Fanfic: A volta dos Vampiros | Tema: Vampiros

-- E agora o que iremos fazer? – disse Jack.

-- Eu ainda não faço a menor ideia do que iremos fazer. Rafael tem o controle de Peg e da criatura. – disse.

-- Controle de uma coisa que é minha? – disse Jack.

-- Apenas a criatura maquiavélica é sua! – disse.

-- Mas isso é óbvio Toby, por favor, né!

Eu sabia que tinha que haver uma maneira de livrar Peg daquilo dentro dela, mas eu ainda não sabia como agir ou com quem conversar e confiar. Rafael está sempre um passo a frente de nós, durante todos esses anos ele esteve.

Peg estava deitada no sofá da sala, tínhamos saído do castelo dos Peterson. Peg precisava descansar. Eu não conseguia chegar perto dela sem me sentir culpado por ter a deixado decidir acabar com sua vida. Eu devia ter interrompido o processo de inserção. Mas fui muito idiota ao ponto de achar que ela pensaria em desistir, que me ouviria. Idiota.

Eu estava agachado ao lado dela, alisando seus cabelos longos, que caiam no chão de tão grandes. Desde que a conheci, ela sempre teve esse cabelão cumprido, liso e exuberantemente fantástico. Ela era a minha pequena, e agora, seria para toda a eternidade. Ela era tudo que eu precisava para ainda estar vivo imortalmente.

-- Toby? – ela acordou sussurrando meu nome, ainda de olhos fechados.

-- Hey querida! Estou bem aqui, ao seu lado. – disse me ajoelhando ao ponto que ela pudesse me ver.

-- Onde estou? – ele foi se levantando.

-- Está em casa. Na minha casa.

-- E Rafael? Está aqui?

-- Não, ele ficou por lá mesmo. Mas acalme-se, ele sabe que tiramos você de lá. – disse isso para que ela não se sentisse culpada por nada.

-- Eu preciso alimentar-me, estou faminta.

-- Ela precisa de sangue humano, Toby! – disse Melanie.

-- Eu sei disso, mas ela irá se sentir culpada se matar alguém.

-- Mas ela precisa, ou então irá morrer e a peste dentro dela, nascerá.

-- Nascerá! – repeti.

-- Temos que achar uma maneira de matá-la! – disse Jack.

-- Matar quem? – peg nos fuzilou com os olhos.

-- A Criatura! – disse Melanie chegando mais perto.

-- Não, vocês não podem matá-la. É uma criança inocente, não tem culpa de nada que houve no passado com vocês. – ela já estava de pé, como se não tivesse passado por um bocado noite passada.

-- Peregrina, ouça bem isso que vou lhe dizer apenas uma vez. – começou Jack. – Nós iremos matar! E não há nada que você possa fazer para impedir isso.

-- Eu sou nova Jack, posso acabar com você em dois palitos.

-- Haha! Faça-me rir mais um pouco. – zombou Jack.

-- Podemos, por favor, centrar no assunto? – reclamou Melanie.

-- Mel, você tem que impedir que eles façam isso. – Peregrina implorava a Melanie que poupasse a vida da criatura.

-- Não posso Peg, isso vai acabar com você a cada dia mais, você não vê?

-- Eu vejo sim. – disse ela nos olhando como se fossemos todos bandidos. – Vocês querem matar meu filho!

-- Filho? –dissemos todos ao mesmo tempo.

-- Sim, me sacrifiquei morri para isso, e não será nenhum de vocês que irá matar essa criança.

-- Não é seu filho e muito menos uma criança, Peregrina! – disse Jack furioso.

-- Não adianta iremos fazer isso queira você ou não. – disse.

-- Não adianta, por conta da inserção, ela ficou cega sobre o perigo eterno que ela corre. – disse Melanie se afastando e sentando-se no sofá atrás de Peg.

-- Mas ela precisa ter consciência do perigo que ela está correndo. –disse.

-- O pior ela já passou, que foi aceitar isso, inserir isso dentro dela. Agora, ela só tem uma coisa a fazer, ou tirar essa coisa de dentro dela de uma vez, ou então ela irá matar pessoas inocentes para saciar a sede e tornar a criatura mais forte. Que irá matando-a cada dia mais. – explicou Melanie olhando diretamente para Peg, indicando que era direto para ela.

