior agora, o desejo de decepar a cabeça dele e jogá-la escada a baixo, era maior. Mas me controlei, ele era meu irmão.


-- Mate-me! – ele ria.


-- Não vou te dar essa graça. – afastei-me. Sentando-me no chão novamente.


-- O que você quer saber Jack? – seus olhos ainda me fitando.


-- Uma coisa. – me inclinei pra frente. – Você tem titica de galinha na cabeça moleque? Se entregar pra eles, o que falta agora?


Ele riu por alguns instantes e voltou a falar em seguida.


-- Vou logo ao ponto pra você sumir daqui. – ele se levantou e desceu a escada, só ouvi o ferrolho da porta de ferro sendo travado com o cadeado, maior ainda. Voltou ao quarto fechando a porta também. – Peg.


Ele disse o meio nome dela num jorrada rápida de palavras, sem demonstrar muito sentimento dessa vez.


-- O que tem a ver ela com seu surto psicótico? – ri.


-- Ela é chave pra abri a tumba. – ele estava sério, com medo agora.


Eu ainda não tinha processado toda aquela informação em minha cabeça, pedi um tempo com o dedo indicador para repensar. Peg, a humana chorona seria a chave pra quê? Teria ela alguma utilidade?


-- Explica isso direito idiota. – disse cutucando-o com o pé direito.


-- Rose está presa dentro da tumba com os outros 30 vampiros. – ele fez uma pausa para enrolar um pedaço de pano no punho.


Fiz sinal com a mão para que ele continuasse.


-- Ela tem que morrer. – ele sofreu para dizer a última palavra.


Morrer? Mas como assim, que história mal explicada era essa. O que ela tem a ver com coisas mal resolvidas do nosso passado. Eu segurava meu rosto entre as mãos agora, tentando ainda processar mais essa bomba. Tudo bem que Rafael não é de se confiar, mas fazer isso com ela?


-- Mas ela não tem nada a ver com nossa linhagem, Toby! – disse gesticulando com uma das mãos.


Era triste de ver ele agora, estava lutando bravamente contra as lágrimas novamente. Eu um dia, já tive de lutar assim também.


-- O pai dela. – ele parou pra engolir a lágrima engasgada em sua garganta. – Ele quem descobriu e quem iniciou a nossa linhagem. Por isso Rafael matou Maggie, mas logo em seguida deu do sangue dele, fazendo com que ela entrasse na casa da Peg e pegasse algum objeto dela para descobrir se ela era uma de nós. – ele se deixou vencer pelas lágrimas.


Peregrina, uma de nós? Que coisa é essa não pode ser.


-- Meu Deus! – coloquei as mãos na cabeça lamentando o fato.


-- Isso não é nem o começo querido irmão. – ele continuou. – Ele está dentro da tumba.


Ergui a cabeça em demasiada preguiça.


-- O pai dela foi pego por... Nós? – vociferei.


-- Na verdade, depois que ele nos criou tentou nos matar jogando-nos dentro da tumba e ateando fogo. E junto com uma bruxa, ele colocou o feitiço na tumba, que nenhum vampiro conseguiria entrar e nem sair. Mas a espertona. – ele riu. – O prendeu lá dentro, porque antes salvar a vida das pessoas que ela amava, do quê deixar um único vampiro zanzando por aí.


-- E o que você tem a ver com tudo isso? – disse esquecendo os fatos.


-- Ele acha que comigo aqui, conseguirá atrair peg. Por isso preciso que não conte nada a ela. Promete? – ele se inclinou em minha direção, como uma criança que implora por doce, unindo as mãos.


-- Mas e se Melanie descobrir onde você está – ele me interrompeu.


-- Ela só descobrirá se você contar a ela. – ele completou. – Ele não pode saber que esteve aqui.


-- Por quê? Tens medo dele? – zombei.


-- Ele pode querer usar você também como isca, pensa Jack. Some daqui logo, esquece de mim, e some com a Peg também.


-- Mas não era você que tinha repulsa dela? – eu sabia que era mentira, mas precisa fazer isso.


Ele me olhou incrédulo.


-- Eu a amo e por amá-la estou protegendo-a, pois sei que se ela souber que seu pai está lá dentro irá querer salvá-lo e abrirá a porta para todos os 30 vampiros lá dentro. – ele foi direto e reto.


-- Já pensou em tudo isso ser mentira de Rafael, seu idiota? – chutei-o.