-- Não irei matar ninguém, já disse! – se revoltou Peg. – Posso muito bem manter-me sob controle.

-- Nenhum vampiro consegue manter o controle, Peregrina! – disse Jack.

-- Mas não sou como você Jack, sou diferente. – disse ela.

-- Não me importa o que pensam em fazer, só lhes digo uma coisa. Não iram conseguir. – ela saiu da sala nos deixando lá, não conseguia nem andar direito por conta da tamanha barriga que já tinha.

-- Ela não deixa que nem toquemos na barriga dela, quanto mais fazer a desinserção da coisa.

-- Temos que fazer alguma coisa, antes que ela faça besteira. – disse.

Ficamos uns bons tempos ali, parados. Completamente imóveis. Sabíamos o que tínhamos que fazer até ai tudo certo. Mas o pior era passar por Peg, tirar aquilo dela sem ela nem perceber, o que seria impossível e tornaria a missão mais perigosa ainda.

O que eu realmente queria era a cura para o que ela havia se tornado, mas não existia. Eu sabia. Andei de um lado para o outro, junto a Jack e Melanie. Todos sem saber por onde começar, pois sabíamos que o mal estava pra chegar. Ou melhor, dizendo, já havia chegado só está esperando a hora certa para sair de dentro dela e fazer a sua festa.

-- Toby vá atrás dela agora. Iremos terminar com essa história agora mesmo. – disse Jack.

-- O que está pensando em fazer? – perguntei.

-- Iremos matar a coisa, mesmo contra a vontade dela. Alguém segura ela e outro alguém tira a coisa.

-- Assim? Tão fácil? – disse Melanie.

-- Sim. – respondeu ele.

-- Não é possível que nem nas piores horas você consegue falar sério, cara! – disse.

-- Estou falando sério, vocês dois que não me levam a sério. Querem ou não acabar com isso logo? Quanto mais demorarmos, mais as chances de ela se tornar o que a criatura é. Uma assassina. – gesticulava Jack e explicava o perigo que estávamos todos correndo.

Foi quando ouvimos um enorme barulho de vidro quebrado no alto da escada. Olhamos ao mesmo tempo, juntos.

-- O que foi isso? – disse me aproximando.

-- Ei, Toby! – policiou Melanie.

Fui indo em direção à escada a ignorando. Subindo os degraus um de cada vez, tentando não fazer barulho algum. Percebi que os dois estavam atrás de mim, no mesmo ritmo. O barulho tinha vindo do quarto onde Peg estava.

-- Veio daí? – perguntou Melanie.

Fiz sinal que ela ficasse calada, se caso o perigo ainda estivesse lá com Peg, não iríamos assustar. Fui me aproximando e a porta estava entre aberta. Chutei a porta com força, que ela bateu na cômoda logo atrás e voltou. Recuamos.

-- Peg? Você está ai? – disse Jack.

Ninguém respondeu.

-- Ela fugiu! – disse Melanie.

-- Como assim “fugiu”? – disse Jack.

-- Fugiu Jack, ela deve ter ido procurar alimento.

-- Ou então, foi colocar a vampira monstra assassina para fora. – zombou ele.

-- Ela não machucaria ninguém. – disse.

-- Humana ela jamais machucaria alguém, mas ela não é mais humana maninho. Ela agora é uma de nós. – Jack cuspiu as palavras para mim. O que me fez repensar o que havia acabo de dizer.

-- Precisamos de ajuda, ela irá devorar toda a cidade e essa coisa nascerá e virá atrás de nós. – Melanie estava preocupada.

-- Precisamos de ajuda de alguém que realmente irá nos ajudar. – disse Jack.

Eu estava na janela, tentando ver o caminho que ela havia feito no solo. Talvez as marcas de seus pés ou qualquer outra coisa. Mas pelo que vi, ela tinha ido muito rápido e não havia marcas nenhuma no solo. Não pude encontrar nada.

-- Ajuda? – disse virando-me. – Ninguém é confiável Jack, todos os nossos outros parentes morreram naquele maldito incêndio.

-- Talvez não todos Toby, temos que ter esperanças. Talvez um tio, um primo, uma tia ainda estejam vivos.

-- Está brincando comigo? –disse quando percebi o sarcasmo em sua voz.

-- Ok, talvez um tio nosso ainda vague por ai junto dos vivos. E nós aqui, sem saber.

-- Mesmo que tenha – Melanie se aproximou. – Em que ele seria útil?

-- Eu posso dizer com certeza que o tio Zach está vivo. – disse Jack colocando as mãos no bolso da calça.

Pensei.

-- Zach? Mas ele não vai com a cara do Rafael. – disse.

-- Por isso mesmo, ele irá nos ajudar a destruí-lo.

-- Rafael tem um exercito praticamente, escondidos nos fundos do castelo. Seria inútil lutar com ele. – disse.

-- Tio Zach é muito mais velho que ele, pode acabar com ele sozinho. E ainda salvará sua Peg. – sorriu Jack sarcasticamente.

-- Não sei bem, preciso saber onde Peg está. – disse agoniado com o sumiço dela.

 Jack se aproximou para poder cuspir aquelas palavras em minha cara.

-- Ela está matando pessoas inocentes, para fortificar a fera que cresce dentro dela. Esperando apenas para poder rasgá-la a barriga com ela consciente e nos matar.

-- Você faz um drama! – disse Melanie saindo do quarto e nos deixando lá.

-- Não é drama querida, é apenas a verdade que Toby insiste em manter invisível aos olhos dele. – vociferou ele.

-- Não posso imaginar Peg fazendo isso com pessoas inocentes. – disse.

-- Mas tens que imaginar Toby. Ela agora é uma de nós, tudo está intensificado nela, sentimentos, a necessidade de matar, a sede por sangue, a raiva e tem o remorso depois que ela mata pessoas inocentes. Tudo.

Apenas abaixei a cabeça tentando não acreditar naquilo tudo.

-- Ela está na varando meninos! – disse Melanie e saiu correndo. Fomos atrás dela, descemos as escadas correndo e Melanie já estava sentada ao lado de Peg na varanda.

Quando me aproximei dela, ela estava completamente suja de sangue. Em toda parte de seu pequenino corpo, não havia um lugar que não estivesse coberto de sangue.

-- O que você fez querida? – disse Melanie.

-- Eu matei várias pessoas, Mel. Várias! –ela começou a chorar. – Eu sou um monstro Mel, um monstro. – chorou ela.

Jack me olhou com um olhar de como “eu avisei!”.

-- Ei, minha pequena. – disse e me sentei ao lado dela, repousando sua cabeça em meu ombro. – Não fique assim. Isso vai passar você estava apenas com fome.

Ela só me olhava com olhos cheios de culpa e remorso. Como se me pedisse desculpa por ter feito isso. Eu acariciava seu rosto.

-- Fome? – julgou Jack. – Ela matou pessoas Toby, você não vê? Isso só vai piorar a cada dia em que ela se alimentar. Isso irá fortificar a fera, cara! Ela é uma assassina!

-- Calado! – gritei.

-- Jack, por favor! – implorou Melanie.

-- Eu vou ligar para Tio Zach, nós vamos matá-la, nem que para isso eu mate Peg também.

-- Nela você não trisca um dedo. – me enfureci

Ele me virou as costas indo para dentro de casa. Melanie continuo lá fora comigo e Peg. As mãos de Peg todas sujas de sangue e vários tufos de cabelo das vítimas dela.

-- Ei Toby, olhe a barriga dela. – apontou Melanie.

Peg olhou junto comigo ao mesmo tempo. A barriga dela estava dez vezes mais do quê estava antes dela sair de casa. Eu pude ver a criatura crescer dentro dela, num tamanho monstruoso. E ela gemeu de dor.

-- AAAAIII! Toby está doendo. O que está havendo comigo? – ela gritava caída em meus braços.

-- O que é isso Melanie? –disse desesperado em meio aos gritos dela.

-- É a criatura se fortificando Toby. – a lamentou. – Ela cresce a cada alimentação sanguínea que Peg faça. E o seu tamanho dobra, isso irá acabar com Peg em dois tempos. Precisamos agir e rápido. – disse Melanie pressionando a barriga de Peg, tentando amenizar a dor.

Mas ela apenas agoniava por sangue cada vez mais, e a criatura se mexia crescendo cada vez mais dentro dela. E ela gritava de dor e pedia por mais sangue. Mais e mais. Como se não visse o que a criatura estava fazendo com ela.