-- Pare com isso! Suma daqui, agora mesmo. Antes que ele chegue aqui. Vá. – não era de minha natureza obedecer ninguém, mas eu precisava mudar essa situação. Levantei-me do chão, ele se encolheu para me levantar e abrisse a porta para sair. Ele ainda estava no chão, agora deitado, todo encolhido. Tinha voltado a se mutilar novamente aquilo estava me tirando do sério, como um vampiro poderia ser tão idiota.


Nunca pensei que sentiria isso, mas estava com pena de Toby, mas mais ainda de Peg que iria sofrer ao saber dessa história toda. Passei pela porta trancando-a atrás de mim e desci as escadas bem devagar para não correr o risco de acordar um daqueles zumbis imbecis, que comeriam meu cérebro. Abri a fechadura do portão, arranquei o cadeado que fez um barulho gigante ao cair no chão, e um dos zumbis se moveu. Permaneci imóvel até ele adormecer novamente.


Já do lado de fora do castelo, pude ver o céu cinza. Vinha chuva por aí, mas logo eu estaria novamente em Mystic Falls seria difícil encarar a fúria de Melanie por não ter levado Toby a força. Mas seria pior se eu tivesse feito isso, pois ele estava hipnotizado por Rafael, logo ele saberia da perda do vampiro escravo e iria atrás da chave da história toda. Peg.


Corri loucamente, como nunca corri em toda minha eternidade. Mas dessa vez com muito mais vontade de correr e encontrar Melanie e pedir ajuda a ela. O que eu mais queria naquele momento era tirar meu irmão de toda essa roubada que ele havia se metido. Se metido por uma humana que não valia a pena, ela tinha medo de todos nós, ainda mais saber que o próprio pai havia nos criado e estava junto de todos os outros vampiros naquela tumba.


Era uma missão suicida o que Toby se meteu. Meu cérebro ardia como se estivesse sendo atingido por alguma bruxa idiota que não curtisse meu estilo de viver. Mas era apenas a sede de sangue. Cheguei à travessa de uma estrada e me deitei ali mesmo, quando um par de faróis iluminou meu corpo inútil deitado no chão.


-- Oh meu Deus!  O senhor está bem?! – era uma voz feminina.


-- Não, não estou. – sentei-me ainda virado para a densa floresta escura.


-- Está machucado, eu atropelei você?


-- Não, apenas está salvando a minha vida. – disse me colocando de pé.


Ela me encarava com uma cara de espanto e medo. Não pude ignorar meus instintos, quando dei por mim, apenas senti minhas presas cravarem seu pescoço e o grito dela de dor. O gosto era bom. Muito bom. Sentia seu sangue descer pela minha garganta, reconstruindo todo meu sistema de vampiro.


Deixei que o corpo inválido agora caísse no chão, sem nenhuma gota de sangue nele. Fiz meu último trabalho sujo, quebrei-lhe o pescoço e o joguei floresta adentro para os outros monstros da natureza comessem.


Voltei a correr novamente, dessa vez, mais forte ainda. Pude sentir o cheiro de mais sangue a caminho. Isso queria dizer que já estava em Mystic Falls novamente.



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Autor(a): Alê

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • fah_ Postado em 14/11/2012 - 13:41:44

    não acredito já acabou!! mas ... mas ... quero mais!!!

  • fah_ Postado em 14/11/2012 - 13:41:12

    MAAAAIIIIIIIIISSSSSSSSS!!! =)

  • fah_ Postado em 31/10/2012 - 13:20:58

    posta mais!!

  • fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:20:00

    ui ui!!! to amando!!! =)

  • fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:38:07

    eheheh cade??!!

  • fah_ Postado em 23/09/2012 - 09:28:16

    ahaha continua!!!

  • alessandra Postado em 20/09/2012 - 17:58:14

    Eu estava começando a ler a sua ontem, mas ai precisei sair. Mas to lendo anjo ;) Valeu *-*

  • fah_ Postado em 20/09/2012 - 10:43:01

    ahahah gosto mesmo... leia a minha, está bem light, mas a que eu estou escrevendo para postar em novembro vai ser bem mais "sangrenta" rsrsrsr posta posta posta mais!!

  • alessandra Postado em 17/09/2012 - 18:29:23

    Ah que bom que você gosta fah_ , pelo jeito você é a única '') Vou postar sim, não se preocupe kkkk'

  • fah_ Postado em 17/09/2012 - 10:00:19

    manda mais!!! muito boa!!!


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